A Casa do Dragão via Max
A Casa do Dragão via Max

Crítica | A Casa do Dragão 2º temp – a trama finalmente pega fogo no 4º e 5º episódios!

Logo após o emocionante episódio da semana passada, a 2ª temporada de A Casa do Dragão opta por um ritmo mais contido, permitindo tanto aos personagens quanto ao público um momento para processar a perda significativa de Rhaenys (Eve Best) e seu dragão, Meleys. A Batalha de Rook’s Rest deixou cicatrizes profundas em ambos os lados, e este episódio se dedica a explorar o luto e a reorganização de poder que se seguem. Aegon (Tom Glynn-Carney) e seu dragão Sunfyre sobreviveram ao embate, mas a vida do rei está por um fio, deixando um vácuo de poder na corte.

Em Porto Real, Criston Cole (Fabien Frankel) retorna vitorioso, carregando a cabeça de Meleys como troféu pelas ruas, numa tentativa de inspirar confiança no reinado de Aegon. No entanto, a reação do povo é mista; alguns veem a exibição como um presságio sombrio, prevendo uma resposta inevitável de Rhaenyra (Emma D’Arcy). Aegon, gravemente ferido, é levado discretamente para a Fortaleza Vermelha, escondido da vista pública, ilustrando a fragilidade de seu estado e a incerteza do seu futuro.

O Grande Meistre Orwyle (Kurt Egyiawan) revela a gravidade das lesões de Aegon, com queimaduras cobrindo grande parte de seu corpo e múltiplos ossos quebrados. A condição do rei oscila entre a vida e a morte, criando um vácuo de poder que precisa ser preenchido. Aemond (Ewan Mitchell) percebe essa necessidade urgente de liderança, enquanto Alicent (Olivia Cooke) enfrenta um crescente desconforto com seu filho mais novo, especialmente ao vê-lo com a adaga de Aegon.

A Casa do Dragão - Divulgação Max
A Casa do Dragão – Divulgação Max

Alicent busca respostas com Criston sobre o envolvimento de Aemond na batalha. A lealdade de Criston a Alicent é indiscutível, mas suas verdadeiras intenções e conhecimento sobre os eventos permanecem nebulosos. A tensão no palácio cresce à medida que a luta pelo poder se intensifica e as alianças são testadas. O que faz nesse quarto e quinto episódio ganhar um novo gancho, mostrando o talento de seu roteiro repleto de surpresas.

Do outro lado, em Dragonstone, Rhaenyra e Corlys (Steve Toussaint) têm um momento para lamentar a perda de Rhaenys. Este breve instante de luto é interrompido pelas urgências da guerra. Rhaenyra enfrenta um pequeno conselho que questiona sua autoridade com comentários misóginos, destacando o desafio de ser uma mulher no comando durante tempos de conflito.

A segunda temporada de A Casa do Dragão está desenvolvendo algo surpreendente

Sor Alfred Broome (Jamie Kenna) é o mais vocal na oposição a Rhaenyra, subestimando sua capacidade de liderar em tempos de guerra. No entanto, Rhaenyra argumenta que a paz duradoura que tiveram até agora é prova de sua competência. A impertinência de Alfred e a recusa em reconhecer a liderança feminina refletem os preconceitos enraizados que Rhaenyra deve superar.

Esses dois episódios de A Casa do Dragão oferecem um estudo detalhado das dinâmicas de poder e da política interna dos Targaryen. A perda de Rhaenys e a condição debilitada de Aegon servem como catalisadores para uma reorganização do poder, enquanto os personagens navegam por alianças frágeis e rivalidades acirradas. A série continua a explorar a complexidade dos relacionamentos e a profundidade das intrigas políticas com maestria.

A narrativa habilmente balanceia momentos de ação intensa com reflexões profundas sobre perda e responsabilidade. À medida que a temporada avança, fica claro que cada decisão, cada aliança e cada traição terão consequências duradouras no desfecho desta épica luta pelo Trono de Ferro. A série mantém sua habilidade de surpreender e cativar, mantendo os espectadores ansiosos pelo que está por vir.

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