Akimbot chamou minha atenção logo nos trailers, pois me lembrou muito a franquia “Ratchet and Clank”, um clássico do PlayStation 2. Além disso, a fórmula tradicional dos jogos de plataforma sempre desperta minha curiosidade. Inspirado pelo acima citado e “Jak and Daxter”, outra referência em plataforma 3D, o jogo combina uma jogabilidade acessível com gráficos simples, porém bem polidos, oferecendo uma aventura leve e divertida. Neste review, vamos explorar os pontos fortes e fracos de Akimbot e entender se ele consegue atingir o mesmo nível de carisma e inovação dos títulos que o inspiraram.
Agradecimento a Plaion por nos fornecer uma chave de PlayStation 5 para review.
Uma dupla da pesada
A premissa do jogo é simples: controlamos Exe, um robô fora da lei, ao lado de Shipset, uma máquina sarcástica que adora fazer piadas. A trama segue o clichê da dupla que não se dá bem, mas que se une por um objetivo comum e, no final, acabam se tornando amigos.
A história, para quem gosta de enredos mais profundos, não tem muito destaque. Ela está ali apenas para justificar a jogabilidade.
Graficamente, Akimbot é competente. O visual é bem polido, sem grandes problemas ao longo da jornada. Os gráficos trazem uma nostalgia dos tempos do PlayStation 2, com cenários simples e bem modelados, muito semelhantes a jogos como Ratchet and Clank e Jak and Daxter.
Já a trilha sonora deixa a desejar. Em momentos de ação intensa, como perseguições ou batalhas, a música é surpreendentemente calma e não transmite a adrenalina necessária. Isso acaba prejudicando a imersão e dando a sensação de que o áudio não acompanha o ritmo do jogo.
Dificuldades e Jogabilidade
Ao iniciar, podemos escolher entre três níveis de dificuldade:
- 110V (Fácil)
- 220V (Normal)
- Pane Total (Difícil)
É possível mudar a dificuldade a qualquer momento, caso o jogador enfrente problemas para avançar em alguma fase.
No geral, o jogo é tranquilo de finalizar, mesmo no nível normal. Às vezes, você pode morrer por não conhecer o padrão dos inimigos, mas, ao entender como eliminá-los, o jogo se torna uma verdadeira caminhada no parque.
Exe pode executar uma variedade de ações: pular, dar pulo duplo, atirar com diferentes armas, realizar investidas para desviar de ataques, realizar ataques físicos e até escalar algumas barreiras. A combinação de pulo e investida permite alcançar plataformas e barreiras para deslizar. Há também um gancho que só é usado para alcançar pontos específicos, marcados com o símbolo do gancho, mas que não é utilizado em combate.
Os controles de Akimbot são precisos, permitindo a execução rápida de ações, o que é essencial em fases mais frenéticas. No entanto, durante os puzzles de hackeamento, a movimentação poderia ser mais ágil, já que às vezes parece quebrar o ritmo do jogo.
Variedade no Gameplay
Uma das partes mais interessantes da jogabilidade é a diversidade de atividades ao longo da jornada. Além das fases de plataforma, o jogador pode pilotar carros, naves e até realizar combates com elas. Apesar de simples, os combates envolvem apenas disparar e pressionar botões para lançar mísseis ou ativar o escudo.
Assim como nos jogos da era PlayStation 2, Akimbot também oferece puzzles para resolver, geralmente em forma de hackeamento. Esses puzzles aparecem como minigames, incluindo o famoso jogo da cobrinha, pressionar botões na ordem correta e encontrar o item escondido sob copos. Todos são bem fáceis, e dificilmente você encontrará dificuldade. Se falhar, pode tentar novamente sem penalidades.
Conclusão
Akimbot é uma experiência divertida e descomplicada, perfeita para fãs de jogos de plataforma que buscam algo nostálgico. Com gráficos bem polidos e uma jogabilidade acessível, o jogo resgata a essência dos clássicos do PlayStation 2, mesmo que a trilha sonora e a simplicidade dos puzzles não surpreendam. É uma ótima escolha para quem busca um jogo casual e leve, mas talvez não agrade tanto jogadores que procuram histórias profundas ou desafios mais complexos.
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