Em seu livro de memórias, Sonny Boy, recém-lançado, Al Pacino contou como faliu na década passada após cair em um golpe. O que o levou a aceitar “qualquer papel” em filmes, por dinheiro. A situação acabou fazendo o ator viver personagens inusitados.
Tudo começou quando, em 2011, o astro foi avisado que o contador que havia contratado, conhecido por ter muitos clientes famosos, não era confiável. Nessa época, o ator já estava pagando “uma quantia ridícula de dinheiro para alugar uma casa grande e chique em Beverly Hills”, e então ele levou toda a sua família para uma viagem à Europa, onde ele levou vários hóspedes para o exterior.
Quando Pacino voltou para sua casa em Hollywood, ficou desconfiado depois de perceber que suas finanças não haviam mudado drasticamente, apesar dos altos gastos. Pouco tempo depois, ele descobriu que sua conta estava zerada.
“Eu estava quebrado. Eu tinha 50 milhões de dólares, e, então, não tinha mais nada. Eu tinha propriedades, mas não tinha dinheiro”, constatou o ator. “Neste negócio, quando você ganha 10 milhões por um filme, não são 10 milhões. Porque depois dos advogados, dos agentes, do publicitário e do governo, não são 10 milhões, são 4,5 milhões de dólares no seu bolso.”, Conta AL Pacino..
Na faixa dos 70 anos de idade, quando descobriu que estava falido, o ator detalhou como seria difícil recuperar todo o dinheiro perdido: “Eu não era um jovem e não ganharia o tipo de dinheiro atuando em filmes que eu tinha feito antes. Os grandes pagamentos aos quais eu estava acostumado simplesmente não estavam mais aparecendo. O pêndulo tinha balançado, e eu achei mais difícil encontrar papéis para mim.”
Durante o auge da carreira, Pacino apenas aceitava papeis em filmes com os quais se identificava e achasse que “poderia trazer algo.” É o caso de filmes como 13 Homens e um Segredo e 88 Minutos. Após a falência, ele passou a aceitar qualquer personagem em que lhe oferecessem muito dinheiro.
Foi assim que o ator apareceu em produções como Cada um Tem a Gêmea que Merece (2012) de Adam Sandler. “Adam Sandler me queria, e eles me pagaram muito por isso. Então eu fui lá e fiz, e ajudou. Eu amo Adam, foi maravilhoso trabalhar com ele e se tornou um amigo querido. Ele também é um ótimo ator e um cara incrível”, afirmou.
Nesse período, Al Pacino também acabou com sua auto proibição de fazer comerciais. Por isso ele gravou uma propaganda de café com o diretor Barry Levinson. Algum tempo depois, o astro conseguiu recuperar suas finanças.
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