Se há algo de que me arrependo bastante na época do meu primeiro PlayStation, é não ter conhecido a franquia Soul Reaver antes. Lembro de ver muitos comentários sobre o jogo, mas, infelizmente, os ignorei por muito tempo.
Agora, em 2024, a Aspyr relançou os dois jogos da franquia com gráficos atualizados e alguns conteúdos extras. Mas será que vale a pena, tanto para quem já jogou quanto para quem nunca experimentou? Vamos descobrir neste review.
Agradecimento a Aspyr por nos enviar uma cópia de PlayStation 5 para a realização do review.
Do que se trata Soul Reaver?
O primeiro jogo começa com um impacto marcante: Raziel, tenente de Kain, é traído e jogado no Abismo por ousar evoluir antes de seu mestre. Ressuscitado pelo misterioso Elder God, ele retorna como um espírito vingativo, determinado a destruir seus irmãos e confrontar Kain. A narrativa traz uma atmosfera sombria e envolvente que prende rapidamente a atenção dos jogadores.
No segundo jogo, a trama continua diretamente após os eventos do primeiro. Após derrotar seus irmãos em busca de vingança, Raziel persegue Kain através do portal do Chronoplast, buscando enfrentá-lo novamente e entender as verdades sombrias de Nosgoth. Guiado pelo Elder God e confrontado por figuras-chave como Moebius, o enigmático Guardião do Tempo, Raziel embarca em uma jornada através do passado e futuro, mergulhando em uma história repleta de reviravoltas e profundidade.
O que tem de melhoria?
O trabalho gráfico no remaster é impressionante. Assim como na trilogia Tomb Raider, os cenários foram completamente refeitos, e os personagens receberam modelagens atualizadas. Os chefes, em particular, são quase irreconhecíveis com os novos visuais. Para os nostálgicos, há a opção de alternar para os gráficos originais pressionando R3, permitindo uma experiência autêntica ou comparações diretas.
A cena pré-renderizada também teve uma melhoria, onde a original corria na proporção 4:3, e agora nesta versão ela foi renderizada em widescreen, preenchendo toda a tela. O resultado ficou bastante agradável e bem modernizado.
Uma novidade bem-vinda é a bússola no canto superior esquerdo da tela. Embora não indique objetivos diretamente, ela ajuda na orientação pelo mapa, facilitando a exploração.
Falando em exploração, outra adição que este remaster trás é um mapa para se localizar aonde você está. O mapa contém os símbolo dos portais que encontramos durante a jornada. Além disso, ele te mostra quantas melhorias tem para coletar em cada local, facilitando para quem quer fazer os 100% no jogo.
Pontos negativos
Infelizmente, a falta de localização para o português é um problema significativo. Nenhum dos dois jogos possui legendas no idioma, o que dificulta a compreensão da narrativa para muitos jogadores.
Já no gameplay, ele permanece fiel ao original: Raziel pode realizar ataques corpo a corpo ou usar uma lâmina especial desbloqueada posteriormente. Porém, jogadores acostumados com jogos modernos podem estranhar a jogabilidade um pouco travada da época. Com alguma adaptação, a experiência se torna recompensadora.
Problemas técnicos e conteúdo bônus
Um problema notável são os bugs em alguns cenários, onde a imagem pisca ou desaparece brevemente. Após derrotar o primeiro chefe, por exemplo, saí do local e retornei, apenas para cair em um espaço vazio. Felizmente, consegui resolver atravessando o portão de entrada.
Por outro lado, o conteúdo bônus é um deleite para os fãs. Ele inclui imagens conceituais, artes de fãs, trilhas sonoras, explicações sobre o universo da série e fases descartadas do projeto original.
Conclusão
O remaster de Soul Reaver apresenta melhorias visuais significativas e adições úteis, mas é prejudicado pela falta de localização em português e pelas cenas pré-renderizadas desatualizadas. Ainda assim, é uma excelente oportunidade para reviver ou descobrir esta saga clássica de Nosgoth.
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