Alien: Incursão Clandestina Parte 1

Review | Alien: Incursão Clandestina Parte 1 – Assustador e frenético

Sobreviva ao terror imersivo em Realidade Virtual.

A realidade virtual (VR) e o gênero de terror parecem feitos um para o outro. A imersão proporcionada pelo VR intensifica a tensão, colocando os jogadores diretamente no centro da experiência. Nesse contexto, a franquia Alien é uma escolha natural para explorar essa combinação, e o jogo Alien: Incursão Clandestina entrega exatamente isso, um jogo que passa toda a tensão de estar lidando contra Xenomorfos.

Neste título, assumimos o papel de Zula Hendricks, uma ex-marinha colonial, ao lado de seu companheiro Davis, em uma missão de resgate no planeta Purdan. A narrativa busca capturar muito dos elementos consagrados dos filmes da franquia, o que funciona muito bem, especialmente para os fãs.

Acessibilidade e introdução bem feita

Antes de começar, o jogo oferece opções de configuração para o headset VR. Você pode escolher jogar em pé, sentado ou até mesmo utilizando uma cadeira giratória — uma funcionalidade interessante e pouco comum em jogos de realidade virtual.

Para quem sofre de enjoos com VR, Incursão Clandestina inclui a opção de teletransporte. Nesse modo, você aponta para onde deseja ir, pressiona o botão de interação e se movimenta. Se você não tem problemas com enjoos, o movimento livre é recomendado para maior imersão.

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Podemos visualizar o mapa através do tablet. (Reprodução: Paulo Vitor)

Além disso, a função que mais achei interessante, e que vai ajudar muita gente que tem dificuldade com a mira, é a assistência de mira. Esta assistência utiliza o rastreio de olhos do PlayStation VR2 para capturar a movimentação do olho. Quando fechamos um dos olhos e apontamos a arma, a mira fica centralizada.

O jogo começa com uma fase introdutória que serve como tutorial, ensinando as mecânicas de forma orgânica. Diferente de muitos jogos, aqui o tutorial é integrado à campanha, evitando a sensação de ser uma etapa isolada e obrigatória.

Combate satisfatório e ótimas interações

O combate do jogo é bem simples, podemos utilizar 3 armas ao total, sendo que 1 delas conseguimos um pouco depois. As armas que utilizamos são:

  • Revolver: exige que você abra o pente, remova os cartuchos usados e recarregue manualmente.
  • Espingarda: ideal para combates de curta distância.
  • Rifle de pulso: arma versátil que iniciamos com ela.

Cada uma das armas tem uma forma diferente de manusear, atirar e até mesmo recarregar, como por exemplo temos que virar o revólver com o pente aberto para remover os cartuchos utilizados, para assim colocar munições novas.

Outros Itens e Ferramentas

Além das armas, o jogo oferece itens úteis:

  • Granada de presença: ativada apenas por inimigos, explodindo ao detectar movimento. Sofre dano caso seja acionada pelo inimigo e esteja na área de explosão.
  • Seringas de cura: com capacidade máxima de seis unidades, são usadas ao pressionar o gatilho para injetar no braço. A vida é limitada a três barras, uma seringa cura a barra toda.
  • Radar sonoro: detecta a frequência sonora dos Xenomorfos, indicando sua direção. O som do aparelho também ajuda, dispensando a necessidade de olhar constantemente para o radar.
  • Tablet: permite acessar terminais para abrir portas, acessar terminais ou salvar o progresso em “Salas de Pânico”. Essas salas, no entanto, não são completamente seguras, já que inimigos podem invadir caso feche a porta. O tablet também exibe um mapa expandido para navegação ao pressionar o gatilho.
  • Cartão de acesso: necessário para abrir portas trancadas, exigindo que explore locais para garantir que a licença do cartão seja do nível para acessar algumas portas.
  • Maçarico: usado para remover soldas de portas, sendo um dos itens mais legais de se utilizar.
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Interação com os terminais (Reprodução: Paulo Vitor)

O áudio e o visual dão aquele charme

O áudio é um dos pontos altos do jogo. A trilha sonora se adapta perfeitamente às situações, aumentando a tensão, especialmente quando os Xenomorfos se aproximam. Os efeitos sonoros, como os ruídos dos inimigos, são arrepiantes e intensificam a imersão, principalmente com fones de ouvido de qualidade.

Visualmente o jogo é bem competente e trás um gráfico bastante caprichado e bem detalhista em grande parte dos cenários, tendo um grande destaque para os visuais dos inimigos que te fazem ter medo.

Em alguns casos, quando temos muito detalhes em alguns cenários, a performance cai um pouco e é bem notável quando ocorre, pois você sente que o jogo fica mais lento e seu cérebro sente um pouco isso e acaba causando um pouco de tontura. Em minha experiência, tive somente este problema uma vez, foi bem no trecho final do jogo, e quando sai do local voltou ao normal.

Vale a pena?

Alien: Incursão Clandestina é uma grande adição ao gênero de terror em realidade virtual, especialmente para fãs da franquia Alien. A jogabilidade acessível, combinada com áudio imersivo e visuais competentes, cria uma experiência tensa e envolvente. Apesar de pequenos problemas de performance em cenários densos, o jogo entrega momentos de puro suspense e ação.

Se você é fã de terror e possui um headset VR, vale a pena dar uma chance a essa missão aterrorizante no planeta Purdan e enfrentar muitos Xenomorfos.

Agradecimento a Nuuvem por nos fornecer uma cópia do jogo para PlayStation VR2 para realizar este review

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