Imagine você acordar tranquilamente para sua rotina de trabalho em um laboratório. E quando você menos espera, tudo sai completamente errado, te levando a se transformar em uma criatura azulada que se estica. Falando assim, parece até que estou me referindo ao Reed Richards se fundindo com o Fera, o que soa bizarro.
Um bizarro que talvez soe até menos que Completely Stretchy, um jogo indie onde estranho é toda sua composição do início ao fim. Porém, felizmente com bons elementos, pelo menos que podem divertir os jogadores.

Ideia mirabolante, mas vazia
Completely Stretchy foi idealizado pelo desenvolvedor Dan Ferguson, que entregou as responsabilidades ao estúdio Warp Digital. O estúdio por sua vez, viu todo o potencial que Dan tinha na ideia e foi para além das fronteiras.
Curiosamente, Completely Stretchy não possui uma história principal tradicional como na maioria dos jogos. Na verdade, pode se dizer que ele segue a linha de liberdade como “Goat Simulator” ou “Little Kitty, Big City“. Basicamente seguindo a premissa de um único objetivo, mas com personagens e missões secundárias pelo caminho que te ajudam alcançar aquele que seria o principal.
No controle temos um personagem sem nome ou muitas informações sobre, apenas sabemos que ele trabalha em um laboratório no qual aparentemente promove pesquisa com Elektros. Essas criaturas redondinhas e pretas, são responsáveis por alimentar a energia de Grombli Isles, local fictício do jogo.
Em um belo dia de trabalho, tudo sai do controle quando uma sobrecarga ao estilo Chernobyl ocorre, atingindo assim nosso querido “protagonista”. O acidente faz com que ele fique azulado e seus braços se esticam como elástico. A partir daí, temos que sair em busca de coletar os Elektros perdidos com a explosão e recuperar nossa aparência normal.
Como falado anteriormente, Completely Stretchy nos dá toda a liberdade de seguir ao objetivo, que é coletar os Elektros, mas sem seguir uma ordem scriptada. Na verdade, o jogo é composto por diversas mini missões interagindo com personagens do mapa, dos quais nos ajudam com a coleta.

Jogabilidade é o ponto forte
Por um lado, enquanto a liberdade de explorar é interessante, por outro o vazio de uma falta de história principal faz com que a jogabilidade seja o ponto alto de Completely Stretchy. Isso porque a Warp Digital soube implementar mecânicas divertidas.
No jogo podemos usar nossos braços elásticos para se pendurar em estruturas ou se balançar para atravessar espaços com vão. Além disso, a movimentação do nosso personagem é bem fluida, fazendo com que saltar obstáculos seja uma tarefa tranquila.
Definitivamente é divertido, tirando momentos onde apesar de não presenciar bugs, o personagem simplesmente trava em algum canto quando nos esticamos. Horas é frustrante, por te fazer cair de locais e repetir a escalada, mas outras horas tira boas risadas pelo jeito bizarro.

Desempenho não decepciona
Por se tratar de um jogo indie e bastante simples, não há como não dizer que Completely Stretchy é muito leve. Disponível somente para PC via Steam, você não vai precisar de nenhuma máquina super equipada para se divertir no mundo de Grombli Isles.
Outra boa notícia é que o jogo se encontra legendado em português, sendo assim um título interessante para “passar tempo”. Vale destacar que, como não existe uma dublagem e só espécie de murmúrio, há muitos diálogos, então estar localizado no nosso idioma foi animador.

Completely Stretchy pode render boas risadas e nada além disso
Apesar de ter me divertido com Completely Stretchy, devo reconhecer que assim como outros jogos que seguem essa premissa, acabam se tornando esquecíveis, o que é uma pena dado seu possível potencial.
Provavelmente, você assim como eu, poderá se divertir por algumas horas, dar boas risadas pela estranheza e peculiaridade do jogo, mas só. Nada te marcará ao ponto de recomendar a outras pessoas ou amigos, deixando assim o cair no esquecimento e ser um daqueles jogos que compartilhamos o sentimento de “faltou algo a mais”.
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