O poder de um filme vencedor do Oscar vai além das telas. Prova disso é o impacto que Flow, animação letã que levou o prêmio de Melhor Animação em 2025, está tendo na vida dos gatos pretos no Brasil. Após a vitória do filme, esses felinos, por muito tempo associados a superstições e preconceitos, ganharam uma nova identidade: agora, são chamados carinhosamente de “tipo Flow”, e a busca por sua adoção aumentou significativamente.
A mudança começou a viralizar nas redes sociais, especialmente no X (antigo Twitter), quando uma usuária anunciou a doação de dois gatos pretos, referindo-se a eles como “tipo Flow”. A publicação, que incluía fotos dos animais ao lado de uma estatueta do Oscar, rapidamente ganhou força. “Só hoje vi três pessoas chamando gatinhos pretos de ‘Flow’. Agora, sempre que vejo um, penso: ‘olha um flowzinho'”, comentou um internauta. Outros seguiram o exemplo, brincando: “Agora, gato preto é da raça Flow” e “Eu quero um gato Flow”.
Estou doando esse dois exemplares de gatinhos tipo Flow, me ajudem a encontrar um lar pra eles !!! pic.twitter.com/pYK3rMID3v
— ʎuɐnʇ (@tuany___) March 14, 2025
@arrowdyke agora gato preto é da raça "Flow"
— Leonardo (@leonardo56611) March 15, 2025
A nova classificação não só conquistou a internet, mas também ajudou a desmistificar a imagem negativa que por décadas cercou os gatos pretos. Tradicionalmente associados ao azar, esses animais agora são vistos como protagonistas, graças ao filme que colocou um gato preto no centro da narrativa.
O impacto positivo chegou a grupos de adoção e organizações de proteção animal. O Instituto Ampara Animal, por exemplo, relatou um aumento na procura por gatos pretos e celebrou a mudança de percepção. “O que nem todos imaginam é o impacto real que o filme tem tido: aumentando o interesse pela adoção de gatos pretos, que há tanto enfrentam preconceitos”, destacou a organização em uma publicação.
Assim, Flow não só conquistou o Oscar, mas também ajudou a transformar a realidade dos gatos pretos, que agora são vistos com outros olhos. A animação letã provou que o cinema pode, sim, mudar o mundo – ou, pelo menos, a vida de alguns felinos.
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