Quando foi anunciado em uma Nintendo Direct, Tartarugas Ninja: O Destino de Splinter me chamou bastante a atenção, e eu queria ter a chance de jogá-lo. Originalmente lançado para Apple Arcade e posteriormente para Nintendo Switch e PC, chegou a vez dos consoles PlayStation e Xbox receberem suas versões.
A versão que estou analisando é a versão de PlayStation 5, que até o presente momento, contém uma expansão gratuita por tempo limitado, onde libera o personagem Casey Jones como jogável.
Cowabunga!
O Destino de Splinter é um jogo que mistura elementos de beat ‘em up com roguelite—ou seja, a campanha é curta, mas você precisará de várias tentativas para finalizá-la. A trama gira em torno de resgatar o Mestre Splinter das garras do Destruidor, um vilão clássico da franquia.
Os níveis são gerados de forma “aleatória” (entre aspas, porque a estrutura básica se repete, variando apenas os inimigos enfrentados). Encontramos desde adversários que caem com dois golpes até outros mais resistentes, que aparecem mais para o final, mas em versões um pouco mais fracas.

Além dos inimigos, os itens coletados ao longo do caminho também são aleatórios, incluindo vidas e habilidades que turbinam as tartarugas. E esse sistema de habilidades foi o que mais me agradou: a cada onda derrotada, ganhamos upgrades, que podem focar em:
- Dano físico
- Dano de habilidade
- Habilidades passivas
- Troca de golpes especiais
O mais interessante é que, se você gosta do golpe especial de uma tartaruga, mas prefere os comandos de outra, é possível transferir essa habilidade entre elas, deixando seu personagem ainda mais poderoso.
Um desafio interessante
A dificuldade escala conforme avançamos e evoluímos nossos personagens. Em alguns momentos, é frustrante derrotar certos inimigos, mas, com experiência e upgrades, eles acabam “derretendo” facilmente.
Ao finalizar a primeira incursão, descobrimos que precisamos repetir tudo novamente para libertar o Splinter de vez—uma forma criativa de justificar a natureza roguelike do jogo na narrativa.

Nas tentativas seguintes, encontramos portais azuis e vermelhos, que oferecem desafios extras, como:
- Aumentar o dano dos inimigos
- Reduzir sua resistência
Em troca, ganhamos recompensas maiores ao concluir a sala. Essas áreas são ótimas para farmar e adicionar mais desafio ao gameplay.
O jogo tem quatro chefes no final de cada região:
- Letterhead
- Karai
- Bebop e Rocksteady
- Destruidor
Ao derrotá-los, coletamos moedas especiais usadas para melhorar as habilidades das tartarugas—e esses upgrades são permanentes, aplicados em todas as incursões futuras. No entanto, só é possível evoluir uma tartaruga por vez, incentivando rejogabilidade para fortalecer todo o time.
Falando em moedas, há três tipos:
- Engrenagens: usadas apenas na incursão atual para melhorias temporárias.
- Moedas permanentes: gastas no menu principal para upgrades definitivos.
Para quem busca experiências multiplayer, o jogo oferece um modo cooperativo para até quatro jogadores, seja local ou online—algo raro nos jogos atuais. A campanha inteira pode ser jogada em grupo, tornando a experiência mais caótica e divertida.

Além disso, para quem estiver com dificuldades para finalizar qualquer incursão, temos a opção de selecionar a dificuldade fácil, que deixa os inimigos bem mais frágeis, mas mantendo um bom dano de ataque, exigindo que continuemos focando em nos esquivar dos ataques.
Vale a Pena?
Tartarugas Ninja: O Destino de Splinter é um jogo simples, com um gameplay claramente influenciado pela origem mobile. Apesar disso, ele entrega uma jogabilidade sólida e um fator replay satisfatório, perfeito para quem quer passar um tempo desafiando o Destruidor.
Recomendo especialmente para quem busca um jogo cooperativo, seja online ou offline. Nesse modo, a experiência se torna muito mais divertida e dinâmica.
Agradecimento a Super Evil Megacorp por nos fornecer uma cópia do jogo para review.
Outras reviews
- Review | Ender Magnolia: Bloom in the Mist é uma joia preciosa do Metroidvania moderno
- Review | Maze Mice: o bullet heaven que mistura Pac-Man com Superhot e ainda te faz sorrir
- Review | Tails of Iron 2: Whiskers of Winter – Uma boa sequência que não arrisca em nada
- Review | Crashlands 2 – O retorno da heroína (com um pouquinho de caos e suco místico)
Deixe uma resposta