Darren Aronofsky, diretor de filmes como “Cisne Negro” e “A Baleia”, anunciou uma colaboração inédita entre seu estúdio Primordial Soup – especializado em Inteligência Artificial (IA) – e o laboratório Google DeepMind. O projeto visa integrar tecnologias generativas de vídeo de última geração à produção cinematográfica, mantendo os criadores humanos no centro do processo. A informação foi confirmada em comunicado oficial divulgado pelas empresas.
O primeiro fruto da parceria será o curta “Ancestra”, dirigido por Eliza McNitt (que já trabalhou com Aronofsky em “Spheres”, experiência de realidade virtual vendida em Sundance), com estreia marcada para o Festival de Tribeca em junho. A obra utilizará o modelo Veo, da DeepMind, combinando IA com técnicas tradicionais de filmagem e efeitos visuais. Dois outros curtas serão revelados posteriormente.
A iniciativa reúne pesquisadores da DeepMind, a equipe do Primordial Soup e cineastas convidados. O objetivo é testar como ferramentas de IA podem ampliar – e não substituir – a criatividade humana. “O cinema sempre foi movido pela tecnologia”, destacou Aronofsky no anúncio. “Hoje não é diferente. Este é o momento de explorar essas novas ferramentas e moldá-las para o futuro da narrativa”.
A abordagem prioriza o desenvolvimento de sistemas que respondam às demandas práticas dos profissionais. Os aprendizados servirão tanto para orientar novos recursos de IA quanto para inspirar formas inovadoras de contar histórias.
A aposta tecnológica não é novidade para Aronofsky: em 2023, ele criou o sistema de câmera em 18K usado em “Postcard from Earth”, exibido na esfera Sphere de Las Vegas.
Após a estreia de Ancestra, o festival de Tribeca sediará um painel com os envolvidos no projeto, mediado pelo cineasta.
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