Rematch Review

Review | Rematch é o jogo de futebol mais divertido dos últimos anos

Quando a versão beta de Rematch apareceu pela primeira vez, a sensação foi clara: algo diferente estava surgindo ali. Não era só mais uma tentativa de simular futebol, mas sim de reinventar o que significa se divertir com futebol em um videogame.

Com o lançamento oficial no dia 19 de junho de 2025, o jogo chegou mais polido, mais rápido e com cara de quem sabe aonde quer chegar. E a real é que ele tem tudo pra conquistar um espaço próprio.

Rematch não quer competir diretamente com simuladores tradicionais. Ele não quer ser o mais realista, o mais técnico, o mais licenciado. Ele quer ser o mais divertido. E, olha, nesse ponto, ele acerta como poucos.

Confira nossa análise anterior de uma das versões beta do game da Sloclap:

Agora com cara de jogo pronto (mas dá pra melhorar)

Se a beta já chamava atenção, a versão final chega com melhorias evidentes, mesmo que o espaço para melhora visual e mecânica ainda seja bem grande. A movimentação está mais fluida, os comandos respondem com mais precisão e a ambientação, com ainda mais destaque para o visual cartunesco e o urbano.

Tive problemas de conexão nas ranqueadas, que me geraram algumas dores de cabeça nos primeiros dias, mas os mesmos foram em grande parte resolvidos após o primeiro update pós-lançamento. Hoje, a experiência online já é muito mais estável e as partidas fluem bem, com matchmaking rápido e justo e poucos bugs e engasgos, mesmo minha internet não sendo das melhores possíveis.

A acessibilidade continua sendo um dos pontos fortes. É fácil de pegar e jogar, mesmo pra quem não é muito familiarizado com jogos de futebol, mesmo que a ausência de assistências e a câmera (ainda irritante as vezes) exija tempo para costume. Ao mesmo tempo, ele oferece espaço pra habilidade e leitura de jogo, principalmente nas partidas ranqueadas. É aquela fórmula simples, mas eficiente, que prende.

Parceria com Ronaldinho e o potencial das futuras temporadas

Outro ponto de destaque é a parceria com Ronaldinho Gaúcho logo de cara. É um acerto enorme, porque além do apelo midiático, o R10 tem tudo a ver com o espírito do jogo: leve, criativo, imprevisível. Ver o Bruxo ali, como parte oficial da primeira temporada, dá o tom do que Rematch pretende ser.

E aí vem a parte interessante. O jogo tem tudo pra crescer com novas colaborações e atualizações sazonais. Uma sugestão que faria total sentido, por exemplo, seria uma parceria com o anime Blue Lock. O tom exagerado, o foco em individualidade e o espírito competitivo do anime casam perfeitamente com a proposta do jogo – acredito, inclusive, que a obra japonesa tenha sido uma das inspirações na produção da Sloclap.

Rematch já demonstrou que entende de comunidade e sabe usar o conteúdo de forma orgânica pra manter a galera engajada. Essa base pode ser o diferencial pra firmar o game em um cenário competitivo mais sólido – especialmente se, em algum momento, ele se tornar Free to Play. Aumentaria o alcance, traria novos jogadores e, sinceramente, transformaria Rematch num sucesso de proporções maiores.

Posicionamento em campo e o papel do goleiro em Rematch

Um dos pontos que ainda merecem atenção está no posicionamento dos jogadores. Atualmente, todos entram em campo meio que no modo freestyle. É divertido, mas falta um pouquinho de estrutura.

Uma mudança interessante seria permitir que cada jogador escolhesse uma posição principal: defensor, armador, atacante… E principalmente, o goleiro. Ter um jogador focado só no gol, com foco exclusivo pra essa função, poderia elevar o nível das partidas ranqueadas, visto que os players poderiam selecionar as posições em que melhor se encaixam em campo.

O jogo ainda não exige posicionamento tático, mas se optar por introduzir esse elemento em doses controladas, pode adicionar mais profundidade sem perder o ritmo ágil e o estilo arcade que o torna único. Eu, por exemplo, gosto de jogar como goleiro e abri a mente ao experimentar jogar como defensor, cadenciando mais o jogo com passes, sem a correria atrás da bola para fazer um gol a qualquer custo.

Estilo, essência e diversão

Talvez o maior mérito de Rematch seja justamente esse: ele nunca esquece que futebol, antes de tudo, é diversão. Mesmo com o visual estilizado, mesmo com as jogadas exageradas, o jogo captura a alma do futebol de rua, das peladas de fim de semana, da zoeira entre amigos. Tudo com muito ritmo e liberdade. E isso faz diferença.

Mesmo fugindo do realismo, Rematch entrega o que muitos outros jogos esquecem: o prazer puro de jogar bola. Sozinho, em dupla ou em grupo, ele faz você querer voltar pro lobby e tentar de novo e de novo.

Ainda é só o começo para Rematch e o futuro é promissor

No fim das contas, Rematch ainda tá no começo da sua caminhada. Mas já chega mostrando personalidade, identidade e, principalmente, vontade de ouvir sua comunidade. Isso por si só já é um baita diferencial.

Se continuar nesse ritmo de atualizações, mantiver o foco em parcerias criativas e eventualmente abraçar o modelo Free to Play, o jogo pode se tornar um novo fenômeno nos esportes eletrônicos. Por enquanto, ele já é o jogo de futebol mais divertido dos últimos anos. E isso, convenhamos, é muita coisa, mesmo que a falta de concorrência facilite as coisas no quesito diversão.

Rematch pode não ser sobre simular o futebol da TV. Mas é, com certeza, sobre viver a essência do futebol como ele realmente é: leve, acessível, apaixonante e cheio de momentos inesquecíveis.

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Colaborador do Conecta Geek desde 2024, nasci no estado do Rio de Janeiro e alinho minhas maiores paixões à minha vocação através da produção de conteúdo. Entre as minhas áreas de maior domínio e experiência profissional estão o o universo geek, o automobilismo e os esportes em geral, principalmente o futebol. Certificado como Jornalista Digital e Social Media pela Academia do Jornalista, contribui no passado como Editor-chefe nos portais R7 Lorena e iG In Magazine e fui Colaborador do portal esportivo Torcedores.