Lost in Random: The Eternal Die foi desenvolvido pela Stormteller Games e publicado pela Thunderful Publishing e ele é um spin-off de “Lost in Random” (publicado pela EA e desenvolvido pela Zoink), esse que era baseado em obras visuais do cineasta Tim Burton e tinha o foco em ser um jogo de plataforma com ação em terceira pessoa.
Dessa vez Eternal Die é um roguelike com a mesma estrutura que você espera desse gênero, mas com uma perspectiva e gameplay bastante inspirado em “Hades”, o que em si é uma ótima pedida.
A identidade visual do jogo ainda continua com a ideia de seguir o estilo “Tim Burtunesco” da vida, mas não temos um jogo tão ambicioso quanto o primeiro, e sua arte é bem mais cartunesca e menos gótica apesar de tudo.
Aqui controlamos a rainha Aleksandra com o seu pequeno dado companheiro – Fortune, e eles foram jogados para morrer nesse meio infernal e precisam escapar passando por esse inferno de desafio, e claro, morrendo e retornando toda a hora.
É muito engraçado como tudo desse mundo tem uma referencia a aleatoriedade e dados, e jogos. O nome do reino que Aleksandra criou se chama Random ela o criou com um dado chamado Black Die – que também foi o motivo da queda de seu reino.
A nossa jornada começa com Aleksandra presa dentro de um jogo criado pelo Black Die, com um corpo mais fraco e sem metade de sua força original, dentro desse jogo ela também vai encontrar vestígios de seu reino, rostos familiares e claro morrer e voltar até conseguir superar o desafio.
O jogo conta a narrativa de uma forma meio aleatória, claro que a progressão é o modo principal de consegui algumas das informações, mas o jogo também nos joga algumas salas que possuem pedaços de narrativas sobre o passado de Aleksandra.

Acoplar esse tipo de coisa dentro da narrativa é muito bom, pela forma que a Aleksandra descreveu as situações e suas memorias, eu consegui entender o sentimento dela totalmente, e isso as vezes é muito mais instigante do que presenciar o acontecimento em si.
O elenco de personagens é bem rico e cheio de vida, cada um tem uma função no nosso “hub” que somos jogados quando morremos, e lá eles dão os nossos upgrades e outras coisas, além de claro, cada um tem sua história, seja com a Aleksandra ou com o Black Die.
Gameplay sólido e viciante

Aqui o combate funciona exatamente do que se espera de um roguelike com câmera topdown, é um combate frenético com diferentes armas e diferentes upgrades, a forma que os upgrades funcionam também são um tanto curiosas.
O jogo trata builds e melhorias como um tipo de puzzle de cores em que precisamos alocar eles no lugar certo para evoluirmos Aleksandra, além de claro a construção de build é aleatória mas muito viciante, e como um bom roguelike, o jogo te deixa viciado em tentar e tentar e tentar de novo, não são todos que fascinam, mas Lost in Random conseguiu cativar bem em uma formula um tanto batida.

A dificuldade do jogo apesar de se esperar do gênero, é até bem generosa, ele não é um roguelike brutal, mas ele também não segura a sua mão, e tem vezes que as coisas funcionam bem, e em outras não, mas em geral é bem tranquilo chegar longe nos runs do jogo. Lembrando que também é possivel jogar em um modo Easy, que facilita bastante o jogo.
Uma dublagem de respeito e bom design de som

O design de som do jogo também é muito bom, boas trilhas sonoras e bons efeitos sonoros de pancada para segurar esse gancho e nos manter atentos.
A dublagem é um dos grandes destaques, Elsie Lovelock arrebenta como Aleksandra, como eu já citei acima, ela passa grandes sentimentos quando Aleksandra está revivendo suas memorias, além de ser um personagem muito estóico em geral, ela entrega vários sentimentos.
Os outros personagens também tem ótimas dublagens, bem caricatos e com bastante carisma, e você vai ouvir e ver eles bastantes durante o jogo, então eles entregam muito bem nos papéis.
Considerações finais

Lost in Random: The Eternal Die é um ótimo jogo para se jogar quando você não tem tempo, tentar a sorte em uma run e ela dar certo é muito satisfatório, mas apesar de tudo não é um jogo que vai entreter tanto a longo prazo, claro que ele sempre vai estar lá para esses momentos, mas ainda é uma diversão passageira.
É um jogo sólido e bem-feito, apesar de não ser melhor que Hades por exemplo, ele se sustenta muito bem. E ressaltando que essa comparação com Hades é covardia, pois estamos falando do melhor do gênero dele, e não é nada justo com The Eternal Die.
Mas ele ganha um grande destaque no seu elenco de personagens e pelo background dele em si. Eles são bem carismáticos e instigam a vontade de continuar jogando para descobrir mais e mais coisas.
No mais, eu recomendo para quem gosta do gênero e para quem busca um divertimento mais passageiro, Lost in Random: The Eternal Die tem bastante coisa para agregar narrativamente, e visualmente pode agradar fãs de uma arte gótica-infantil.
Um agradecimento a Thunderful Publishing por terem disponibilizado o jogo para análise!
Lost in Random: The Eternal Die foi lançado para PlayStation 5, Xbox Series, Nintendo Switch e PC.
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