Desde o lançamento de “Battle From Bikini Bottom Rehydrated”, remake do jogo de 2003, comecei a acompanhar essa série do Bob Esponja porque achei um excelente jogo de plataforma. Depois veio “Cosmic Shake”, trazendo uma aventura inédita e extremamente carismática. Agora, em 2025, com Bob Esponja: Titãs da Maré, o terceiro jogo da Purple Lamp finalmente apareceu e, pela primeira vez, a série chega apenas à geração atual, ficando de fora consoles como PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.
Uma evolução significativa do Bob Esponja
Assim como seu antecessor, Titãs da Maré recebeu localização completa para o nosso idioma, com os dubladores originais do desenho. A dublagem ficou tão bem executada que, em vários momentos, parece realmente que estamos assistindo a um episódio ou até mesmo um filme em 3D.
A trilha sonora acompanha muito bem essa sensação. Os arranjos lembram bastante os temas clássicos do desenho, dando aquela impressão de que já ouvimos tudo aquilo enquanto assistíamos a algum episódio qualquer do Bob Esponja.

Uma das minhas maiores decepções com Cosmic Shake foi o fato de só podermos jogar com o Bob Esponja. Em Battle From Bikini Bottom, controlamos ele, o Patrick e a Sandy, e mesmo entendendo o contexto da história, senti falta dessa variedade.
Titãs da Maré traz essa dinâmica de volta com o Patrick. Ele ajuda a carregar itens mais pesados, quebrar rachaduras no chão com o salto concentrado, puxar objetos usando uma corda fantasma e até andar por debaixo da terra para desviar de inimigos.
Enquanto isso, o Bob Esponja continua com suas bolhas de sabão para imobilizar inimigos, ativar alavancas e criar plataformas temporárias. Além disso, ele pode realizar chutes de karatê em pontos marcados para abrir portas ou alcançar novas áreas.
Podemos alternar entre os dois a qualquer momento. Enquanto controlamos um, o outro nos acompanha como fantasma. Essa troca deixa cada fase mais dinâmica, já que algumas ações só o Bob Esponja pode fazer e outras dependem exclusivamente do Patrick.
Curto, mas eficiente
O jogo apresenta poucos mapas. Em cada um, dá para cumprir as missões principais da campanha, além de buscar baús que oferecem recompensas variadas, desde roupas e moedas até pedaços de cueca. Ao juntar quatro, a barra de vida aumenta.
Além disso, o jogo possui missões secundárias, onde personagens coadjuvantes pedem ajuda para encontrar itens perdidos ou completar desafios, incluindo as corridas cronometradas do Larry, que rendem mais baús.

A campanha é curta se comparada a outros jogos do gênero. Levei menos de seis horas para concluir, mesmo procurando alguns baús durante a jornada principal. Quem focar apenas na história consegue terminar tranquilamente em uma tarde.
O pós-jogo fica por conta das missões secundárias restantes e da coleta de todos os baús. Nenhum deles é perdível, então dá para curtir a campanha com calma e só depois partir para completar tudo, caso queira estender o tempo de jogo.
Vale a pena?
Bob Esponja: Titãs da Maré segue um caminho seguro e acerta ao corrigir o maior problema do título anterior. Ele não tenta reinventar nada, mas mantém a essência que faz a franquia funcionar tão bem entre jogadores de diferentes idades.
Para quem gosta do Calça Quadrada, é uma ótima opção para relaxar, terminar em pouco tempo ou até apresentar ao filho como porta de entrada para o mundo dos jogos de plataforma.
Agradecimento a THQ Nordic por nos fornecer uma cópia para review.
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