The Knightling Jogo
Colagem | Conecta Geek

Review | The Knightling: Uma grande aventura, mas não tão grande

The Knightling acrescenta valor e charme em um mês bastante movimentado com lançamentos. Para quem quiser aproveitar uma aventura, explorar, descobrir, derrotar monstros, vilões e ajudar as pessoas e assim se tornar um grande cavaleiro, esse é o jogo.

Como o título sugere, você assume o controle de um pequeno cavaleiro, bem, na verdade, aspirante a cavaleiro ainda em treinamento. Para terminar esse treinamento fica ao jogador a tarefa de se aventurar ao seguir o Grande Héroi Sir Lionstone em uma missão de exploração e patrulha da fronteira do reino de Clesseia. 

Nessa patrulha as coisas não dão certo, o jogador é surpreendido com a aparição de um gigante de pedra Earthborn e em meio a batalha contra ele Sir Lionstone vai embora ao perseguir o inimigo, abandonando o escudo mágico Magnus. Cabe ao Knightling pegar esse escudo mágico e descobrir o que aconteceu, em meio a muita aventura, combate e exploração.

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A jornada do cavaleiro

Em The Knightling, o jogador é convidado a explorar o reino de Clesseia, continuando após se separar do seu mentor Sir Lionstone cabe ao jogador reportar o ocorrido a rainha Aspasia, consertar o escudo mágico Magnunstergo com a ajuda da sua amiga de infância e aprendiz de ferreiro Gynni, assim podendo usar ele em combate contra diversos inimigos e para explorar esse mundo com habilidades de movimento, bem divertido deslisar com o escudo. 

Nesse momento que o jogo te permite explorar ele de verdade, se aventurar como um cavaleiro, derrotando monstros, criminosos, ajudando o povo em missões secundarias, descobrindo mais do mundo e dos personagens, recomendo fazer a missão sobre o passado do Sir Lionstone, ninguém nasce uma lenda assim.

O jogo tem uma escola de cavaleiros onde podemos aprender técnicas de combate, extremamente uteis e necessárias para derrotar os inimigos e navegar no mundo. Usamos “praise” para aprender essas técnicas, são os pontos de mérito ao fazer ações de cavaleiro, podemos recolher eles no mapa também, são esferas de luz douradas flutuando. Compre a habilidade de bloquear e “parry”, o famoso contra-ataques que realmente faz toda a diferente no jogo.

Na forja podemos melhorar o escudo e desbloquear novas funções, aumento de dano e habilidades especiais. Dessa vez usamos o dinheiro do jogo e engrenagens para isso, conseguimos ao derrotar inimigos ou ao abrir baús espalhados pelo mundo do jogo.

O jogo tem um sistema de runas, chamado de “Inscripitions” que aplicam efeitos especiais mudando assim a jogabilidade, aumentado um pouco o ataque físico, ataque magico, um dos melhores é roubar vida enquanto ataca com o escudo.

Para ser um cavaleiro não precisa fazer isso vestido como um pobre cavaleiro, tem uma costureira onde podemos comprar roupas e aparências para o escudo.

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Combate e dificuldade

O combate do jogo ao lutar usando o escudo Magnus, tem técnicas e habilidades, mas o jogo não deixa o jogador travar a mira em um inimigo, algo que já era feita há décadas atrás, o jogo deixa a câmera solta fazendo o jogador direcionar o ataque livremente, o que fará o cavaleiro errar muitos golpes. Uma mecânica crucial é o parry, contra-ataque que funciona muito bem, atordoa os inimigos e os deixa vulneráveis a mais ataques.

O jogo possui três dificuldades: fácil, normal e difícil. Pode ser surpreendente, mas o difícil é bem difícil. Os inimigos são muito resistente e golpeiam muito forte o pequeno cavaleiro, não resistindo a três golpes dos inimigos. A dificuldade força o jogador a lutar recuado e usar a defesa e o parry, única forma efetiva de combate. 

A cura é outro problema, usamos comida para isso, colhendo plantas do chão, mas elas não enchem a sua bolsa toda para encher a vida, jogando no difícil constantemente você ficará sem comida nessa bolsa. Para se divertir  e aproveitar o melhor é jogar no normal, a dificuldade fica equilibrada e não vai frustrar tanto o jogador.

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Puzzle e quebra cabeças

O jogo tem puzzle de vários tipos, tanto para avançar no jogo em missões principais que é preciso fazer, além de outros para completar missões secundarias e conseguir baús, tesouros e as runas “Inscripitions”. Alguns desses podem gerar confusão em como resolver, por conta da dificuldade, das instruções e da língua, estando tudo em inglês. Mesmo entendendo o que era pedido, as instruções não são claras e nem direcionam o jogador bem para a solução, outro ponto de gargalo no jogo, eu mesmo travei em algumas partes por conta dos puzzles.

Um puzzle interessante são os das constelações, durante a noite apenas o jogador poderá resolver um puzzle temático das estrelas. Faz uma variação do que já vimos antes, interessante, mas por ser apenas de noite o jogador precisar procurar por eles.

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Level design, erros e acertos

A trilha sonora é boa, traz um tema épico e de aventura a jornada fazendo bem o seu papel nas batalhas, nos chefes e nas partes de exploração do jogo ao longo dos vários cenários.

O jogo tem uma boa identidade visual, bem própria e única dele com os seus personagens, inimigos e nas construções. A capital do reino vai te impressionar, foi feita com bastante capricho, os outros locais também possuem uma boa identidade nos locais diferentes que exploramos.

Um ponto de destaque é a movimentação, o desing é feito para se mover ao deslizar com o escudo e planar com ele, inclusive algumas missões são de corrida deslizando por uma pista de obstáculos. Temos bastante verticalidade por isso e o jogador pode ir saltando e subindo em vários lugares, podendo até ser recompensado por isso com baús ou itens, mas tendo são flores.

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Onde está o erro? Mapas e coletáveis, o jogo tem um NPC cartólogo crucial que o jogador PRECISA visitar, ele libera um mapa da região e vende mapas dos colecionáveis do jogo, para completar tudo é preciso comprar eles, sem o cartógrafo o jogo fica uma região em branco e não libera a viagem rápida, uma ferramenta crucial para explorar e viajar pelo mundo, caso contrário precisaria ir andando todo o caminho, o que de novo frusta o jogador.

Os colecionáveis possuem bastante deles, os pontos para aprimorar as habilidades são abundantes, conforme explorar e avança. O problema são os outros recursos, o dinheiro e as engrenagens são usados para as roupas na costureira, os mapas na cartógrafa e para aprimorar o escudo no ferreiro, o jogador sempre vai sentir que faltam esses recursos para comprar tudo, precisando largar o foco do jogo na campanha principal e salvar o reino para completar missões e objetivos no mapa e conseguir esses recursos.

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A receita certa, mas e o modo de preparo?

The Knightling possui muitos elementos bons que fazem um grande jogo, mas ele erra ao juntar todos eles, colocar bons ingredientes e esperar que tudo fique perfeito é um erro, precisa de cuidado ao misturar tudo e assim garantir um grande jogo. 

Como foi citado o combate pode frustrar por não ter a trava de mira, além da dificuldade dos inimigos, golpes fora da tela, projeteis, explosivos e inimigos de armadura onde é preciso atordoar e depois remover essa armadura para então derrotar o inimigo, coisas que deveriam trazer variedade e mais elementos frustram mais o jogador que em dificuldade elevada vira uma tarefa muito difícil.

O mapa, os recursos e os puzzles, por não ter um marcador no mapa o jogador precisa olhar em todos os lugares, às vezes nem uma dica de direção é dada. O jogo ser todo em inglês dificulta a compreensão dos puzzles e até da imersão da história que cumpre o seu papel de uma grande aventura, viajando em muitos lugares para encontrar o Sir Lionstone, resolver todo o mistério da lenda desse herói e das pedras de Cayelum que possuem um grande poder.

The Knighling vai te convidar a explorar o reino, descobrir e enfrentar os desafios, terá suas barreiras e limitações, mas ainda é um jogo novo que tenta fazer algo próprio dele, em seu mundo e personagens. Aos fortes que conseguirem superar esses desafios o jogo será divertido e recompensador de jogar.

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