Crítica | Apocalipse nos Trópicos: Petra Costa documenta peso da fé e os limites do discurso
Netflix/Divulgação

Apocalipse nos Trópicos vence dois prêmios em principal associação de documentários

Filme brasileiro foi premiado em cerimônia internacional realizada neste fim de semana.

O documentário Apocalipse nos Trópicos, dirigido por Petra Costa, conquistou dois prêmios na cerimônia da International Documentary Association (IDA), realizada no último sábado (6). A produção brasileira venceu nas categorias de Melhor Produção e Melhor Roteiro.

A obra, que estreou mundialmente na Netflix em julho, narra, sob a perspectiva da cineasta, uma investigação profunda sobre a expansão da fé evangélica no Brasil e sua influência no cenário político e social da última década. O longa inclui depoimentos de diversas personalidades influentes, como o pastor Silas Malafaia.

Petra Costa, que também dirigiu o documentário indicado ao Oscar “Democracia em Vertigem” (2019), dividiu o prêmio de Melhor Produção com Alessandra Orofino. Já o prêmio de Melhor Roteiro foi concedido a toda a equipe, incluindo Costa, Orofino, Nels Bangerter, David Barker e Tina Baz.

A premiação da IDA, uma das mais importantes do gênero, também consagrou outras produções internacionais. Confira os principais vencedores:

Melhor Documentário

  • “The Tale of Silyan”, dirigido por Tamara Kotevska.

Melhor Documentário em Curta-Metragem

  • “Looking for a donkey”, dirigido por Juan Vicente Manrique.

Melhor Direção

  • Brittany Shyne, por “Seeds”

Melhor Fotografia

  • Jean Dakar, por “The Tale of Silyan”

Melhor Edição

  • Alex Megaro e Ian Bell, por *”WTO/99″*

Melhor Trilha Sonora Original

  • Frédéric Filiatre, por “The Sorcerer: Julio Zachrisson”

Melhor Produção

  • Alessandra Orofino e Petra Costa, por “Apocalipse nos Trópicos”

Melhor Design de Som

  • Thomas Perez-Pape, por “Only on Earth”

Melhor Roteiro

  • Petra Costa, Alessandra Orofino, Nels Bangerter, David Barker e Tina Baz por “Apocalipse nos Trópicos”

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Resultado de uma experiência alquímica que envolvia gibis, discos e um projetor valvulado. Editor-chefe, crítico, roteirista, nortista e traficante cultural.