Dia do Baterista | conheça 10 músicos que mudaram a história do instrumento
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Dia do Baterista | conheça 10 músicos que mudaram a história do instrumento

No princípio, a bateria servia para marcar o tempo, mas as inovações trazidas por bateristas excepcionais foram alterando o seu papel e convertendo-o num par dos outros instrumentistas. Primeiro no jazz e sobretudo no rock o baterista, em muito dos casos, se tornou um membro tão importante quanto qualquer outro músico em um banda.

Nesta sexta-feira (20), quando comemoramos o Dia do Baterista, nós, do Conecta Geek, fizemos uma lista com 10 bateristas, sem ordem de preferência, que revolucionaram a história com suas baquetas. Confira:

Bill Bruford

Aclamado nome do rock progressivo mais uma vez, Bill Bruford sempre foi baterista brilhante e considerado o rei do improviso. Participou dos 5 primeiros discos do Yes até 1972. Deixou o grupo no auge, para tocar no King Crimson, buscando novos ares. Tocou também com Genesis e outros grandes nomes da música.

Grande fã de jazz, decidiu se dedicar ao estilo a partir dos anos 90, até se aposentar das apresentações no palco, em 2009. Está no hall da fama da Modern Drummer desde 1990.

Buddy Rich

Buddy Rich foi uma criança autodidata. Com 11 anos já tocava bateria. Sem dúvida, é visto como a maior influência dos grandes nomes mundiais da bateria até hoje. A técnica que ele desenvolveu causou forte impacto na época e o levou a ser um dos primeiros músicos norte-americanos a fazer sucesso na Europa.

Tornou-se então uma grande referência para bateristas como John Bonham, Bill Ward, passando por Roger Taylor até Phil Collins.

É possível ver a imagem acima no filme “Whiplash” (2014), que conta a história de um jovem baterista que busca a excelência frente a um professor extremamente perfeccionista.

Gene Krupa

Gene Krupa Nasceu em Chicago, de um casal de imigrantes polacos profundamente católicos, que destinavam o filho ao sacerdócio. Acabou a fazer vida no pouco católico mundo dos clubes noturnos e num instrumento mais conotado com batuques infernais do que com coros angelicais.

João Barone

João Barone é uma das grandes referências de bateras surgidos no Rock Brasil dos anos 80. O integrante dos Paralamas do Sucesso ganhou grande destaque no instrumento por apresentar um estilo único e cheio de referências, que vão desde os ritmos afro-brasileiros ao rock clássico. 

Outro ponto que traz certo destaque para o músico é o tipo de afinação usada em seu kit de tambores: uma caixa mais aguda e os tons mais cheios. Esse som é bastante característico de estilos como o reggae e o ska, que João incorpora claramente em suas levadas.

John Bonham

John Bonham revolucionou o jeito de tocar bateria. É um dos mais influentes instrumentistas da história da música. Penso que todos os bateristas pós-anos 80 o consideram como maior referência.

Suas performances sempre chamaram atenção pela energia, virtuosidade, potência e variações. Assim como Buddy Rich, foi autodidata. Ele tirava sons da bateria que causavam perplexidade, como por exemplo o som de um bumbo duplo, quando na verdade usara bumbo simples, ou então quando deixava uma das baquetas de lado e usava apenas a mão.

Keith Moon

Keith Moon, baterista do The Who, foi conhecido por seu uso de dois bumbos na sua bateria. Ele enfatizava tons e pratos, agindo mais como um orquestrador do que como um baterista. Imitava outros grandes da bateria, como Gene Krupa e Hal Blaine, mas tocava com um timing muito mais vacilante.

Era conhecido por praticamente não usar o chimbal – dando mais imprevisibilidade no que fazia, sobretudo ao vivo – e também odiava solos de bateria e se recusava a fazê-los mesmo quando era pressionado no palco e destruiria sua bateria depois de quase todos os shows.

Neil Peart

Neil Peart é um dos mais precisos, perfeccionistas e meticulosos bateristas que o mundo já viu. Sua técnica era muito aprimorada, e sua velocidade é absurda, mesmo com o passar do tempo. Além disso, é o principal letrista do Rush, e participa praticamente de todas as composições melódicas.

Neil foi influenciado por músicos de jazz e também por nomes como Keith Moon e John Bonham. É o baterista mais jovem até hoje a entrar para o hall da fama da Modern Drummer, com 31 anos na época. É também, um dos músicos mais premiados da história. Se tornou um grande escritor, mostrando toda a sua versatilidade como artista.

Ringo Starr

Ringo Starr, dono de uma das melhores linhas de bateria da história. A levada do Ringo pode até ser simples, mas é criativa e muito acessível.

Muitos podem questionar o que ele faz nessa lista com outros nomes tão técnicos e com feitos extraordinários, mas se hoje a bateria no estilo 4×4 é tão acessível, fazendo que muitos podem iniciar no instrumento — incluindo quem vos escreve este artigo — o culpado é o Ringo e sua capacidade de fazer muito com tão pouco.

Vera Figueiredo

A instrumentista Vera Figueiredo traz para a bateria uma mistura de ritmos afro-brasileiros com o jazz e estilos latinos. A musicista já tocou com vários artistas, como Zélia Duncan e Rita Lee, e também foi baterista por alguns anos da famosa banda do programa Altas Horas.

Wilson das Neves

Para finalizar a lista, separamos um dos bateristas mais clássicos, Wilson das Neves. Em uma mistura de ritmos, o jazz, o samba e a bossa nova estão sempre presentes na construção do estilo de sua levada na bateria.

O músico já acompanhou grandes nomes da MPB, como Elis Regina, Wilson Simonal e Sérgio Sampaio, além de ter se destacado como cantor e excelente compositor.

Seu estilo funde os ritmos brasileiros e a música clássica da melhor maneira, sempre explorando novas sonoridades e levadas.

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Resultado de uma experiência alquímica que envolvia gibis, discos e um projetor valvulado. Editor-chefe, crítico, roteirista, nortista e traficante cultural.