Dolly Parton
Foto: reprodução/Dolly Parton

Dolly Parton | A rainha do country que nunca sai de moda

Ícone da música, madrinha de Miley Cyrus e recordista de sucessos

Se tem alguém que já fez de tudo no mundo da música e continua relevante até hoje, esse alguém é Dolly Parton. Cantora, compositora, atriz, escritora, empresária, dona de parque temático, ícone fashion e uma das figuras mais queridas do entretenimento, Dolly é daquelas artistas que atravessam gerações sem perder o brilho.

Com uma voz inconfundível, um estilo único e um carisma que conquista qualquer um, ela ajudou a definir o country como conhecemos hoje. Mas não pense que ela ficou presa a um único gênero: ao longo das décadas, experimentou pop, rock e até gospel, sempre mantendo seu toque pessoal. O resultado? Mais de 100 milhões de discos vendidos, recordes no Guinness, prêmios de sobra e um legado que só cresce.

E se você acha que Dolly se resume a um ícone do passado, pode esquecer essa ideia. Mesmo com quase 80 anos, ela continua surpreendendo, seja colaborando com artistas da nova geração, como Sabrina Carpenter, ou estrelando projetos que viralizam nas redes. Além disso, sua relação com Miley Cyrus, de quem é madrinha, prova que ela sabe se conectar com o público jovem como ninguém.

Mas como essa mulher incrível saiu de uma casinha no interior do Tennessee e se tornou uma das artistas mais amadas do mundo? Vamos voltar um pouco no tempo e entender por que Dolly Parton é, e sempre será, a rainha do country – e muito mais do que isso.

Dolly Parton
Foto: reprodução/Billboard

De uma casa sem eletricidade para o estrelato mundial

Dolly Rebecca Parton nasceu em 19 de janeiro de 1946, na pequena cidade de Sevierville, Tennessee. Criada em uma família de 12 irmãos, ela sempre fala com carinho sobre a infância humilde, mas cheia de amor. O dinheiro era escasso, a casa não tinha eletricidade, e roupas novas eram um luxo. Mas o que nunca faltou foi música.

Desde pequena, Dolly mostrava talento para cantar e compor. Com apenas 10 anos, já fazia apresentações em rádios locais, e aos 13, gravou sua primeira música. Só que a vida no interior não era suficiente para sua ambição. Assim que terminou o ensino médio, partiu para Nashville, a capital da música country, com um sonho na mala e muitas letras na cabeça.

O começo foi difícil. Durante anos, ela compôs para outros artistas antes de conseguir seu espaço como cantora. Mas tudo mudou quando entrou no programa de TV de Porter Wagoner, um dos grandes nomes do country na época. Lá, ganhou visibilidade e começou a lançar suas próprias músicas, conquistando fãs pelo país.

Dolly Parton
Foto: reprodução/Dolly Parton

Foi nesse período que Dolly lançou hits como “Dumb Blonde” e “Coat of Many Colors”, uma música inspirada na infância difícil, que se tornou um dos maiores clássicos da sua carreira. Mas o verdadeiro estouro viria pouco tempo depois, com uma canção que se tornaria um dos maiores sucessos do country de todos os tempos.

“Jolene” e “I Will Always Love You”: os hinos que conquistaram o mundo

Em 1973, Dolly Parton lançou “Jolene”, e o impacto foi instantâneo. Com uma melodia marcante e uma letra sobre uma mulher implorando para que outra não roube seu amor, a música se tornou um clássico. Até hoje, é uma das canções mais regravadas da história, com versões de artistas como Miley Cyrus, Beyoncé e The White Stripes.

Mas Dolly não parou por aí. No mesmo ano, lançou “I Will Always Love You”, uma balada que escreveu para se despedir de Porter Wagoner, após decidir seguir carreira solo. A música foi um sucesso imediato e chegou ao topo das paradas country duas vezes: em 1974 e depois em 1982, quando foi relançada para a trilha sonora do filme The Best Little Whorehouse in Texas.

Anos depois, em 1992, a música ganhou uma nova vida quando Whitney Houston gravou sua própria versão para o filme O Guarda-Costas. O resultado? Um dos singles mais vendidos de todos os tempos e um hit que imortalizou Dolly Parton para além do mundo country. O sucesso foi tão grande que, quando Whitney lançou a faixa, Dolly chegou a dizer que “ganhou tanto dinheiro que quase teve um ataque do coração”.

E se engana quem pensa que esses foram seus únicos sucessos. Ao longo das décadas, Dolly acumulou hits como “9 to 5”, “Islands in the Stream”, “Here You Come Again”, “Why’d You Come in Here Lookin’ Like That”, e tantos outros.

Recordes, prêmios e um legado inigualável

Dolly Parton não é só uma cantora talentosa – ela é um verdadeiro fenômeno. Com mais de 50 indicações ao Grammy, 11 prêmios vencidos e uma coleção de troféus da música country, seu impacto na indústria é inegável.

Em 2021, ela entrou para o Guinness World Records como a artista feminina com o maior número de músicas no Top 10 da Billboard Country, além de ser a única a ter hits no Top 10 em todas as décadas desde os anos 60 até hoje.

Dolly Parton
Foto: reprodução/Billboard

E não foi só na música que Dolly brilhou. Ela também fez sucesso no cinema, estrelando filmes como 9 to 5, Rhinestone e Joyful Noise. Seu carisma e humor fizeram dela uma presença constante em talk shows e programas de TV, onde sempre rouba a cena.

Dolly e Miley Cyrus: uma relação de amor e música

Se tem uma relação que os fãs adoram, é a de Dolly Parton e Miley Cyrus. A amizade começou por conta do pai de Miley, Billy Ray Cyrus, que era próximo de Dolly. Quando Miley nasceu, Dolly foi convidada para ser sua madrinha – e a conexão entre as duas só cresceu ao longo dos anos.

Dolly fez participações em Hannah Montana, interpretando ninguém menos que a “Tia Dolly”, e sempre demonstrou apoio à carreira da afilhada. Elas já dividiram o palco inúmeras vezes, com performances inesquecíveis de “Jolene”, e em 2023, lançaram juntas a música “Wrecking Ball (Rockstar Edition)”, provando que essa parceria ainda tem muito a oferecer.

Feats inesperados e um futuro que ainda promete muito

Mesmo depois de tantas conquistas, Dolly não para. Em 2023, lançou um álbum de rock chamado “Rockstar”, com colaborações de lendas como Paul McCartney, Stevie Nicks e Elton John. Além disso, surpreendeu ao gravar uma música com Sabrina Carpenter, mostrando que sabe muito bem conversar com a nova geração.

E tem mais: Beyoncé lançou sua própria versão de “Jolene” no seu álbum country, reforçando o impacto de Dolly na música.

Além disso, ela é uma das maiores filantropas do meio artístico. Seu projeto Imagination Library já distribuiu mais de 200 milhões de livros para crianças, e ela até ajudou no financiamento da vacina contra a COVID-19.

Se existe um nome na música que nunca perde a relevância, esse nome é Dolly Parton. Com um legado inigualável e uma energia que não diminui com o tempo, ela segue sendo a rainha do country – e de tudo o que quiser ser.

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Jornalista e formada em Cinema, apaixonada por cultura asiática e por contar histórias. Provavelmente já assisti tanto aos filmes do Adam Sandler que poderia atuar em qaulquer um sem precisar de roteiro.