Dia dos Namorados
Foto: reprodução/netflix

Especial Dia dos Namorados | Os 10 casais mais apaixonantes dos K-dramas

Ao longo das últimas temporadas, o mundo dos K-Dramas expandiu seus horizontes, abraçando narrativas cada vez mais maduras e complexas. Entre amores que resistem à passagem do tempo e relações que surgem nos momentos mais improváveis, o romance coreano segue encantando fãs ao redor do mundo. Não se trata apenas de beijos roubados ou confissões dramáticas: são histórias que falam sobre cura, superação e a capacidade do amor transformar vidas.

Nesse especial, reunimos os dez casais que se destacaram nas produções mais marcantes dos últimos anos. Cada um, à sua maneira, contribuiu para renovar o gênero, oferecendo não só entretenimento, mas também uma profunda reflexão sobre o amor em suas múltiplas formas. Confira: 

1. Ae-sun e Gwan-sik — Se a Vida Te Der Tangerinas (2025)

O romance de Ae-sun (IU) e Gwan-sik (Park Bo-gum) é, antes de tudo, uma ode ao amor silencioso e constante. Crescendo juntos na pitoresca Ilha de Jeju, na década de 1950, eles compartilham sonhos, medos e descobertas, sempre unidos pelo laço invisível da cumplicidade. Ae-sun sonha em ser poetisa e sair da ilha, enquanto Gwan-sik, mais reservado, permanece como seu porto seguro, apoiando-a discretamente em cada passo.

A narrativa, que se estende por várias décadas, é contada de forma não linear, saltando entre juventude, maturidade e velhice, como uma colcha de retalhos emocional. O público acompanha os momentos doces e também os dolorosos, quando escolhas difíceis e circunstâncias históricas, como a modernização de Jeju, ameaçam separá-los. Mesmo assim, o amor entre eles amadurece, resistindo ao tempo e às mudanças.

Com direção delicada e fotografia deslumbrante, Se a Vida Te Der Tangerinas foi aclamada por sua capacidade de transformar o cotidiano em poesia. A química entre IU e Park Bo-gum dá vida a um casal que não depende de gestos grandiosos, mas que comove justamente pela sutileza e profundidade. Um retrato inesquecível do amor que persiste, mesmo quando tudo o mais parece mudar.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/netflix

2. Baek Hyun-woo e Hong Hae-in — Rainha das Lágrimas (2024)

Baek Hyun-woo (Kim Soo-hyun) e Hong Hae-in (Kim Ji-won) formam um dos casais mais complexos dos últimos anos. Casados há algum tempo, eles enfrentam o desgaste da relação, marcado por mágoas silenciosas e pela rotina sufocante. A série começa justamente nesse ponto de ruptura, quando a possibilidade do divórcio se insinua como uma saída inevitável.

Ao longo da trama, vemos como o amor pode ser corroído pelo orgulho, mas também como pode ser resgatado. Situações extremas fazem com que ambos revejam suas prioridades e redescubram os motivos que os uniram. A série é habilidosa ao mostrar que o amor não é um sentimento estático, mas algo que precisa ser cultivado, mesmo — e principalmente — depois do “felizes para sempre”.

“Rainha das Lágrimas” tornou-se um fenômeno de audiência, muito graças à química impecável entre Kim Soo-hyun e Kim Ji-won, que souberam transmitir todas as nuances de um relacionamento real: o afeto, o distanciamento, a raiva, mas também a esperança. Um retrato maduro e sincero sobre as segundas chances no amor.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/netflix

3. Ryu Seon-jae e Im Sol — Adorável Corredora (2024)

O romance de Ryu Seon-jae (Byun Woo-seok) e Im Sol (Kim Hye-yoon) é uma fantasia romântica sobre redenção e destino. Im Sol é uma fã apaixonada que, após a morte trágica de seu ídolo, Ryu Seon-jae, misteriosamente viaja no tempo e tem a chance de mudar o curso da história. Mais do que salvar a vida de Seon-jae, ela deseja curar as feridas emocionais que o levaram ao desespero.

O relacionamento entre eles se constrói de forma tocante, enquanto Im Sol descobre o homem por trás da fama e Seon-jae encontra, na presença dela, um motivo para continuar. A série explora temas como saúde mental, pressão social e o poder transformador do amor e da amizade. Ao mesmo tempo, não deixa de lado momentos leves e cômicos que equilibram a densidade emocional da narrativa.

A química entre os protagonistas é arrebatadora e foi um dos pontos altos de “Adorável Corredora”. A série conquistou uma legião de fãs justamente por conseguir equilibrar elementos fantásticos com uma abordagem sensível e humana sobre o amor e suas possibilidades de cura.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/Viki

4. Kang Ji-won e Yoo Ji-hyeok — Marry My Husband (2024)

Em “Marry My Husband”, Kang Ji-won (Park Min-young) é vítima de uma traição cruel: seu marido e sua melhor amiga conspiram para matá-la. Após sua morte, Ji-won inexplicavelmente volta no tempo, tendo a chance de refazer sua história. Determinada a impedir o casamento, ela encontra apoio inesperado em Yoo Ji-hyeok (Na In-woo), um colega discreto e leal.

A relação entre Ji-won e Ji-hyeok é construída com base na confiança e no respeito mútuo, elementos que a protagonista jamais experimentou em sua vida anterior. A série, apesar de abordar temas como vingança e justiça, dedica tempo suficiente para desenvolver um romance saudável e reconfortante, mostrando que o amor verdadeiro pode florescer até nas situações mais adversas.

A atuação contida de Na In-woo contrasta perfeitamente com a intensidade emocional de Park Min-young, criando um casal memorável. “Marry My Husband” se destacou por sua trama envolvente, mas foi o desenvolvimento sincero do relacionamento entre Ji-won e Ji-hyeok que garantiu um lugar especial no coração dos espectadores.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/prime video

5. Yeo Jeong-woo e Nam Ha-neul — Médicos em Colapso (2024)

Yeo Jeong-woo (Park Hyung-sik) e Nam Ha-neul (Park Shin-hye) são dois médicos que, após anos dedicados à profissão, enfrentam um esgotamento físico e emocional que os obriga a rever o rumo de suas vidas. Ambos se reencontram num hospital da província, onde começam a reconstruir não apenas suas carreiras, mas também sua autoestima e seus sonhos.

O romance entre eles surge gradualmente, à medida que compartilham angústias, frustrações e pequenas vitórias cotidianas. A série humaniza os profissionais da saúde, muitas vezes idealizados, ao retratar suas vulnerabilidades e necessidades afetivas. O amor, nesse contexto, surge como um bálsamo, um espaço seguro onde ambos podem ser simplesmente eles mesmos.

“Médicos em Colapso” emocionou justamente por mostrar que nem sempre o amor acontece de forma espetacular. Às vezes, ele se revela no silêncio, na escuta e no apoio incondicional. A química entre Park Hyung-sik e Park Shin-hye foi a cereja do bolo, dando ainda mais veracidade a esse romance tão humano.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/Netflix

6. Baek Sa-eon e Hong Hui-ju — Quando o Telefone Toca (2024)

Baek Sa-eon (Yoo Yeon-seok) e Hong Hui-ju (Park Bo-young) formam um casal cuja relação, inicialmente construída por conveniência política, é profundamente transformada por um evento traumático. Após um sequestro, ambos são forçados a confrontar emoções enterradas e a repensar suas prioridades, descobrindo um amor verdadeiro escondido sob as máscaras sociais.

O drama é habilidoso ao explorar as tensões entre dever e desejo, mostrando como relações forjadas por interesses podem, sim, evoluir para sentimentos autênticos. Ao longo dos episódios, vemos como a parceria entre eles passa da formalidade para a intimidade, desafiando as expectativas tanto dos personagens quanto do público.

A química intensa entre Yoo Yeon-seok e Park Bo-young elevou a série a outro patamar, consolidando “Quando o Telefone Toca” como uma das narrativas mais maduras e emocionantes do ano. Um romance que nos lembra que, muitas vezes, o amor floresce justamente quando menos se espera.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/Globoplay

7. Choi Seung-hyo e Bae Seok-ryu — O Amor Mora ao Lado (2024)

Em “O Amor Mora ao Lado”, Choi Seung-hyo e Bae Seok-ryu são amigos de infância que se reencontram inesperadamente como vizinhos na fase adulta. Após anos afastados e cicatrizes emocionais acumuladas, eles redescobrem não apenas a amizade, mas também sentimentos românticos que jamais haviam tido coragem de expressar no passado. A série explora com sensibilidade o reencontro e o processo de se permitir sentir novamente.

O romance entre eles se desenvolve de forma orgânica, no compasso das pequenas interações do dia a dia: um jantar compartilhado, uma caminhada na vizinhança, uma ajuda inesperada num momento difícil. O enredo destaca como a familiaridade pode ser um solo fértil para o florescimento do amor, especialmente quando há disposição para superar os traumas antigos e as inseguranças. A delicadeza da direção transforma cada cena em um convite à empatia.

A química entre os protagonistas foi um dos pontos altos da produção, com atuações contidas e profundas. “O Amor Mora ao Lado” se destacou entre os K-Dramas de 2024 por oferecer uma história intimista e realista, focada na construção gradual da confiança e do afeto, mostrando que o amor pode ser um reencontro — não só com o outro, mas também consigo mesmo.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/netflix

8. Do Da-hae e Bok Gwi-ju — Uma Família Inusitada (2024)

Do Da-hae (Chun Woo-hee) e Bok Gwi-ju (Jang Ki-yong) são os protagonistas de “Uma Família Inusitada”, um drama que mescla fantasia e emoções reais de forma singular. Bok Gwi-ju, membro de uma família dotada de habilidades sobrenaturais, perde seu dom de viajar no tempo após sofrer uma profunda depressão. A chegada de Da-hae, uma mulher misteriosa com um passado complexo, muda o rumo de sua vida e da família.

A relação entre Da-hae e Gwi-ju nasce de maneira inusitada, permeada por desconfiança e curiosidade. Aos poucos, eles desenvolvem uma conexão que ultrapassa as barreiras do racional, fundamentada na empatia e na partilha das dores e esperanças. O amor entre eles não é apenas romântico, mas também terapêutico, funcionando como um catalisador para que Gwi-ju recupere a capacidade de se reconectar com o mundo e, consequentemente, com sua própria família.

“A Família Atípica” foi celebrada por sua abordagem inovadora, em que o amor é apresentado como um elemento capaz de restaurar habilidades perdidas e, mais importante, curar feridas emocionais. Chun Woo-hee e Jang Ki-yong entregam performances delicadas e potentes, consolidando um casal que, mesmo em meio a elementos fantásticos, transmite verdades profundamente humanas.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/netflix

9. Seo Hye-jin e Lee Jun-ho — O Romance da Meia-Noite em Hagwon (2024)

Seo Hye-jin (Jung Ryeo-won) e Lee Jun-ho (Wi Ha-joon) protagonizam “O Romance da Meia-Noite em Hagwon”, uma história que se passa no ambiente competitivo e exaustivo dos cursinhos noturnos coreanos. Ela, uma professora veterana, vive imersa na rotina de trabalho, enquanto ele, um ex-aluno agora professor, retorna ao mesmo cursinho para lecionar. O reencontro dá início a uma trama marcada por tensão, admiração e, eventualmente, amor.

O romance se desenvolve discretamente, a partir de olhares e gestos contidos que revelam uma afeição crescente e inevitável. A série aborda com precisão as dificuldades de construir relações afetivas no contexto de uma sociedade marcada pela busca incessante por resultados e pelo excesso de trabalho. Para ambos, o amor representa uma possibilidade de ressignificar suas trajetórias e buscar um equilíbrio mais saudável entre vida pessoal e profissional.

A química entre Jung Ryeo-won e Wi Ha-joon trouxe uma veracidade palpável ao casal, que foi celebrado pelos espectadores como um dos mais genuínos e maduros do ano. “O Romance da Meia-Noite em Hagwon” é uma ode ao amor que floresce mesmo nos ambientes mais áridos, ensinando que, por vezes, basta uma pausa no meio da correria para perceber que alguém especial está logo ao lado.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/Viki

10. Moon Dong-eun e Joo Yeo-jeong — The Glory (2022-2023)

“The Glory” (A Lição) conta a história impactante de Moon Dong-eun (Song Hye-kyo), uma mulher que, após sofrer bullying extremo na adolescência, dedica sua vida a elaborar um plano minucioso de vingança contra os agressores que destruíram sua juventude. Em meio a essa trajetória marcada por dor, frieza e determinação, surge a figura de Joo Yeo-jeong (Lee Do-hyun), um médico com um passado igualmente atormentado, que se aproxima de Dong-eun e passa a ser não apenas seu cúmplice, mas também um importante apoio emocional.

Apesar de não ser um romance convencional, a relação entre Dong-eun e Yeo-jeong se constrói sobre uma base complexa de confiança, cumplicidade e sentimentos não ditos. Enquanto Dong-eun é metódica, calculista e movida pela necessidade de justiça, Yeo-jeong é mais impulsivo, sensível e determinado a ajudá-la, mesmo que isso signifique transgredir seus próprios limites éticos. Esse contraste entre suas personalidades cria uma tensão constante, marcada por momentos de proximidade, hesitação e silenciosa vulnerabilidade.

Ao longo da trama, o casal aprende a lidar com seus traumas, encontrando um no outro não apenas um aliado, mas alguém capaz de compreender suas dores mais profundas. A relação é construída com sutileza, em meio a olhares, gestos contidos e diálogos cheios de subtexto, compondo um retrato emocionalmente denso sobre amor, vingança e redenção.

Dia dos Namorados
Foto: reprodução/Netflix

Leia também:

Jornalista e formada em Cinema, apaixonada por cultura asiática e por contar histórias. Provavelmente já assisti tanto aos filmes do Adam Sandler que poderia atuar em qaulquer um sem precisar de roteiro.