Eloy Casagrande é um dos músicos mais respeitados do metal mundial, mas sua trajetória de sucesso começou de forma humilde em Santo André, no ABC Paulista. Desde muito jovem, Eloy mostrou uma habilidade fora do comum com a bateria. Aos 7 anos, já impressionava professores e músicos locais com sua destreza. Aos 13, deu o primeiro grande salto em sua carreira ao vencer o prestigiado Modern Drummer’s Undiscovered Drummer Contest, um concurso internacional de bateristas. A partir dali, o mundo começou a prestar atenção no garoto prodígio do Brasil.
Eloy sempre foi apaixonado por ritmos, pois foi criado em um ambiente musical. Suas primeiras influências vieram do rock e do heavy metal, mas ele também buscou inspiração na rica tradição musical brasileira, incluindo o samba e outros estilos de percussão afro-brasileira. Isso o ajudou a desenvolver uma assinatura única como baterista, misturando elementos do metal com ritmos complexos, trazendo um toque inovador ao seu som.
Aos 15 anos, Eloy já fazia parte de bandas e tocava em festivais no Brasil, atraindo a atenção de músicos mais experientes. Seu talento chamou a atenção de gigantes do metal brasileiro, e em 2011, quando tocava com a Glória ele protagonizou um momento histórico no palco do Rock In Rio. A banda, apesar de ser de metalcore, era taxada de emo para o público mais hostil num dia dedicado ao metal, que só parou de vaia a apresentação quando Eloy executou um incrível. Confira:
Curiosamente, neste mesmo dia, quem tocava no mesmo horário que a banda de Eloy era a histórica Sepultura, que no mesmo ano Casagrande substituiria o lendário baterista Jean Dolabella. Para muitos, parecia um desafio enorme para um jovem músico, mas Eloy não só se provou à altura como ajudou a redefinir o som da banda ao longo da próxima década.
No Sepultura, Eloy rapidamente se tornou um dos pilares da banda. Ele gravou álbuns aclamados como The Mediator Between Head and Hands Must Be the Heart (2013), Machine Messiah (2017) e Quadra (2020), cada um destacando suas habilidades em faixas que misturavam brutalidade e sofisticação. A precisão de Eloy no pedal duplo, combinada com sua capacidade de criar grooves complexos, fez com que ele fosse considerado um dos melhores bateristas da cena do metal mundial.

A transição para o Slipknot
Após anos de sucesso com o Sepultura, a vida de Eloy tomou um novo rumo em 2024, quando ele foi anunciado como o novo baterista do Slipknot. A notícia pegou muitos fãs de surpresa, mas ao mesmo tempo gerou enorme expectativa. Afinal, substituir nomes como Joey Jordison e Jay Weinberg, que marcaram a trajetória da banda, não seria uma tarefa fácil. No entanto, Eloy parecia pronto para o desafio.
Ele foi ovacionado pela multidão em sua primeira apresentação oficial com o Slipknot no Brasil no Knotfest 2024, mostrando que sua transição para uma das bandas mais icônicas do metal mundial havia sido bem-sucedida. Sua performance intensa e precisa impressionou tanto os fãs quanto os críticos, que destacaram sua capacidade de incorporar perfeitamente o estilo da banda, sem perder sua própria identidade musical.
Em entrevistas sobre essa nova fase, Eloy revelou o quão grato e entusiasmado estava em fazer parte do Slipknot. Em uma de suas falas, amplamente divulgadas na mídia e em entrevistas à imprensa musical, ele disse: “É uma grande responsabilidade, mas estou pronto para dar o meu melhor e honrar o legado dos bateristas que vieram antes de mim.” Essa fala reflete a humildade e o respeito que Eloy tem pela história da banda, ao mesmo tempo que reafirma seu compromisso de trazer algo novo e inovador para o som do Slipknot.

A intensa jornada do baterista
A trajetória de Eloy Casagrande é marcada por uma intensa dedicação ao seu instrumento. Ele nunca se contentou em ser apenas mais um baterista de metal; sua busca constante por aprimoramento o levou a explorar diferentes estilos e técnicas. Nos bastidores, Eloy é conhecido por ser um estudioso da bateria, passando horas praticando e refinando suas habilidades, o que fica evidente em suas performances ao vivo.
Ao longo dos anos, Eloy também se tornou uma figura de inspiração para jovens músicos.
Ele frequentemente participa de workshops e grava vídeos didáticos, compartilhando seu conhecimento e incentivando outros bateristas a seguirem o caminho da música. Mesmo com sua crescente fama, Eloy continua humilde e acessível, sempre disposto a dividir o que aprendeu com quem está começando.
Além disso, sua habilidade de integrar influências da música brasileira ao metal fez dele um dos bateristas mais originais da cena. Ele já mencionou, em diversas ocasiões, como ritmos brasileiros como o samba e o baião influenciam sua forma de tocar, dando a ele uma visão mais ampla da bateria que vai além do metal tradicional.
Aclamado por onde passa
O talento de Eloy não passa despercebido. Ele já acumulou prêmios e elogios ao longo de sua carreira, além de sua recepção calorosa pelos fãs do Slipknot no Knotfest. Em 2014, foi eleito o “Melhor Baterista de Metal” pela revista Modern Drummer, um dos maiores reconhecimentos no mundo da música.
A crítica descreveu sua estreia com o Slipknot no Knotfest como “intensa e energética”, com muitos destacando como ele conseguiu se adaptar ao som da banda enquanto trazia um toque próprio. O público, conhecido por ser exigente, não poupou aplausos, e Eloy saiu do palco ovacionado, mostrando que está mais do que preparado para esse novo capítulo.
Contribuições fora do metal
Eloy Casagrande, além de ser uma lenda no mundo do metal, também se aventurou em projetos de outros gêneros musicais. Ele já participou de gravações e colaborações com artistas de jazz, música brasileira e rock progressivo, demonstrando sua versatilidade como baterista. Essa capacidade de transitar entre diferentes estilos é um testemunho de seu talento e da amplitude de sua visão musical, que transcende os limites do heavy metal. Essas incursões em outros gêneros também enriqueceram seu repertório técnico e criativo, tornando-o um músico completo.
O que vem por aí com Eloy no Slipknot?
Agora que o Eloy já tá oficialmente no Slipknot, os fãs de metal estão mega ansiosos pra ver o que ele vai trazer de novo pra banda. Já rola um burburinho de que eles estão trabalhando em músicas inéditas, e a expectativa é que o Eloy, com toda sua criatividade e técnica, tenha um papel de destaque nesse próximo álbum.
Ele tá mais do que pronto para levar o Slipknot a outro nível, com sua mistura de estilos e aquela energia insana no palco. O nome dele já está entre os gigantes do metal mundial, seja nas turnês ou no estúdio.
Eloy é um orgulho puro pra Santo André. Ele mostra pro mundo que o talento brasileiro não tem fronteiras e que, com dedicação e amor pelo que faz, dá pra chegar longe e dividir o palco com as maiores lendas do metal. E, pelo jeito, essa história de sucesso tá só começando!

Leia também:
Deixe uma resposta