Desde o final de 2024 Justin Baldoni e Blake Lively travam uma disputa judicial que envolve denúncias de assédio sexual e difamação. Os dois atuaram juntos no filme É Assim Que Acaba, no qual Baldoni também foi diretor. Foi nos bastidores da produção onde a briga, que também envolveria o marido da atriz, Ryan Renolds, teria começado. Entenda tudo sobre o caso a seguir.
Bastidores de É Assim Que Acaba
Desde o seu lançamento, É Assim Que Acaba esteve envolvido em polêmicas com os dois protagonistas. O filme é uma adaptação do livro homônimo de Colleen Hoover que conta a história de Lily Blossom (Blake Lively), uma jovem florista que se apaixona pelo neurocirurgião Ryle (Justin Baldoni). Os dois começam um relacionamento, porém ele acaba ganhando contornos abusivos.
Durante o período de divulgação do filme Lively e Baldoni não foram juntos em entrevistas, somente sozinhos ou ao lado de outros artistas do elenco. Segundo documentos obtidos pelo TMZ, os bastidores das gravações foram bastante turbulentos. Uma reunião geral teria sido feita para abordar o que Lively afirmava ser um ambiente de trabalho hostil. Ryan Reynolds, estaria entre os participantes dessa reunião.
Blake também é produtora do filme e por isso ela teria pedido a Reynolds para reescrever parte do roteiro. cuja versão original lhe deixara insatisfeita. O roteiro de Ryan, no entanto, teria sido descartado por Baldoni sem a aprovação de Lively. Pessoas do set de filmagem dizem que os dois protagonistas brigaram algumas vezes.
Na reunião teriam sido feitos pedidos para que Baldoni não mostrasse mais nudes de mulheres para Blake, não mencionasse mais seu antigo vício em pornografia, não abordasse mais suas conquistas sexuais, não fizesse mais nenhuma menção sobre a genitália do elenco e produção, não questionasse mais sobre o peso da atriz e nem mencionasse mais a morte de seu pai.
Ainda foi requisitado também que não houvesse “adição de cenas de sexo, sexo oral ou clímax diante das câmeras fora do escopo do roteiro aprovado por Blake ao assinar o projeto”. Lively ainda afirmou que o ator e diretor se envolveu em uma campanha social para destruir sua reputação e acrescenta que, além dos danos profissionais, essa campanha causou grave sofrimento emocional em sua família.
Os Processos
A batalha Judicial entre Blake Lively e Justin Baldoni começou quando, no dia 22 de dezembro, o The New York Times publicou um reportagem na qual relatava que o diretor e Jamey Heath, produtor do filme, contrataram um especialista em relações-públicas para difamar a atriz publicamente, após ela se manifestar contra as atitudes inadequadas no set de filmagem. O jornal chegou a divulgar mensagens de texto entre os dois atores.
Naquela mesma semana, Lively entrou na justiça com um processo contra Baldoni por assédio sexual e difamação que, segundo a atriz, foi “pensada para destruir sua reputação”. A defesa de Baldoni diz que acusações da atriz são falsas, ultrajantes e indecentes, tendo como único objetivo prejudicar ator publicamente.
Em resposta, Baldoni abriu um processo contra o New York Times por divulgar a queixa da atriz, juntamente com mensagens de texto que teriam sido enviadas por ele. O ator alega o veículo teve acesso ao processo de Lively semanas antes da publicação da reportagem, oferecendo pouco tempo para que o ator se defendesse antes que ela fosse ao ar.
Em Janeiro, Baldoni abriu um novo processo contra Lively e Reynolds por extorsão civil, difamação, invasão de privacidade, e alegando que o casal “sequestrou” o filme É Assim que Acaba. O diretor pede uma indenização de pelo menos US$ 400 milhões.
Retaliação de Justin Baldoni
No dia 21 de janeiro, a equipe de Baldoni divulgou um vídeo do set de É Assim Que Acaba que alega ser uma prova de que ele agiu com “respeito e profissionalismo” com a atriz. O vídeo tem quase 10 minuto. Nele Lively e Baldoni são vistos filmando uma cena de dança lenta que é citada pela atriz como um dos exemplos do que teriam sido caracterizados como comportamentos inadequados de Baldoni.
A equipe do ator afirma que: “A cena em questão foi pensada para mostrar os dois personagens se apaixonando e desejando ficar próximos um do outro. Ambos os atores estão claramente se comportando bem dentro do escopo da cena e com respeito e profissionalismo mútuos.”
O vídeo mostra três tomadas da mesma cena, mas não está claro quantas imagens foram filmadas que não estão incluídas no clipe divulgado pelo advogado de Baldoni. Também não está claro por quanto tempo Lively e Baldoni estiveram presentes juntos no set naquele dia.
Após divulgação do vídeo a defesa da atriz pediu à Justiça que fosse aplicada uma “ordem de silêncio”. Após a audiência realizada no dia 3 de fevereiro, em Nova York, o juiz decidiu que o advogado de Baldoni, Bryan Freedman, poderia continuar atuando sem restrições, e rejeitou o pedido de Blake para impor silêncio sobre ele.
No início de fevereiro, Baldoni publicou um site que reúne todas as suas acusações contra Lively e Reynolds. O site apresenta uma linha do tempo com 168 páginas nas quais o diretor coloca em ordem os acontecimentos sobre a briga, de acordo com a sua visão dos fatos. Além disso, o ator também apresentou um novo processo á Justiça americana com 224 páginas, onde afirma que Reynolds teria participado de uma campanha de bullying contra ele.
Baldoni acusa o marido de Lively de ter criado o personagem Nicepool para o filme “Deadpool e Wolverine” especialmente para debochar da personalidade do diretor: “Reynolds retratou Nicepool como uma caricatura de um feminista ‘woke’ fechando o arco do personagem com uma morte em um tiroteio violento feito por ‘Ladypool’, uma personagem dublada por Blake Lively.”
A defesa do diretor afirma que a cena com o personagem foi filmada em janeiro de 2024, pouco tempo após uma “emboscada” no apartamento da família de Lively, em que Reynolds “repreendeu” Baldoni e mandou que ele se desculpasse por ações que, o ator alega, não aconteceram. O processo afirma que Nicepool “tinha a intenção de ser um retrato transparente e ridicularizante da percepção deformada de Reynolds sobre Baldoni.”
A equipe de Blake Lively não respondeu sobre o site e as acusações de Justin Baldoni. A defesa da atriz pediu que a Justiça tirasse o site do ar, justificando que ele poderia atrapalhar o julgamento que está marcado para março de 2025, a menos que um acordo seja feito antes.
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