Justiça decreta prisão do cantor Gusttavo Lima em caso sobre bets; Entenda

Justiça decreta prisão do cantor Gusttavo Lima em caso sobre bets; Entenda

Artista é suspeito de integrar esquema de lavagem de dinheiro

Nesta segunda-feira (23), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a prisão preventiva do cantor Gusttavo Lima, envolvido nas investigações da “Operação Integration”, uma ação que investiga um esquema de lavagem de dinheiro e que também levou à prisão a influenciadora digital Deolane Bezerra. As informações foram divulgadas inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo.

A juíza Andrea Calado da Cruz, da 12ª Vara Criminal do Recife, foi responsável pela expedição do mandado de prisão contra o cantor. A Operação Integration apura a ligação de Gusttavo Lima, cujo nome verdadeiro é Nivaldo Batista Lima, com foragidos da justiça. A magistrada afirmou que essa conivência “compromete a integridade do sistema judicial e perpetua a impunidade”.

Operação Integration

A operação foi deflagrada no dia 4 de setembro e investiga um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou bilhões. Na mesma operação, a Polícia Civil de São Paulo apreendeu uma aeronave, de prefixo PR-TEN, que pertencia à empresa de Gusttavo Lima, Balada Eventos e Produções. Apesar de o cantor afirmar que o avião foi vendido no ano anterior, o nome da empresa ainda constava como proprietário no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB-Anac).

Defesa de Gusttavo Lima

Nas redes sociais, o sertanejo negou envolvimento com o avião apreendido, afirmando: “Esse avião foi vendido no ano passado. Honra e honestidade foram as únicas coisas que sempre tive na minha vida, e isso não se negocia”. A aeronave, fabricada em 2008, é homologada para transporte e comporta até 11 pessoas, mas não possui permissão para táxi aéreo.

Cronologia da Operação Integration

  • Em julho, Deolane Bezerra abriu a empresa de apostas Zeroumbet, com capital de R$ 30 milhões.
  • No dia 4 de setembro, Deolane e outros investigados foram presos na Operação Integration, que apura um esquema de lavagem de dinheiro proveniente de jogos de azar, com movimentações de cerca de R$ 3 bilhões.
  • A Justiça bloqueou R$ 20 milhões de Deolane e R$ 14 milhões de sua empresa.
  • Após ser presa, Deolane afirmou que sua renda mensal é de R$ 1,5 milhão e negou as acusações.
  • Deolane também foi alvo de um habeas corpus, mas após descumprir medidas cautelares, retornou ao presídio em Buíque, no Agreste de Pernambuco.

Investigação segue em andamento

O Ministério Público de Pernambuco solicitou novas diligências e recomendou a substituição da prisão preventiva por outras medidas cautelares. A Operação Integration continua apurando os indícios de lavagem de dinheiro envolvendo grandes quantias e bens de luxo, como carros e aeronaves.

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