Kanye West, agora conhecido como Ye, confirmou um show único no Brasil para o dia 29 de novembro, em São Paulo, possivelmente como parte de um festival. A apresentação, no entanto, reacende a polêmica em torno do rapper, que nos últimos anos fez declarações explícitas em apoio ao nazismo, elogiou Adolf Hitler e até lançou uma música intitulada “Heil Hitler”, removida de plataformas digitais.
Os produtores brasileiros do evento, Guilherme Cavalcante e Jean Fabrício Ramos (Fabulouz Fabz), minimizaram as controvérsias em entrevista à Folha de S.Paulo. Fabz afirmou que Ye não é nazista e classificou as polêmicas como “estratégias” do artista.
O cara não é nazista. Ele está num caminho, já começou a se retratar. Artista a gente conhece… Ele é muito estratégico em causar polêmicas”, disse Fabz, sugerindo que as declarações do rapper seriam uma tática para chamar atenção.
Produtor condena nazismo, mas defende Ye
Apesar de tentar justificar as falas do rapper, Fabz garantiu que o evento não tolerará qualquer manifestação de cunho nazista. “Vamos tomar as medidas. Isso é inaceitável. Somos contra tudo isso”, afirmou.
Enquanto isso, a assessoria do show divulgou um link de pré-venda (yenobrasil.com.br) e um perfil no Instagram (@urbanmovementbr), indicando que o show pode ser parte de um festival chamado Urban Movement, com capacidade para até 100 mil pessoas em dois dias.
Histórico polêmico e retorno ao Brasil
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Ye não se apresenta no país desde 2013, quando participou do SWU. Desde então, acumula escândalos, incluindo posts com suásticas, defesa de teorias antissemitas e ataques a vítimas de abuso.
Apesar disso, os produtores apostam no sucesso do evento, destacando o legado musical do artista: “Musicalmente, o cara é um gênio. Nem Deus agradou todo mundo”, finalizou.
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