O jogo Triangle Strategy ganhou nova vida nos consoles de joga geração (PS5 e Xbox Series X|S). Com taxa de quadros estável, resolução mais limpa e menus legíveis, a guerra política de Norzelia produzida pela Square Enix aos novos consoles sem limitações técnicas e mantendo seu ritmo narrativo de grande densidade.
Desde seu lançamento para Nintendo Switch em 2022, Triangle Strategy se consolidou como o sucessor espiritual do consagrado (e da casa) “Final Fantasy Tactics”. Agora, no Xbox Series S – console que joguei –, o título chega em sua versão otimizada. Com isso, a potência do console para entregar um visual HD-2D mais nítido, fluido e sem quedas notáveis de desempenho.

Diferente de RPGs convencionais que apostam em heróis contra vilões, aqui a história mergulha em uma trama política densa. O enredo se passa em Norzelia, um continente dividido entre três nações em conflito constante pelo controle de recursos vitais, como o sal e o ferro.
O protagonista, Serenoa Wolffort, herdeiro de uma casa nobre, precisa equilibrar alianças frágeis e tomar decisões que mudam o destino de seu povo. Essas escolhas não são apenas cosméticas: os Conselhos de Guerra, decididos por votação entre aliados, abrem caminhos narrativos distintos, resultando em rotas diferentes, personagens recrutáveis e múltiplos finais.

A proposta segue intacta: um SRPG (Strategy Role-Playing Game, que em português se traduz para Jogo RPG tático) de batalhas em grid isométrico, onde cada turno exige leitura do terreno, sinergia de classes e antecipação dos movimentos. Tudo isso rodeado por decisões políticas que mudam totalmente a narrativa.
A proposta segue intacta: um SRPG (Strategy Role-Playing Game, que em português se traduz para Jogo RPG tático) de batalhas em grid isométrico, onde cada turno exige leitura do terreno, sinergia de classes e antecipação dos movimentos. Tudo isso rodeado por decisões políticas que mudam totalmente a narrativa. Esse aspecto lembra Final Fantasy Tactics, mas se diferencia no fato de que cada personagem aqui é único e insubstituível, mais próximo de um xadrez narrativo do que de um RPG aberto em customização de classes.
O grid tático com relevos e uso inteligente dos elementos (fogo que se espalha, gelo que bloqueia, eletricidade que é conduzida pela água) é um dos pontos altos do jogo. Outro destaque é a sua narrativa cativante e altamente densa.

Cada herói mantém identidade própria, com especialistas em armadilhas, magias em cone, buffs ou ataques de longa distância. Exemplos disso estão em Erador, o cavaleiro pesado que atrai inimigos para si, e Archibald, o arqueiro capaz de atingir adversários a enormes distâncias. Essa diversidade exige planejamento minucioso e reforça a sensação de recompensa em cada vitória. Suas convicções e filosofias determinam não só diálogos, mas sim rotas, recrutas e finais alternativos.

A leitura do terreno é mais clara graças ao aumento da resolução nativa em 1440p. Isso ajuda muito a identificar diferenças sutis de altura ou casas ocupadas. Em relação aos comandos, o controle adapta muito bem os analógicos e os triggers do console. Nota-se também uma precisão mais confiável do que no console original (Switch).
Graças ao SSD, o jogo conta com loadings praticamente instantâneos, algo que deixa o jogo mais fluido. A trilha sonora orquestral e efeitos de clima ganham mais imersão quando se é usado um headset compatível com a tecnologia de áudio 3D.

Mas nem tudo são flores. O ritmo narrativo do game ainda é lento, com longas sequências de diálogos que podem desanimar aqueles que buscam ação imediata. Outro problema está no fato dele não contar com localização em português. Trata-se de uma falha gravíssima, considerando que Triangle Strategy é totalmente baseado em leitura e escolhas. Isso certamente pode afastar jogadores que não possuem o domínio da língua. Algumas decisões só fazem sentido se o jogador explorar a fundo as cidades. Neste caso, quem pode se frustrar são os que preferem a linearidade.
Em geral, Triangle Strategy encontra-se em sua melhor versão técnica especialmente se comparado com o original. Ele ainda é um título denso, com muito texto e política medieval. Resumindo: para quem aprecia jogos táticos e narrativos, este é um SRPG obrigatório para quem possui um console da nova geração,
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