A franquia Commandos dispensa apresentações pra quem viveu a era de ouro dos RTS entre os anos 90 e 2000. Depois de anos no limbo, Comando Origins chega como prequel da saga, uma tentativa de reconectar veteranos à série e, de quebra, apresentar esse estilo de jogo pra uma nova geração.
Do que se trata o jogo?
Comando Origins apresenta o início de tudo, a história mostra a formação da lendária unidade de elite responsável pelas operações secretas por trás das linhas inimigas durante a Segunda Guerra. O DNA da franquia está todo ali: visão isométrica, foco em furtividade, personagens com habilidades específicas, mapas desafiadores e aquela boa e velha sensação de “se errar um passo, o plano inteiro vai pro saco”.

O tático nunca foi tão bonito
O jogo usa Unreal Engine 4, entregando cenários ricos, com clima dinâmico, iluminação natural e excelente ambientação. Os mapas têm aquela vibe europeia devastada pela guerra, mas com atenção aos detalhes que impressiona.
Já os modelos de personagem são competentes, longe de ser algo já visto em inúmeros jogos atuais, indies ou AAA, porém nas cutscenes tudo parece meio “robótico”, mesmo sendo uma cena pré renderizada, já as animações furtivas, execução de ações e interações no ambiente são fluidas e realistas. O cuidado com a movimentação é nítido e importante num jogo onde cada passo conta.
Se tratando da versão PC, o jogo possui todos os ajustes e tecnologias necessárias para um jogo atual — sombras, texturas, antialiasing, pós-processamento — com presets bem equilibrados, além dos reconstrutores de imagem como DLSS, FSR e XeSS, o que já é padrão, do Low ao Ultra todos estarão bem servidos visualmente.
Desempenho que convence, mas não impressiona
O jogo rodou nas seguintes configurações: RTX 2060, I512400, 32GB, SSD NVME, e o resultado geral é positivo, com uma média de 60 em fullhd, no alto. Algumas quedas de FPS acontecem no início de cada missão, especialmente nos mapas mais densos e cheios de inimigos, mas que se estabiliza depois.
A ia dos inimigos consome um pouco mais do que o esperado, principalmente em situações com múltiplos soldados e patrulhas reagindo ao mesmo tempo, Porem o carregamento das fases é quase instantâneo, mas há pequenos engasgos em transições e cutscenes. Nada que quebre a experiência, mas vale o aviso.

Controles e bugs
A interface é claramente pensada pro PC, com suporte completo a mouse + teclado, além de compatibilidade com controle, os comandos são responsivos e há customização total das teclas, algo essencial em RTS/RTT.
Já no quesito bugs, nada crítico, mas há alguns glitches de IA — patrulhas que travam em loop, reações atrasadas e, em raros casos, alertas que disparam sem motivo aparente. A expectativa é que updates resolvam isso com facilidade.
Vale a pena no PC?
Commandos Origins traz de volta a franquia com um porte bem feito e desempenho confiável no PC, não é um salto revolucionário, mas é um ótimo retorno as origens trazendo para a atualidade, onde o gênero está aos poucos voltando aos holofotes, além de gráficos satisfatórios, e para fãs de estratégia tática, é um prato cheio e um convite para os que nunca jogaram os jogos anteriores ou querem experimentar algo diferente do habitual.
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