Review | Hyrule Warriors: Age of Imprisonment: muita pancadaria e esclarecimentos

The Legend of Zelda sempre foi a minha franquia favorita nos games. O jeito como o gameplay e a narrativa se completam em cada título, e o modo como tudo se conecta dentro da própria linha do tempo, sempre me chamou muita atenção. Mesmo assim, nunca dei muita abertura para os spin-offs.

Resolvi mudar isso com Hyrule Warriors: Age of Imprisonment, o terceiro jogo dessa série derivada, que apresenta todos os acontecimentos envolvendo a princesa Zelda em Tears of the Kingdom.

Uma guerra do passado

Aqui, acompanhamos eventos que ocorreram 10 mil anos antes da história principal. Como a Zelda é enviada para o passado durante o confronto inicial contra Ganon, em Tears of the Kingdom só tínhamos acesso a fragmentos dessa época por meio das memórias espalhadas pelo mapa. Agora, tudo aparece de forma completa, mostrando cada ponto que conecta essa era antiga ao último jogo principal da franquia.

No desempenho, o jogo me surpreendeu bastante. Mesmo com centenas de inimigos simultâneos na tela e ataques que atingem vários deles ao mesmo tempo, o console consegue dar conta sem grandes quedas de quadros durante o combate. As cutscenes, por outro lado, não receberam a mesma atenção. A qualidade da imagem e a fluidez deixam a desejar, sobretudo quando a gente joga na TV, onde esses detalhes ficam ainda mais nítidos.

Reprodução: Paulo Vitor

O gameplay segue a fórmula tradicional do estilo Musou, com multidões de inimigos que avançam em grupo, sempre acompanhados de um líder mais resistente. As fases apresentam objetivos variados, como eliminar hordas em um tempo específico ou derrotar todos os adversários presentes no mapa.

Mesmo com a possibilidade de aprimorar as habilidades dos personagens, o desafio no modo Normal, o qual foi o que escolhi, se mantém bem simples. Tirando alguns chefes pontuais, o jogo pode ser finalizado sem grandes dificuldades, mesmo por quem não costuma buscar objetivos extras.

Alta variedade dos personagens

A variedade de personagens foi algo que realmente me agradou. Além da Zelda, podemos controlar vários nomes conhecidos da franquia e outros representantes de espécies clássicas, como Gorons, Zoras e Zonais. É possível alternar entre eles a qualquer momento durante a missão, desde que estejam disponíveis. Também dá para emitir comandos para que os outros personagens sigam para diferentes objetivos, o que ajuda muito quando precisamos recuperar várias bases ao mesmo tempo: enquanto você resolve uma, o NPC cuida de outra, e ao terminar, basta alternar o controle para agilizar o progresso.

Os ataques em dupla são uma das mecânicas mais legais, funcionando de maneira natural e trazendo combinações especiais entre dois personagens. Cada dupla possui movimentos próprios, com animações bem construídas que acrescentam um charme especial ao combate.

Reprodução: Paulo Vitor

Entre os personagens mais peculiares está o Constructor, que lembra bastante a aparência do Link e até compartilha alguns golpes semelhantes. Com ele, há fases em que o jogo deixa de focar no combate terrestre comum para adotar um estilo aéreo que lembra jogos de nave, algo inesperado que acabou funcionando muito bem.

Infelizmente o jogo não conta com nenhum tipo de localização para o nosso idioma, o jogo não possui nem uma legenda em português, o que pode dificultar para quem quer entender a história e que não tem familiaridade com outros idiomas.

Vale a pena?

Hyrule Warriors: Age of Imprisonment se torna praticamente obrigatório para quem gosta de entender a linha do tempo de The Legend of Zelda, já que esclarece histórias deixadas em aberto em Tears of the Kingdom. Recomendo especialmente para quem já jogou o último título principal, porque assim a experiência fica completa e todas as dúvidas se encaixam de forma natural.

Agradecimento a Nintendo Brasil por nos enviar uma cópia para a realização do review.

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