Indiana Jones é uma franquia mais importantes da história do cinema. Idealizado por George Lucas, dirigido por Steven Spielberg, e estrelado por Harrison Ford, os filmes fizeram muito sucesso e são comentados até hoje, além de ser uma grande influência para muitos filmes, como a franquia A Múmia, e até jogos como Tomb Raider e Uncharted.
Este jogo foi bem polêmico no anuncio, pois grande parte do público esperava uma aventura dele em terceira pessoa, e fomos todos surpreendidos por ser em primeira pessoa. Decidi dar um voto de confiança ao jogo, pois os responsáveis por ele foi a MachineGames, estúdio que é responsável pela franquia “Wolfenstein”.
Um jogo bem feito
Com relação ao gameplay, achei que ele funcionou muito bem, levando em consideração que o jogo te incentiva a todo momento agir com cautela. Podemos pegar diversos itens para utilizar como armas. O mais legal disso é pegar uma arma e apunhalar silenciosamente o inimigo. Além disso, todas as armas temporárias que pegamos tem uma durabilidade, que varia conforme o item, geralmente 1 golpe tira 1 pedaço da durabilidade, enquanto abate silencioso pode tirar até 3.
O que me incomodou um pouco no combate é como foi feito o combate com soco, podemos controlar cada soco de acordo com os gatilhos, porém achei um pouco superficial. Além disso, é bastante difícil fazer um combate corpo a corpo em primeira pessoa que não seja scriptado, então ainda consegui relevar um pouco.
A arma registrada de Indiana Jones com certeza é o chicote, e ele no jogo é um elemento chave para a aventura. Com eles podemos desarmar inimigos, se balançar, escalar entre outras coisas. Eu achei a mecânica bastante tranquila e funciona perfeitamente.
Outros itens que desbloqueamos e utilizamos com bastante frequência são: uma câmera onde podemos tirar fotos de monumentos e pistas para solucionar os casos. Cada foto que tiramos ganhamos pontos para gastar com melhorias. O segundo item que ele possui é um isqueiro bem simples, que serve para acender tochas e iluminar o caminho em lugares estreitos. E por último temos uma máscara de mergulho para que possamos nadar por mais tempo, este em específico só conseguimos quase na reta final do jogo.
Como citei os upgrades anteriormente, a árvore de habilidades neste jogo são livros que encontramos conforme vamos explorando. Ao achar um livro, para aprendermos a habilidade, devemos verificar se temos pontos de experiência para habilitarmos.
Seria melhor em terceira pessoa?
O que posso dizer é: Não. Este jogo funciona muito melhor em primeira pessoa, e foi uma excelente escolha contrariando as expectativas de quem desejava uma aventura em terceira pessoa. O jogo foca totalmente na exploração, onde temos que nos atentar aos mínimos detalhes, seja tirando fotos para atualizar o diário, resolver puzzles se torna mais interativo e você se sente que está fazendo de fato, e não uma máquina que está fazendo por você
Outro aspecto que a primeira pessoa nos proporciona é passar a tensão que alguns momentos querem transmitir. Tem um combate por exemplo que é contra uma cobra gigante, que precisamos ficar atento para saber de onde ela vem para acertarmos um lance nela. Por ser em primeira pessoa, o nosso campo de visão fica bem limitado, fazendo com que prestamos mais atenção do que na terceira pessoa.
Os lances que mais me incomodaram foram os que são exatamente em terceira pessoa, porque parece que acaba com o dinamismo do jogo. Por exemplo, quando vamos escalar algo com o chicote, a câmera muda para focar no Indiana, e quando terminamos de escalar, a câmera volta para a primeira pessoa. Essa transição em minha experiência me incomodou pelo menos em 90% das interações, só funcionou comigo nas partes que precisava se esgueirar pela parede.
Performance surpreende, mas em gráficos…
Quando fui jogar pela primeira vez, tentei rodar em um PC com um Ryzen 7 5 5600 com uma RTX 2060 com 6GB de VRAM, e o jogo simplesmente não funcionava, pois precisa de no mínimo 8GB de VRAM para jogar. Dito isso, acabei jogando tudo no Xbox Séries S, e até que surpreendeu.
O jogo se mantém em grande parte nos 60 quadros, dando maior fluidez e agradando bastante o gameplay. Senti bastante quedas somente nas cutscenes mesmo, o que não interfere muito na hora de jogar.
Já graficamente, mesmo o console tendo uma potência menor, ele poderia entregar um pouco mais. Alguns cenários pareciam que estavam demorando para renderizar, mas não, aquilo era o gráfico já carregado. Esses detalhes podem ser facilmente ignorados caso você esteja jogando em um monitor Full HD igual meu caso, agora se jogar em uma TV 4K, pode ser que incomode um pouco.
Duração e rejogabilidade
A campanha pode durar em torno de 12 a 15 horas, fazendo poucas missões secundárias, se você for atrás de tudo, pode bater facilmente as 40 horas. Caso você queira fazer tudo depois de terminar a campanha principal, o jogo permite que você volte nos cenários anteriores para concluir todas as atividades.
As missões secundárias seguem bastante a estrutura das missões principais, onde exploramos um determinado local, buscamos informações e finalizamos o objetivo. Algumas missões só aparecem somente quando você encontra algum item conforme você vai explorando. Pode acontecer de você encontrar um item chave em um país, e este item ser somente utilizado somente em outro que você já visitou.
Conclusão
Indiana Jones e o Grande Círculo é uma das melhores obras baseadas em filme que já joguei em todos esses anos. A ousadia em fazer um jogo em primeira pessoa e mais focado na exploração, deixa o jogo com um charme bastante agradável e bem convidativo para todos os jogadores.
Recomendo muito que deem uma chance, até mesmo você que torceu o nariz para o jogo por não ser em terceira pessoa. Este jogo pode te surpreender.
Leia outras reviews:
Deixe uma resposta