review Karate Survivor

Review | Karate Survivor é um golpe na diversão

Tentativa de novo Vampire Survivors não deu certo

Publicado e desenvolvido pela Alawar, Karate Survivor chega como um roguelike de sobrevivência inspirado em artes marciais, com combate corpo a corpo. À primeira vista, a ideia parece promissora: socos, chutes e combos em um cenário gótico cheio de inimigos.

No entanto, a execução deixa muito a desejar, tornando a experiência frustrante para quem esperava algo mais dinâmico.

Um conceito que tenta, mas não decola

Karate Survivor segue diretamente a fórmula de “Vampire Survivors”, mas troca feitiços e armas por movimentos de artes marciais. Em teoria, isso poderia funcionar, mas, na prática, a jogabilidade se mostra limitada. Em vez de golpes únicos ou estratégias complexas, os ataques lembram um fã de filmes de Jackie Chan tentando recriar acrobacias em um jogo, sem qualquer profundidade real.

No início, o combate parece divertido, mas logo a repetição se torna evidente. Diferente de Vampire Survivors, em que cada rodada faz o jogador se sentir mais poderoso, Karate Survivor transforma o progresso em uma contagem regressiva para a derrota.

Combate superficial e restrito

O principal problema está no combate corpo a corpo. Joe Musashi, ou melhor, seu equivalente no jogo, só consegue atacar inimigos a uma distância mínima de 1,25 cm. Quando o número de inimigos aumenta, a sensação de vulnerabilidade domina, e cada batalha parece mais um teste de paciência do que de habilidade.

O jogo possui melhorias desbloqueáveis e permanentes, mas mesmo essas não acrescentam a emoção ou profundidade necessárias. Movimentos azuis e vermelhos podem ser combinados, mas a mecânica é mal explicada, deixando o jogador sem entender realmente sua utilidade. No fim, tudo se resume a apertar botões sem sentir progressão real.

Sistema de habilidades confuso

Karate Survivor oferece um sistema de barra de movimentos, que se enche gradualmente conforme você avança. Há técnicas especiais que podem ser conectadas, mas sua função permanece obscura. Possivelmente aumentam o dano ou a velocidade, mas não há clareza, nem impacto real na experiência do jogador.

O resultado é um sistema que parece inovador no papel, no entanto, isso não altera a jogabilidade e não motiva a exploração ou a experimentação.

Repetição e falta de engajamento

O jogo se torna extremamente repetitivo. Cada rodada parece igual à anterior, sem oferecer novas experiências ou recompensas significativas. A diversidade de inimigos não é suficiente para quebrar a monotonia, e os desafios de plataforma e combate carecem de criatividade. Mesmo com upgrades, a sensação de progresso é superficial, tornando o jogo esquecível rapidamente.

Um roguelike que não entrega

Apesar do potencial, Karate Survivor é uma tentativa mal-sucedida de capturar a magia de Vampire Survivors. O combate é limitado, os sistemas de habilidades são confusos e a progressão é insatisfatória. Não há incentivos para explorar ou experimentar estratégias diferentes, e a experiência geral carece de emoção.

Se você procura um roguelike envolvente e viciante, Karate Survivor não cumpre o prometido. Ele se apresenta como uma aventura de artes marciais, mas acaba sendo apenas uma imitação sem alma, que se perde em sua própria mecânica mal estruturada.

Considerações finais desta review de Karate Survivor

Finalizo esta review de Karate Survivor com uma frase que eu não gostaria de digitar: Não vale a pena. Ele permite que você use socos, chutes e o ambiente para enfrentar hordas de inimigos, tentando evocar a sensação dos filmes de ação dos anos 80.

Apesar de algumas melhorias e combos desbloqueáveis, o jogo é repetitivo, confuso e, no fim, esquecível. É uma tentativa de roguelike que não consegue se destacar, ficando aquém do que sua proposta poderia oferecer.

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Apaixonado por games, filmes, séries, músicas, HQ's e por cachorros. Jogos desafiadores são meus preferidos. Jogo, assisto, ouço, leio e, às vezes, exerço minha profissão de professor.