Killing Floor 3 é uma sequência desenvolvida pela Tripwire – mesma responsável pelos títulos anteriores e por “Maneater”, e é um jogo de tiro em primeira pessoa com foco no co-op de até 6 pessoas, e é uma franquia muito aclamada nesse meio, sendo bastante querida e elogiada por muitos.
O terfeiro do da franquia em questão é uma sequência direta do jogo primeiro (visto que o segundo é uma prequela que se passa 70 anos antes dos acontecimentos). Aqui eles buscam trazer de volta um pouco da vibe do jogo original, o visual é mais sombrio e tem bastante aquela cara de “edgy” que fez muita gente amar os dois primeiros jogos.
O jogo apesar de ter sido lançado, ainda tem muita margem de melhoria via updates, então o conteúdo no momento é bastante cru, e não tem muita variedade.
Setting simples, mas que funciona bem para a franquia

Na trama de Killing Floor 3, controlamos operadores de um grupo de rebeldes chamados de Nightfall onde eles tem como objetivo acabar com uma corporação chamada de Horzine que foram basicamente os resposáveis principais por destruirem o mundo com uma exército de bio-monstros chamados de Zeds que obedecem diretamente a eles.
A missão parece simples, mas a jornada não é tão simples assim. Acho curioso como o jogo se passa em 2091, e temos um grande ênfase no fato de que o jogo se passa 70 anos depois do evento do segundo jogo, é legal eles retornarem ao futuro pós o primeiro jogo, e bem, tá tudo em um caos tremendo. É um setting simples mas que funciona muito bem pra esse tipo de jogo.
Jogabilidade com menos possibilidades que seus antecessores, mas ainda frenética

Aqui temos como objetivo sobreviver a raids com hordas de inimigos, que variam de inimigos fracos a inimigos mais fortes, e no último round nós enfrentamos um Boss e a coisa fica séria!
Vou começar elogiando o design dos Zeds que apesar de uma boa parcela ser nada tão original, tem um ou outro ali que surpreende. Mas temos aqui os clássicos zumbis; zumbis com motosserra; zumbis que voam e usam um lança chamas; e os bixões amedrontadores.
Na parte mecânica de Killing Floor 3, ele tem um sistema de compras muito parecido com o de Counter Strike, onde você ganha dinheiro para poder realizar upgrades, usar outras armas ou recuperar armadura e seus itens de cura, e na estrutura do jogo, isso faz todo o sentido.

Temos também dificuldades variadas que aumentam a tensão nas missões, os inimigos vêm em número maior e são mais perigosos, e você ganha menos recompensar para dar upgrades.
O jogo como eu disse é bastante focado em cooperação e interações online, seu time precisa cooperar para sobreviver as raids, mas isso fica mais evidente somente nas últimas dificuldades do jogo, onde sobreviver sem uma certa coordenação do time fica muito desafiador, mas não impossível.
Saber usar as classes e suas habilidades ficam mais evidentes nas últimas dificuldades, então temos essa margem de desafios que o jogador pode explorar, ou se preferir ficar num modo mais automático, é só jogar no normal que você tem mais liberdade para conhecer todas as funções do jogo.
Vale citar que uma das mudanças do jogo foram nas classes, nos jogos anteriores elas não tinham tanta distinguição uma da outra, mas aqui eles funcionam mais ou menos como heróis que vemos em hero-shooters, com cada um tendo uma “ult” e habilidades próprias deles, coisa que nos anteriores não tinham, apesar de ter seus próprios personagens com backgrounds diferentes.

Killing Floor 3 possui crossplay mas não possui cross-progression o que significa que se você começou no PC e for jogar nos consoles, terá que começar o progresso do 0. Crossplay é praticamente mandatório para um jogo com foco no online como Killing Floor, isso quer dizer que a vida útil do jogo irá durar por um bom tempo, e esse foi um dos maiores vacilos com o lançamento do segundo jogo para os consoles, onde PC tinha crossplay entre as plataformas dele (Epic e Steam) mas não tinha entre os consoles, e o 3 felizmente não errou nesse aspecto.

Mas nem tudo são flores, a conexão do jogo é onde ele peca bastante, eu pessoalmente enfrentei muito lag e input delay em várias partidas, o que atrapalhava bastante a experiencia geral (e eu juro que a minha internet é muito boa!). Quando a partida funcionava bem, funcionava muito bem, mas esses problemas com a conexão são coisas que precisam ser corrigidas urgentemente, ainda mais com um jogo com foco no online como esse.
Qualidade Tecnica competente, mas que podia ser melhor

Killing Floor não é um jogo que tem lá um exemplo de bons gráficos, mas sejamos sinceros, não é por isso que estamos aqui.
O jogo tem um número grande de inimigos na tela e tem um gameplay bastante frenético, então obviamente ele precisa otimizar no máximo, mas não precisa de gráficos foto-realistas e o que ele proporciona, funciona muito bem.
Contudo até mesmo ele possui falhas técnicas, no PlayStation 5 (além dos problemas de conexão) enfrentei problemas de frame-rate e alguns bugs ocasionais com a visualização e a física do jogo, o que pode distrair e atrapalhar, mas por sorte o jogo se segura bem a ponto de não ser uma experiência terrível.
Eu li algumas reclamações técnicas sobre a versão de PC também, e alguns jogadores reclamando de má otimização. Mas como é fora da minha área, eu não me aprofundei muito, mas a experiencia no PS5 se segura.
O jogo não utiliza nenhuma função do Dual Sense também, o que é uma lastima, mas nada que faça falta também.
Trilhasonora com altos e baixos
Killing Floor é uma franquia famosa também pela sua trilha sonora, e ela compões bastante o “edgyness” do jogo, com um “metal paulera” e umas músicas mais techno (com uma clubber) que visionam deixar o jogador mais empolgado com cada situação proposta.
Eu aprecio bastante a trilha sonora do primeiro, não posso falar sobre a do 2 porque eu nunca me aprofundei muito nele, mas a do terceiro foi uma com altos e baixos.
O design de sons do jogo é bem ok, as armas e as falas dos personagens são um tanto bem-vindos, mas nada marcante, e infelizmente o mesmo eu digo sobre a trilha sonora, onde a que mais me empolgou foi a música dos bosses, ali o pau come solto e empolga demais, mas foi uma das poucas que me deixaram com essa sensação.
Considerações finais

Falta um pouco de variedade no momento, o conteúdo de Killing Floor 3 é pouco comparado aos dos outros títulos da franquia, mas nada que updates futuras não resolvam, já que até o 2 teve o mesmo destino.
Mas ainda assim não acho que compense comprar o jogo nesse momento, vale a pena dar uma segurada até que mais conteúdo seja lançado, mas ainda assim, para quem está sem ideias e quer jogar um jogo cooperativo com os amigos, ou quer um jogo que seja um bom passa tempo em horas disponíveis na noite, Killing Floor 3 sem dúvidas é uma boa pedida, uma ou duas missões ali para fechar o dia e ir dormir são perfeitos, e apesar de tudo, a diversão ainda é garantida.
É divertido testar as classes e testar as armas e possibilidades que o jogo proporciona, não é uma grande variedade no momento, mas é o suficiente para garantir umas horas de diversão.
Um agradecimento a Tripwire Interactive por terem proporcionado o jogo para essa análise!
Killing Floor 3 está disponível para PlayStation 5, Xbox Series e PC.
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