Review | Lost Soul Aside: um jogo simples, mas que prende a atenção

Novo jogo da iniciativa China Hero Project se mostra ser bem sólido e que não renova a roda.

Lost Soul Aside me chamou bastante atenção quando vi os primeiros trailers. Quando veio a confirmação de que o gameplay seria voltado para o hack and slash, um dos gêneros que mais gosto, aí sim o jogo conquistou a minha atenção de verdade.

Agora que o título finalmente saiu e consegui finalizar, posso compartilhar um pouco da minha experiência e do que realmente dá para esperar dele.

Muitas influências

Logo de cara, dá pra perceber o quanto o jogo bebe da fonte de “Final Fantasy”. Desde a vila onde encontramos os personagens até os cenários de batalha, tudo carrega aquela pegada de fantasia que já estamos acostumados a ver na franquia da Square.

O combate segue mais para o lado de um hack and slash simplificado. Você não precisa decorar combos enormes ou sequências complicadas de botões, como em “Devil May Cry” ou “Bayonetta”. Isso deixa tudo mais acessível e faz com que a atenção fique voltada para a ação em si.

Reprodução: Paulo Vitor

Nosso protagonista, Kazer, tem uma barra de energia logo abaixo dele. Essa barra vai sendo gasta sempre que usamos os poderes de Arena, uma entidade que nos acompanha durante o jogo todo, ou mesmo quando fazemos esquivas rápidas, o que obriga a pensar bem em como administrar esses movimentos nos momentos certos.

O jogo também traz um bom leque de upgrades, tanto para as armas de Kazer quanto para as habilidades de Arena. O legal é que, quando você evolui um estilo de combate, isso vale para todas as armas que forem desbloqueadas na campanha.

Falando em armas, Kazer conta com quatro estilos principais, cada um com sua própria identidade:

  • Espada: a arma inicial, equilibrada e confiável.
  • Espada larga: mais lenta, mas causa bastante dano.
  • Alabarda: perfeita para ataques de longo alcance e maior velocidade.
  • Foice: mistura de espada e alabarda, com a vantagem de puxar inimigos para perto.

Alguns dos defeitos

Se tem um ponto em que o jogo realmente escorrega, é na dublagem. A versão em inglês parece mais uma leitura de roteiro do que uma interpretação de verdade, sem emoção nenhuma. No japonês até melhora, mas ainda não chega a convencer.

Reprodução: Paulo Vitor

As cutscenes também não ajudam muito. Muitas vezes passam a sensação de algo mal executado, quase como se fossem brincadeiras improvisadas, com efeitos especiais que não convencem. Isso acaba tirando bastante do impacto que um jogo de fantasia deveria ter.

A história, por sua vez, não empolga. Desde o início já dá para imaginar como tudo vai se desenrolar e até prever o final, sem grandes surpresas no caminho.

Conclusão

No fim das contas, Lost Soul Aside não é aquele jogo obrigatório que todo mundo precisa jogar, mas também não merece ser tratado como um fracasso absoluto. Ele aposta na simplicidade, o que pode agradar quem procura só algumas horas de diversão frenética, mas vai decepcionar quem esperava algo mais polido e grandioso.

Para quem curte um hack and slash direto ao ponto, dá pra se divertir. Só não espere muito além disso.

Agradecimento a PlayStation Brasil por nos fornecer uma cópia para review.

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