Review | Metal Eden: e se Doom se unisse com Metroid Prime?

Esta mistura trás um jogo para amantes de tiroteio frenético.

Metal Eden foi um dos jogos que mais despertou minha atenção no início deste anon sobretudo pela semelhança com as mecânicas dos recentes títulos de “Doom”. Com combates frenéticos, tiroteios inacabáveis e doses generosas de violência, o jogo rapidamente me interessou. Após jogá-lo por um tempo, trago aqui minhas impressões sobre essa experiência.

O que é Metal Eden?

Em Metal Eden, controlamos ASKA, um androide Hyper Unit avançado, construído a partir de uma psique humana digitalizada. A narrativa nos leva a explorar cenários futuristas, com arquiteturas repletas de neon em planetas tecnológicos, enquanto enfrentamos conflitos contínuos para recuperar as almas de uma colônia humana perdida, armazenadas em COREs cibernéticos.

O jogo apresenta um total de nove fases, incluindo um prólogo e oito missões principais. Embora os cenários sejam visualmente semelhantes entre si, eles se destacam pela beleza e interatividade, oferecendo um pano de fundo cativante para as batalhas.

Mecânicas excelentes para a proposta

As mecânicas de Metal Eden são um dos pontos altos. Conforme avançamos, desbloqueamos armas sem a necessidade de procurá-las pelo cenário, o que mantém o ritmo acelerado. Cada arma possui características distintas: algumas são ideais para quebrar defesas inimigas, mas menos eficazes em ataques diretos, enquanto outras contam com munição infinita, limitada apenas pelo superaquecimento.

Reprodução: Paulo Vitor

Além do arsenal de fogo, ASKA pode desferir socos simples ou carregados, potencializados por núcleos coletados dos inimigos. Esses núcleos funcionam de duas formas: podem ser lançados como explosivos contra adversários ou usados para recuperar parte da vida, habilitando um golpe mais poderoso. Após coletados, os núcleos levam cerca de 30 segundos para recarregar, tempo que pode ser reduzido ao eliminar mais oponentes.

ASKA também se destaca pela mobilidade. Ela realiza esquivas no ar ou no chão, consumindo uma pequena quantidade de “gasolina”, um medidor de energia que se regenera rapidamente. A personagem ainda pode correr temporariamente pelas paredes, remetendo à agilidade de Faith, de Mirror’s Edge, e usar uma corda para alcançar plataformas ou acessar tirolesas, que, em sua maioria, servem para progredir nas fases, sendo pouco exploradas em estratégias de combate.

Reprodução: Paulo Vitor

Outra habilidade interessante é a transformação em esfera, semelhante à mecânica de Samus em Metroid Prime. Nesse modo, ASKA dispara raios e mísseis teleguiados, ambos com uso ilimitado, mas sujeitos a um tempo de recarga ao pausar os ataques.

Alguns pequenos problemas

Apesar das qualidades, Metal Eden apresenta falhas que comprometem a jogabilidade. Um dos principais problemas é o desempenho. Durante confrontos intensos, o jogo sofre com quedas bruscas de FPS no modo desempenho, dando a sensação de travamento e lentidão, o que atrapalha manobras como esquivas.

Outro inconveniente ocorreu em um momento específico da campanha. Ao ser empurrado para um elevador durante um combate, avancei para uma nova horda de inimigos, mas, ao morrer, retornei à cena anterior. O elevador, porém, não funcionava mais, impedindo meu progresso. A solução foi reiniciar a fase, e o problema não se repetiu ao chegar novamente ao trecho.

Vale a pena?

Metal Eden é uma escolha acertada para quem busca uma experiência que acelere o coração, com combates que liberam adrenalina e lembram a intensidade de Doom. Para jogadores que desejam uma aventura curta, mas desafiadora, o título cumpre bem seu papel, oferecendo ação ininterrupta e mecânicas variadas.

Se você está em busca de algo que mantenha o ritmo frenético de um FPS moderno, Metal Eden pode ser a pedida certa.

Agradecimento a PLAION por nos fornecer uma cópia para review.

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