Persona 5: The Phantom X é um spin‑off da serie Persona com a narrativa se passando na Tóquio contemporânea, em um universo paralelo ao de Persona 5. Você assume o papel de Wonder, um estudante do segundo ano na Kokatsu Academy, que após acordar de um pesadelo descobre que o mundo perdeu a esperança por meio da perda de desejos. Então, ao lado do sábio corujal Lufel, ele reúne novos Phantom Thieves para recuperar desejos roubados e enfrentar a ameaça desconhecida neste Metaverso distorcido.
O objetivo principal do protagonista é restaurar o desejo das pessoas, conquistar mudanças em Palaces e Mementos e proteger a realidade contra a ruína. O jogo foi desenvolvido pela Black Wings Game Studio, subsidiária da Perfect World Games, sob supervisão da Atlus P‑Studio e da Sega.
O combate em Persona continua sendo fiel ao estilo clássico de turnos que a gente ama, mas com algumas mudanças bem interessantes. Por exemplo, o sistema “One More” agora é mais específico e não deixa você escolher habilidades livremente como antes. Além disso, o medidor de fraqueza ficou mais desafiador, exigindo vários hits para derrubar os inimigos.
É como se o jogo estivesse pedindo por uma estratégia mais elaborada, inspirada em jogos como Persona 5 Strikers. E tem o modo Highlight, que é como o antigo Showtime, mas agora só é ativado quando todos os inimigos estão atordoados. Quando isso acontece, você pode liberar um ataque poderoso com um personagem, e o atributo do ataque é definido por uma roleta chamada “Highlight wheel”. É bem maneiro!

Assim como nos jogos anterores o Mementos (labirinto das sobras) se expandem e permitem desbloquear novas áreas usando partes do mapa coletadas com o ônibus Luffy. E, claro, tem as questões diárias e a exploração dos Palaces no metaverso, que são sempre uma aventura.
Mas o que realmente torna o jogo especial é o sistema social. Você pode participar de atividades escolares, entrar em clubes, trabalhar meio-período, pescar e fazer outras coisas que você faria na vida real. É uma ótima maneira de equilibrar a vida noturna de “ladrão” com o desenvolvimento de habilidades e relações. É como se você estivesse vivendo duas vidas ao mesmo tempo.
A experiência F2P é algo a se falar
Mas, infelizmente, o fato de ser um jogo free-to-play (F2P) com gacha acaba sendo um ponto negativo. Quer dizer, mesmo não precisando pagar para jogar, a versão global tem mecanismos de monetização super agressivos que acabam te incentivando a gastar dinheiro o tempo todo. E isso é frustrante, porque muitos jogadores estão reclamando que a versão global é bem diferente das regionais e que é muito difícil progredir sem gastar uma grana. É como se o jogo estivesse mais focado em tirar dinheiro dos jogadores do que em proporcionar uma experiência divertida.

Mas, pra ser sincero, o layout de menus é um pouco caótico no início. É difícil saber onde encontrar coisas como Guilds, Velvet Trials ou contratos especiais. Isso pode ser bem confuso para novos jogadores, que podem se sentir sobrecarregados com tantos sistemas diferentes e sem uma orientação clara.
No entanto, os personagens são realmente bem desenvolvidos, especialmente Motoha Arai, que traz uma força emocional sustentavél para o início da trama. Ela e outros personagens novos chegam a rivalizar com o elenco original em termos de qualidade de escrita. É como se o jogo tivesse encontrado um equilíbrio perfeito entre complexidade e profundidade.
Prós e Contras
Prós
- Combate estratégico e fiel à série, com sistema Highlight e fraqueza refinada.
- Exploração envolvente, mesclando vida escolar, minijogos e Palaces dinâmicos.
- Personagens novos bem apresentados, com escrita que honra o legado de Persona (ex: Motoha Arai e Wonder).
- Trilha sonora cativante, tema “Ambitions and Visions” de Ryota Kozuka e músicas criadas pela Black Wings Audio Station em estilo punk‑rock e J‑pop.
- Atualizações constantes para internacional, com versão 1.1 liberando novo conteúdo e acelerando atualizações para níveis da versão asiática.
Contras
- Sistema gacha predominante, que pode prejudicar progressão gratuita e frustrar jogadores F2P.
- Interface complexa no início, exigindo tempo para descobrir modos de jogo e navegação entre menus.
- Ausência de calendário narrativo rígido, o que pode reduzir urgência e imersão comparado ao original Persona 5.
- Progressão de história condicionada por nível, o que pode desligar quem deseja avançar mais livremente.
- Falta de diálogos localizados, e frustrante ter que gastar horas lendo os diálogos em outras linguas que não são brasileiras, isso torna o jogo extremamente cansativo e penoso.
Conclusão
Em resumo, Persona 5: The Phantom X é uma versão moderna e mobile da fórmula que fez o Persona 5 ser tão incrível, o jogo tem seus altos e baixos. Por um lado, o sistema de gacha e a interface complexa podem ser um pouco chatos para alguns jogadores. Mas, por outro lado, o jogo tem um combate super refinado, personagens interessantes, um ambiente que te envolve e uma trilha sonora que fica na cabeça. Se você é um fã de Persona e não se importa com o modelo F2P e nem com a falta de diálogos localizados, esse spin-off é uma ótima opção. Ele oferece muitas horas de conteúdo com uma atmosfera familiar e elementos novos que vão te manter engajado no game.
Persona 5: The Phantom X está disponivel iOS , Android e Pc.
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