Já fazia um bom tempo que eu não jogava no meu PlayStation VR2. Muitos dos títulos que saíam simplesmente não despertavam meu interesse, até que Reach, novo jogo da nDreams, chamou minha atenção. Um foco em ação e aventura, com uma campanha completa, foi o suficiente para me deixar curioso e finalmente dar uma chance ao jogo.

A história começa com a protagonista, Rosa, já em plena ação. Ela é uma dublê em meio a um trabalho quando um terremoto a leva para as profundezas da Terra. Lá, ela encontra Atlas, uma entidade adormecida que se torna sua aliada durante toda a jornada.
Altas referencias
Reach traz um verdadeiro festival de inspirações vindas do cinema e dos games. O estilo de exploradora, as escaladas que Rosa realiza e o uso do arco e flecha remetem diretamente à Lara Croft, de Tomb Raider.
Já o escudo, que serve tanto para defesa quanto para resolver quebra-cabeças, alcançar locais distantes e atacar inimigos, é uma clara referência ao Capitão América. Há também momentos de parkour que lembram bastante a franquia Mirror’s Edge.
Imersão para os entusiastas de VR
Os cenários, de modo geral, são muito bem construídos e trazem áreas amplamente escaláveis, que é o elemento central do gameplay. A escalada é um dos pontos mais satisfatórios, passando uma sensação leve de imersão e lembrando aquele desejo de infância de escalar paredes como um aventureiro de verdade.

No combate, Reach apresenta ideias bem interessantes para a realidade virtual. O arco e flecha é a primeira arma disponível: basta apertar o botão R1 com as mãos posicionadas nas costas, puxar para frente e disparar com a outra mão. Além disso, é possível controlar tanto a trajetória quanto a força do disparo, dando uma opção maior de estratégias, embora também gere certo desespero quando se erra o cálculo com inimigos bem próximos.
O escudo, por sua vez, é usado para defesa e também como arma arremessável, podendo ricochetear em superfícies e surpreender adversários. Ele ainda pode servir como uma plataforma temporária, útil para alcançar locais mais altos, o que deixa as seções de exploração mais dinâmicas.

Conforme a campanha avança, Atlas nos concede melhorias e novos equipamentos, o que mantém o ritmo do jogo sempre recompensador. Esses upgrades tornam a jogabilidade cada vez mais divertida, como a habilidade de lançar uma corda e se balançar em pontos específicos, evocando um pouco do estilo do Homem-Aranha, ou aprimoramentos no escudo, que pode ser energizado para abrir novas passagens.
Problemas técnicos que atrapalham a experiência
Entretanto, Reach sofre com alguns problemas técnicos que acabam atrapalhando a experiência. Em diversos momentos, o jogo apresenta texturas em baixa resolução e carregamento dos cenários muito abaixo do normal, deixando o jogo um pouco feio. O sistema de detecção de movimento também falha às vezes, fazendo com que Rosa fique presa dentro de paredes, e, por consequência, morra para conseguir se libertar.
O maior defeito aconteceu na batalha final, quando precisei me pendurar com um gancho para alcançar outro pilar. O ponto de ancoragem simplesmente não aparecia, o que me obrigou a improvisar para prosseguir, já que o jogo ainda não possui seleção de capítulos.
Conclusão
Apesar desses deslizes, Reach é um dos títulos mais empolgantes disponíveis para o PlayStation VR2. Foi uma das experiências mais positivas que tive no acessório e me deixou curioso para conhecer outros trabalhos da nDreams, como Synapse.
Mesmo com falhas técnicas, os desenvolvedores já estão cientes dos problemas e prometem atualizações para corrigi-los o quanto antes. Com sorte, você talvez não enfrente os mesmos contratempos que eu tive no lançamento, e consiga aproveitar essa ótima aventura da melhor forma.
Agradecimento a nDreams por nos enviar uma cópia para a realização do review.
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