Lançado em 20 de novembro de 2024 para PC e Xbox Series, S.T.A.L.K.E.R 2: Heart of Chornobyl foi finalmente lançado no PlayStation 5 em 20 de novembro de 2025, com uma série de usos únicos de algumas particularidades da plataforma, mas ainda se mantendo como o mesmo jogo.
Desenvolvido pela GSC Game World e distribuído pela mesma, S.T.A.L.K.E.R 2 teve um lançamento um tanto morno no seu começo de vida, foi um jogo bem recebido, em geral, mas foi alvo de várias críticas, e muitas delas foram por conta de seu lançamento um tanto “apressado” onde o jogo aparentava ter vários problemas de otimização e problemas com bugs, o que é até um pouco irônico, visto a situação que o S.T.A.L.K.E.R original foi lançado. O 2 não tem tantos problemas quanto o 1, mas ainda assim veio com algumas.
Agora, com o lançamento no PlayStation, os usuários da plataforma tiveram um pouco da “sorte” de pegarem uma versão do jogo que já está com diversos problemas corrigidos, claro que nem tudo é um mar de rosas, mas o jogo não está com um terço dos problemas que ele tinha antes, o que complementa em uma versão mais agradável ao público do console, e pode até gerar algumas dúvidas do tipo “porque reclamavam tanto desse jogo?”.
Primor técnico, mas que ainda pesa bastante

S.T.A.L.K.E.R 2 apresenta um nível técnico muito acima da média em vários quesitos, sejam eles gráficos ou na parte de animações e comportamentos do mundo ao redor da Zona.
O jogo tem animações com detalhes impressionantes para um que foi feito no meio de uma porrada de empecilhos, isso mostra que mesmo com dificuldades extremas (o pessoal da GSC fez o jogo no meio da guerra da ucrânia para vocês terem uma ideia) eles conseguiram entregar um trabalho MUITO acima da média.

O peso das armas é impressionante, a física delas, os efeitos sonoros são muito imersivos, todo o esquema de sobrevivência do jogo são excelentes e todas as animações, sejam elas de cura quando vamos passar uma faixa para estancar o sangramento, ou de comer uma lata de sardinha, todas elas têm um carinho incrível nos detalhes, claro que após algum tempo, essas animações podem ficar mais “chatinhas”.
No entanto, S.T.A.L.K.E.R é um FPS diferente dos que estamos acostumados a ver, esse é um jogo mais lento que requer mais a atenção dos jogadores, e não um festejo de balas, então ter animações mais longas e demoradas para situações extremas também te coloca num ótimo nível de imersão nesse mundo, você precisa pensar nas suas ações com cautela.
Claro que nem tudo é perfeito, algumas animações, principalmente dos NPCs são bastante truncadas, mas o jogo se comporta muito bem e se mantém na sua consistência.
Outro ponto muito bacana é que se você é fã dos jogos originais, vai se sentir em casa aqui, o jogo refaz na nova engine, vários locais do primeiro jogo, que dá uma sensação nostálgica ótima, e te faz perceber o quanto a tecnologia mudou dos tempos para cá, S.T.A.L.K.E.R original não é um jogo que envelheceu mal visualmente, o jogo é impressionante até hoje, mas tem um salto tecnológico bem grande de um título do começo dos anos 2000 para um que saiu agora, e é sensacional ter essa visão nova dos locais do jogo.

No mais, o jogo se encontra bem otimizado, em geral, Heart of Chornobyl proporciona uma experiência sólida no PlayStation, mas ainda é um jogo que merecia uma otimização maior no tamanho do armazenamento que ocupa, que são singelos 150 Gigas de armazenamento, é um jogo feito na Unreal Engine 5 e jogos da engine costumam a ser mal otimizados em armazenamento, então preparem os SSDs para armazenarem esse monstro na Zona.
Features extras no PlayStation 5

O jogo explora bastante algumas particularidades do PlayStation, mais especificamente no uso do Dual Sense, e já vimos isso com a Enhanced Edition dos primeiros Stalkers, e aqui, o 2 não fica para trás nesse uso.
Chamadas de rádio saem pelo alto-falante do Dual Sense, a vibração dinâmica emula bem a sensação de física dos lugares, dos tiros e peso das armas, etc. O excelente uso do gatilho adaptável para o jogador sentir o peso de levantar a arma na hora de mirar com mais precisão, e o peso do gatilho na hora de apertar são elementos incríveis que aumentam a imersão em um jogo que preza bastante por sua atmosfera envolvente, e por querer que os jogadores sintam as situações na pele.
O controle também faz o som do alarme quando estamos próximos a anomalias, quando estamos procurando também por relíquias, e por aí vai. É um uso muito bem-feito das funções do controle, e que eu não me canso de pagar pau, não é do agrado de todo mundo claro, mas para um jogo como S.T.A.L.K.E.R, isso é uma adição e tanto.

O jogo sofre com algumas escolhas no controle, entretanto. Os atalhos para utilizar os itens são um pouco confusos, o menu radial também tem sua parcela de problemas, mas são problemas que o jogador se adapta rápido quando está jogando, e muito desses problemas são por conta de como os outros jogos em primeira pessoa funcionam, S.T.A.L.K.E.R é um tanto diferente do restante, aqui temos um inventário onde temos uma mochila, e dentro desse inventário precisamos equipar as armas para podermos trocá-las rápido apertando o triangulo, mas ainda assim, precisamos utilizar o menu radial com o L1 para podermos usar outras funções.

Como meu cérebro estava muito calibrado com a troca de armas no D-PAD, eu acabo usando itens de cura sem querer achando que eu iria trocar para a próxima arma, mas com o tempo eu me acostumei e esses erros bobos pararam de ocorrer.
No mais, a experiência de gameplay no PlayStation está ótima, e não tive grandes problemas em relação a combates e exploração, o jogo está bem polido nessas áreas.
Considerações finais

S.T.A.L.K.E.R 2: Heart of Chornobyl é um jogo extremamente bom, que teve um lançamento bastante conturbado, mas que ainda apresentava uma modernização bem-vinda a série, mas sem deixar de lado muito do que fez S.T.A.L.K.E.R ser um jogo querido por muitos.
Fizemos uma análise do seu estado original, e você pode ler ela clicando aqui.
No PlayStation, os usuários da plataforma tiveram a sorte de ter um título já com as diversas correções realizadas posteriores a seu lançamento, e ainda com a sua parcela de problemas e pequenos bugs, o jogo em geral está em um estado bem mais “final”, proporcionando assim uma experiência mais digna e bastante imersiva no console, e se você é fã de jogos de sobrevivência, tiros em primeira pessoa, ou é fã de franquia mesmo, essa provavelmente é a melhor hora para se aventurar novamente na Zona de Exclusão que Heart of Chornobyl nos apresenta.
Vale ressaltar também que o jogo possui legendas em PT-BR, para facilitar o entendimento dos jogadores Brasileiros nesse complexo mundo. S.T.A.L.K.E.R 2: Heart of Chornobyl está disponível para as plataformas PC, Xbox Series e PlayStation 5.
Um agradecimento a GSC Game World por proporcionarem o jogo para análise.
Leia outras reviews:













Deixe uma resposta