Lançado em março de 2025, desenvolvido pela SpaceLab Games e publicado por Dolores Entertainment, Shadow Of The Orient é um jogo de plataforma 2D com estética da mitologia oriental. Shadow Of The Orient está disponível na Steam, PlayStation 4|5, Xbox One | Series X/S, e Nintendo Switch.
O game inicia quando o exército samurai do clã das sombras retorna após 200 anos. Os guerreiros atacam vilas por todo o oriente. Fica para o bravo guerreiro Xiaolang, herói com o poder do fogo, a tarefa de lutar contra esse exército e garantir que as terras orientais tenham paz novamente. Ele parte em uma jornada rumo ao desconhecido, enfrentando diversas provações para cumprir a sua missão.
Quando crianças são sequestradas por um exército malvado e o nosso protagonista, Xiaolang, é único que pode resgatá-las. É exatamente isso que ele faz: parte em uma jornada rumo ao desconhecido, lutando contra samurais e criaturas das trevas.
O maior pecado
Assim como outros jogos de plataforma, o game não se preocupa em criar uma grande história ou um início promissor, a ideia aqui (mesmo que não muito bem executada) era tirar um foco da narrativa e transferir para a gameplay. E isso fica claro quando as simples animações acabam e logo pegamos o controle do personagem. Infelizmente a ideia não foi a mesma coisa da prática: O que nos espera nesse primeiro nível e no restante das fases são plataformas simples de um game design mediano e uma uma mecânica água com açúcar. Esse é o maior pecado de Shadow Of The Orient.
Atualmente os grandes do mercado são games em 3D e mundos vivos, os grandes de plataforma só performaram bem porque o seu game design é excepcional. Se pegarmos games como “Celeste“, vencedor do jogo do ano de 2018 na categoria “indie“, percebemos o tempo gasto fazendo e refazendo aquele mundo. Tudo bem que Shadow Of The Orient não é Celeste, a sua ideia é seguir um classicismo mais tradicional, mas já vimos muitos jogos dessa mesma fórmula e parece que o game não tem nenhum ponto de destaque além da nostalgia pelas plataformas 2D.
Em resumo, o game se trata de usar os controles para pular entre as plataformas e atacar. Coisa que se estende por toda a gameplay, já que para passar de fase é necessário apenas que atravesse o mapa e derrote os inimigos que estiverem te atrapalhando. Para não dizer que é apenas isso, podemos brincar de coletar colecionáveis e ir atrás de crianças para resgatar durante os níveis. É perceptível que o nível de dificuldade aumenta quando estamos em rotas em busca de colecionáveis, mas particularmente não vale a pena se estressar tanto em busca de um item que você vai perder assim que morrer.
Dava para elaborar mais? Sim. Principalmente nas batalhas. Começamos com um personagem que ataca usando as mãos e, quando coletados, consegue usar espadas, armas de longo alcance e power ups limitados. Uma maior rotatividade de armas e tornado mais frequente o encontro com elas, facilitaria a busca por inovação na gameplay, mas não mudaria muita coisa nas batalhas já que os inimigos possuem padrões fáceis e previsíveis.
O charme
Creio que o que mais chama a atenção em Shadow Of The Orient é a sua pixelart bem feita e cheia de personalidade. A animação dos personagens parados e em movimento é extremamente charmosa e confortável. É mais um game que exala carinho em cada pixel que brota na tela. Não só em personagens, como também no ambiente: o game é dividido em três áreas temáticas que possuem cenários muito bem construídos (esteticamente falando). O game se mantém de pé mesmo com tantos erros e o que segura é justamente suas escolhas de design.
Vale ou não a pena?
“Nada é suficiente para quem o suficiente é pouco”, disse Epicuro sobre a simplicidade. Uma frase que cai como uma luva em Shadow Of The Orient. Para quem está acostumado com grandes games e mundos gigantescos, esse não é o seu jogo. Aos que já curtem um jogo de plataforma, a experiência de Shadow Of The Orient vai valer a pena: Embora as escolhas de construção de gameplay possam cansar, a nostalgia e o charme da pixelart podem te segurar a gameplay inteira.
Shadow Of The Orient está disponível na Steam, PlayStation 4|5, Xbox One | Series X/S, e Nintendo Switch.
Leia outras de nossas reviews:
- Review | Star Wars Episode I: Jedi Power Battles é mais um clássico desperdiçado
- Review | Monster Energy Supercross 25 – The Official Videogame: entre quedas e glórias
- Review | South of Midnight: Uma jornada pelo folclore Cajun
- Review | The Last Of Us Part II Remastered (PC): A espera valeu a pena
- Review | Lords of the Fallen: combate e diversão em dois mundos