Entre altos e baixos desde seu primeiro título, a franquia Simon the Sorcerer retornou com um prelúdio, mostrando um pouco mais do nosso protagonista antes do mundo mágico ser sequer o que conhecemos no primeiro jogo lançado em 1993.
Nomeado de Simon the Sorcerer Orgins, o jogo leva os jogadores a explorar a vida inicial de Simon na magia, contra sua própria vontade, claro. Além disso, o mais novo título busca reviver os tempos áureos dos jogos anteriores, principalmente dos dois primeiros, considerados por muitos como os melhores da franquia.
Confesso que meu primeiro contato com Simon the Sorcerer Origins foi na BGS em 2023. Lá tive a oportunidade de testar uma demo do jogo, que me deixou curioso e muito interessado pela versão final. Finalmente, depois de dois longos anos, o jogo oficial está entre nós e eu não podia deixar de sanar minha curiosidade quanto a narrativa de Simon.
O começo antes de tudo…
Como falei lá em cima, Origins busca explorar mais pontos da narrativa original que não foram explorados. Por exemplo, como Simon entrou no mundo da magia e acabou por ser um herói improvável. Ou até mesmo a origem dos bruxos que fazem parte do antagonismo do jogo.
A trama gira em torno de Simon estar descobrindo sobre magia, e como a odeia, enquanto tenta salvar a invasão do mundo mágico para o real. Outro ponto chave aqui é a apresentação de personagens como Calypso, Sordid e Chippy, e como eles começam fazer parte da vida de Simon.
Além disso, outro ponto explorado é o humor sarcástico de Simon, mostrando como ele passou a ser um herói que não quer ser herói. Assim como, sua personalidade irônica em ter que ficar salvando os magos de seus erros.
Resgate ao clássico
Diferente do terceiro jogo, que tentaram fazer uma aposta 3D, mas semelhante aos dois primeiros que são point’n click, Simon the Sorcerer Origins traz de volta não só a jogabilidade bem próxima dos títulos, como seu humor mais ácido.
Constantemente Simon está quebrando a quarta parede, assim como Deadpool em seus filmes. O personagem ironiza desenvolvedores, escolhas da narrativa e até o próprio jogador por estar no controle. São momentos que provavelmente vão te tirar boas risadas.
Assim como maioria dos point’n click, o jogo traz diversos puzzles e elementos de exploração para progredir na história. Em alguns momentos você vai se ver quebrando a cabeça, mas em outros segue as dicas do próprio Simon ou das notas encontradas, que vão ajudar no gameplay.
E pensando na nostalgia dos fãs de longa data de Simon, é possível aplicar alguns filtros nas configurações, como efeito de monitor antigo, ou até mesmo VHS. Na jogabilidade também não fica para trás, com opção de controle moderno onde movemos livremente ou clássico, tendo que clicar para se movimentar.
Graficamente Simon the Sorcerer Origins parece uma animação bem atual, com visuais coloridos e ricos em detalhes. Porém, minha crítica fica para a transição entre as cinemáticas e jogo, ocorrendo alguns cortes com tela preta que parecem uma edição feita às pressas.
Felizmente o jogo está com textos em português e conta com uma dublagem original muito boa por sinal, com vozes que combinam muito bem com os personagens. Por outro lado, não conta com tantas opções de acessibilidade, principalmente por envolver muitos diálogos constantemente.
Simon the Sorcerer Origins vale a pena, mas…
Apesar de ter gostado muito da minha jornada no controle de Simon, explorando e apreciando mais sobre a origem do personagem e como ele foi parar ali no mundo mágico, infelizmente foi muito curta.
Já me aventurei em variados point’n clicks, e Simon the Sorcerer Origins facilmente fica entre os mais curtos, com uma duração de cerca de três horas, mesmo em uma primeira jogada resolvendo puzzles. E isso reflete no valor que se encontra o jogo na PSN, plataforma que joguei, custando R$ 142,50. Por isso, recomendo uma boa promoção ou pintar em serviços como PS Plus.
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