Thalassa Edge of the Abyss

Review | Thalassa Edge of the Abyss se perde no seu próprio mistério

No primeiro momento em que ouvi falar de Thalassa: Edge of the Abyss, confesso que, inocentemente, pensei que fosse um jogo de terror, que abordaria principalmente o medo das profundezas do oceano, conhecido como talassofobia. Isso se deve ao que o trailer vendeu aos jogadores, porém, infelizmente, me decepcionei.

Afinal, do que se trata o jogo?

Em Thalassa: Edge of the Abyss, assumimos o papel de Cam, integrante de uma equipe que se aventura pelos mares a bordo do navio Thalassa, em busca de embarcações naufragadas e dos mistérios que as acompanham no fundo do oceano. Uma premissa que me lembrou o filme “Mergulho Radical” (2005), com o já falecido Paul Walker no elenco.

Situado em 1905, o que era para ser mais uma aventura tranquila se transforma em um dia para esquecer quando a equipe, ao se preparar para içar um galeão espanhol naufragado há muito tempo, enfrenta um trágico evento. Isso afasta Cam da equipe para se recuperar, e o que ele não esperava era que o Thalassa se tornaria uma das embarcações que naufragaram misteriosamente.

A partir dessa premissa, mergulhamos no fundo do oceano para investigar o mistério por trás do que levou ao fim do Thalassa e de sua tripulação, em meio a muita investigação e dúvidas.

Thalassa Edge of the Abyss
Imagem / Divulgação

Como funciona a jogabilidade?

Thalassa: Edge of the Abyss possui uma jogabilidade em primeira pessoa, baseada no conceito dos famosos “walking simulators”. Basicamente, caminhamos pelos cenários, que são lineares e fechados, explorando locais e interagindo com itens.

No quesito exploração, a liberdade é limitada; só podemos interagir com itens pré-definidos e destacados no cenário. Além disso, temos uma espécie de guia no rádio, que conversa com Cam e dá instruções durante o jogo todo. Esse guia é um ex-membro da tripulação do Thalassa.

Conforme exploramos os cenários e interagimos com os itens, eles vão compondo um “quadro de pistas” no menu de interação. A partir daí, precisamos combinar as pistas para avançar ao próximo objetivo. Essa mecânica lembra os jogos de Sherlock Holmes.

Thalassa Edge of the Abyss
Imagem / Divulgação

Pontos negativos podem ser decisivos!

Um dos pontos que me incomodou foi o fato de nosso personagem não falar durante os diálogos, sendo praticamente mudo. Isso é algo que, particularmente, tira muito a imersão do jogo e das cinemáticas.

Infelizmente, Thalassa: Edge of the Abyss não conta com legendas em português, tornando a experiência desafiadora para quem não domina outros idiomas, uma vez que há diversos textos e diálogos durante a gameplay. Vale lembrar que a campanha dura cerca de 5 a 6 horas para ser concluída.

Quanto ao desempenho, o título é extremamente leve, com gráficos cartunescos, o que não exige muito do processador ou da placa de vídeo. Na minha configuração (I7 12700, RTX 3070 e 32 GB de RAM), rodou tranquilamente, com pequenas ressalvas em relação a engasgos na transição de cenários. Isso provavelmente será corrigido em patches futuros.

Thalassa Edge of the Abyss
Imagem / Divulgação

Thalassa: Edge of the Abyss vale a pena?

Infelizmente, Thalassa: Edge of the Abyss foi uma decepção para mim. Talvez eu tenha criado expectativas demais em relação à ambientação no oceano, que foi mal aproveitada, ou talvez jogos do tipo walking simulator simplesmente não sejam para mim.

Entretanto, nem mesmo a narrativa é interessante o suficiente para prender a atenção. Além disso, as mecânicas de investigação e combinação de pistas quebram muito o ritmo, tornando o jogo até maçante nos momentos finais, apesar de sua curta duração.

Obs: Análise realizada no PC com código cedido pela Team17

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Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gennerdouglas