Review | That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI Chronicles — Simples e divertido

That Time I Got Reincarnated as a Slime se insere na vasta gama de animes com a temática isekai em um universo de fantasia. No entanto, o anime tem se destacado recentemente pela singularidade de seus personagens, narrativa e, principalmente, pelo seu protagonista, um slime.

“That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI Chronicles” é uma adaptação da primeira temporada do anime — atualmente na terceira temporada — em que o jogador assume o controle do protagonista Rimuru e seus aliados em um jogo de estilo side-scrolling, incorporando elementos de RPG e construção.

Simplicidade em Todos os Aspectos

A adaptação para jogos de animes é uma prática comum, com variações na qualidade. ISEKAI Chronicles optou por uma abordagem simplificada em todos os aspectos, incluindo animações, gráficos e gameplay.

As cutscenes, animações de ataques e diálogos são predominantemente reaproveitados de cenas do anime. Para novos jogadores, essa escolha pode ajudar na compreensão da narrativa, mas os fãs do anime perceberão a repetição e a inferioridade na qualidade visual comparada ao original.

Jogabilidade: Clássica e Repetitiva

O jogo se desenvolve majoritariamente no estilo side-scrolling, semelhante aos antigos jogos beat’em up, onde o personagem avança horizontalmente através de corredores, enfrentando inimigos para alcançar o final e enfrentar o chefe da fase.

Embora a fórmula seja divertida, a falta de variedade torna a experiência repetitiva, especialmente em um jogo mais longo. No entanto, a inclusão de personagens ativos na equipe pode mitigar um pouco a monotonia.

Imagem capturada por Vinícius Mesquita

Além dos mapas de side-scrolling, o jogo permite a gestão da vila do personagem, interagindo com os moradores para aceitar missões e construir estruturas que aprimoram os atributos dos personagens jogáveis. A coleta de recursos para tais melhorias ocorre durante a exploração dos mapas.

O sistema de party também é personalizável, com a possibilidade de selecionar três personagens para ataque e dois para suporte, cada um com atributos, ataques e habilidades especiais que fazem referência ao anime. A árvore de habilidades adiciona um elemento de RPG à mecânica do jogo.

Imagem capturada por Vinícius Mesquita

Gráficos e Desempenho

A simplicidade gráfica é uma constante no jogo. As texturas de ambiente combinam modelos básicos com fundos pintados, enquanto os personagens são representados em um estilo chibi, com cabeças grandes e uma aparência “fofa”. Embora essa abordagem possa parecer desleixada, ela contribui para um desempenho técnico estável. O jogo roda suavemente em todas as plataformas, e a versão para PC testada não exigiu ajustes gráficos para manter altas taxas de quadros.

Trilha Sonora e Tradução

A trilha sonora do jogo é composta majoritariamente por músicas reutilizadas do anime, acompanhada de efeitos sonoros genéricos. A localização do jogo é uma decepção, especialmente considerando o porte da Bandai. Durante o período de testes, o jogo não ofereceu tradução para o português brasileiro. As vozes em japonês, quando presentes, são de boa qualidade e também provenientes do anime.

Conclusão

“That Time I Got Reincarnated as a Slime: ISEKAI Chronicles” pode servir como um passatempo agradável em meio aos títulos AAA atuais, que frequentemente apresentam mapas extensos e interações monótonas. Apesar da simplicidade excessiva e da falta de inovação, o jogo pode ser satisfatório para os fãs do anime e até para aqueles que não estão familiarizados com a franquia. No entanto, com um preço em torno de R$ 250,00, é recomendável aguardar uma promoção para obter melhor valor pelo investimento.

Leia também: