review Tormented Souls 2

Review | Tormented Souls 2 é um retorno sólido aos clássicos do terror

Sou fã de “Resident Evil” desde os clássicos do PlayStation e sempre gostei de survival horror, com aquela mistura de tensão, puzzles e exploração que só o gênero oferece. Portanto, quando recebi a missão de produzir a review de Tormented Souls 2, fiquei animado para ver se a sequência da Dual Effect conseguiria entregar uma experiência à altura.

Porém, será que vale o investimento? Será que agrada aos fãs de Resident Evil e Silent Hill da Konami? Ou apresenta problemas que podem frustrar o jogador? Vamos descobrir.

Esta review de Tormented Souls 2 foi realizada na versão de PlayStation 5 base com um código cedido pela PQUBE Games.

Começo sombrio seguido de um mistério constante

A história começa com Caroline levando sua irmã Anna até o convento de Villa Hess, em busca de ajuda para os pesadelos e visões da garota. O que parecia um refúgio logo se transforma em um pesadelo: Anna desaparece, e Caroline acorda em um local estranho, cheia de agulhas cravadas pelo corpo.

A narrativa segue um mistério sólido e consistente, sem reviravoltas mirabolantes, mas com curiosidade constante sobre o que está acontecendo naquele convento. Não é inesquecível, mas cumpre seu papel e mantém o jogador engajado do início ao fim.

A ambientação fala por si

O visual de Tormented Souls 2 evoluiu bastante em relação ao primeiro jogo. Assim, os modelos de personagens estão mais detalhados, e a iluminação ajuda a criar a atmosfera.

O convento é claustrofóbico, reforçando a sensação de isolamento, enquanto os ângulos de câmera fixa lembram os clássicos Resident Evil. Em alguns corredores, a câmera acompanha Caroline, ampliando a sensação de escala e adicionando um toque moderno ao estilo antigo.

A ambientação é o ponto forte do jogo. Cada sala, corredor e sombra funciona bem para criar tensão sem precisar de exageros visuais.

Ouça atentamente

Os efeitos sonoros merecem destaque: portas rangendo, passos, cubos se movendo e gritos distantes contribuem para a tensão. A trilha sonora é simples, com piano e tons sutis, funcionando como suporte à atmosfera, mas sem se destacar memoravelmente.

O jogo está totalmente localizado em português (menus, legendas e descrições), facilitando a experiência para quem não domina outras línguas. O áudio permanece em inglês.

Jogabilidade retrô

O controle segue o estilo “tanque”, reforçando a vulnerabilidade de Caroline. A protagonista não é uma heroína de ação, e isso se reflete nos combates: a mira é travada e o impacto dos tiros pouco satisfatório, mesmo com escopeta ou pistola de pregos. Ainda assim, há variedade de armas, incluindo o martelo para arrombar portas, garantindo exploração e estratégia.

A cura funciona via analgésicos e seringas, e o inventário não é limitado, permitindo que o jogador carregue armas, munição e itens essenciais sem decisões difíceis.

Tormented Souls 2 é difícil?

O jogo oferece três níveis de dificuldade:

  • Guiado: inimigos fracos, munição abundante e puzzles com dicas.
  • Normal: equilíbrio padrão para quem quer desafio moderado.
  • Intenso: desbloqueado após concluir o modo normal, aumenta a dificuldade dos inimigos e limita recursos.

O sistema de salvamento usa fitas de gravação em salas seguras. Ao salvar, Caroline narra seus pensamentos, adicionando um toque narrativo interessante.

Puzzles e exploração

Os enigmas continuam inteligentes, exigindo atenção e observação. Alguns requerem interação com objetos, outros dependem de notas espalhadas pelo cenário. Assim, o equilíbrio é bom: desafiador sem travar o progresso.

Portanto, explorar o convento é recompensador, com passagens secretas e portas trancadas que só podem ser abertas com ferramentas específicas. O mapa ajuda a localizar pontos de interesse e áreas ainda inacessíveis.

A escuridão é um elemento importante do gameplay. Caroline depende do isqueiro para não ser pega de surpresa, tornando a iluminação parte estratégica da exploração.

Conclusão

Finalizo esta review de Tormented Souls 2 declarando que ele não tenta reinventar o gênero e é justamente por isso que funciona. A Dual Effect respeita os elementos clássicos do survival horror e entrega uma experiência fiel:

  • A história é consistente, ainda que não memorável.
  • O visual cumpre bem seu papel, com destaque para a ambientação.
  • O combate é o ponto mais fraco, mas não compromete a experiência.

No fim, é um jogo que agrada fãs de Resident Evil, oferece desafios equilibrados e reforça o charme do survival horror clássico.

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Apaixonado por games, filmes, séries, músicas, HQ's e por cachorros. Jogos desafiadores são meus preferidos. Jogo, assisto, ouço, leio e, às vezes, exerço minha profissão de professor.