Sou apaixonado por jogos Soulslike, principalmente aqueles que desafiam paciência, estratégia e percepção. Para a realização desta review de Wuchang: Fallen Feathers, mergulhei em um mundo que combina tradição do gênero com soluções próprias, criando uma experiência única que testou cada decisão minha e cada movimento que fiz.
Esta review de Wuchang: Fallen Feathers foi realizada em PlayStation 5 base, com um código enviado pela Leenzee Games.

Movimento e exploração
A movimentação é fluida, mas limitada. Não há comando de pulo, o que engessa a exploração em certos locais. Alguns caminhos só podem ser acessados contornando obstáculos ou encontrando rotas alternativas. Em confrontos com chefes, o salto poderia ter sido uma ferramenta extra de ataque ou defesa, mas aqui não existe.
A furtividade também é restrita. Wuchang possui apenas ataques furtivos de locais elevados, sem uma mecânica de agachamento para se mover sem ser visto. Isso significa que, em algumas situações, precisei enfrentar inimigos de frente, mesmo quando a estratégia mais inteligente seria surpreendê-los pelas costas.
Ainda assim, a exploração recompensa atenção e persistência: templos, ruínas, fortalezas nevadas e cavernas profundas escondem atalhos, passagens secretas e tesouros, conectando regiões de forma inteligente e criando mapas labirínticos que desafiam o jogador a memorizar rotas.
Santuários e recursos
No lugar das tradicionais bonfires dos Souls, os santuários funcionam como pontos de descanso. Ao “entrar no sonho”, recupero vida e frascos de HP, mas todos os inimigos renascem.

A viagem rápida, desbloqueada progressivamente, permite saltar entre santuários já descobertos, enquanto glifos conhecidos como Bençãos conferem efeitos especiais às armas quando equipados, oferecendo melhorias estratégicas para cada combate.

Árvores de habilidades e builds
O desenvolvimento de Wuchang é profundo e flexível. No Receptáculo do Ímpeto, converto Mercúrio Vermelho em pontos de atributos, fortalecendo força, destreza, vitalidade ou inteligência. Além disso, cinco estilos de armas — espada longa, espada curta, lâminas duplas, lança e machado — possuem árvores próprias de habilidades ativas e passivas, permitindo adaptar cada arma ao meu estilo de combate.

A aba da Temperagem permite equipar Agulhas Ósseas ou de Pedra, itens obtidos de chefes que liberam habilidades especiais.

Na Disciplina, escolho e organizo habilidades das armas, explorando combos que aumentam o dano. A árvore de Plumagem concentra ataques mágicos e feitiços, oferecendo builds híbridas que combinam corpo a corpo e magia. Assim, a liberdade de teste é completa, e o progresso pode ser reiniciado a qualquer momento para experimentar combinações novas.

Combate e a mecânica da Loucura
O combate exige atenção, ritmo e estratégia. Esquivas bem cronometradas geram Skyborn Might, usado para habilidades especiais ou magias. Contudo, posso alternar rapidamente entre armas, cada uma com sua disciplina e combos próprios, aumentando a profundidade das batalhas.

A mecânica da Loucura introduz risco e recompensa. Matar inimigos humanoides aumenta o medidor de Loucura, enquanto derrotar inimigos emplumados o reduz. Com a barra cheia, o dano infligido aumenta, mas Wuchang também recebe mais dano.
Portanto, morra com a Loucura cheia, e um demônio surge no local da morte, exigindo recuperar os pontos de Mercúrio Vermelho perdidos. Esse sistema cria tensão constante e força decisões estratégicas a cada combate.
Confrontos e desafios

Os inimigos variam em padrão e agressividade, e os chefes exigem estudo e persistência. Cada derrota ensina algo novo, e cada vitória reforça o aprendizado. Portanto, os mapas complexos, inimigos inteligentes e chefes desafiadores fazem com que a progressão seja uma mistura de paciência, exploração e teste de builds.

Os locais são conectados de forma engenhosa, com passagens secretas, atalhos e armadilhas. É um mundo que exige atenção, onde cada escolha tem impacto sobre a sobrevivência e a eficiência em combate.
Pontos positivos e negativos
Prós:
- Combate robusto e satisfatório, com variedade de armas e estilos.
- Árvores de habilidades detalhadas, permitindo builds únicas.
- Sistema de Loucura que adiciona tensão e estratégia.
- Exploração recompensadora, com mapas labirínticos e atalhos inteligentes.
- Chefes e inimigos desafiadores, exigindo aprendizado constante.
- Estilo artístico e ambientação baseados em folclore chinês e paisagens diversas.
Contras:
- Ausência de pulo limita exploração e combate em certos momentos.
- Mecânica de furtividade restrita, impossibilitando ataques estratégicos à distância.
- Pequenas quedas de frame e problemas técnicos em áreas de neve.
Considerações finais
Finalizo esta review de Wuchang: Fallen Feathers enfatizando que ele entrega uma experiência completa de Soulslike. Cada combate, cada exploração e cada build é um convite à experimentação e à atenção.
A combinação de árvores de habilidades, mecânica de Loucura, santuários e diferentes armas cria uma progressão que recompensa paciência e estratégia. Apesar de algumas limitações, é uma aventura que proporciona dezenas de horas de gameplay, com possibilidades de builds variadas e múltiplos finais, garantindo o fator replay do título.
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