Em entrevista ao The Daily Telegraph, a atriz Scarlett Johansson voltou a expressar publicamente seu apoio ao diretor Woody Allen, figura há anos envolvida em acusações de abuso sexual – que ele nega – feitas por sua enteada, Dylan Farrow. A parceria profissional dos dois inclui filmes como “Ponto Final – Match Point”, “Scoop – O grande furo” e o premiado “Vicky Cristina Barcelona”.
Johansson, que em 2019 já havia dito à The Hollywood Reporter “amar Woody” e que trabalharia com ele “a qualquer momento”, expandiu a reflexão. Ela destacou a importância de agir com coerência e integridade, valores que atribui à criação que recebeu. “Minha mãe sempre me encorajou a ser eu mesma e ver que é importante ter integridade e me posicionar pelo que acredito”, afirmou ao jornal britânico.
A estrela de “Viúva Negra” integra um grupo reduzido de artistas que mantêm laços públicos com o cineasta após o movimento #MeToo. Questionada sobre possíveis impactos negativos à sua trajetória, disse ser difícil mensurá-los, mas ponderou sobre a maturidade para escolher seus embates. “Também é importante saber quando não é a sua vez. Não que você deva se calar, mas que às vezes não é o seu tempo”, refletiu.
Aproveitando o gancho, Johansson citou outros momentos em que se sentiu isolada em disputas na indústria, como o processo contra a Disney pela estratégia de lançamento de Viúva Negra e a polêmica com a OpenAI pelo uso de uma voz similar à sua no ChatGPT Voice. Ela lamentou a falta de apoio vocal de colegas em causas que afetam todo o setor. “Seria ótimo ter mais apoio da comunidade e dos meus pares, vocal e publicamente […] Mais vozes sempre ajudam!”, declarou, conforme reproduzido pela Variety.
Vale lembrar que as acusações contra Woody Allen foram arquivadas por autoridades de Nova York no passado, mas elas continuam a dividir opiniões dentro e fora de Hollywood. Johansson é uma das poucas estrelas atuais que apoiam o cineasta.
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