Sly Stone, lendário músico e líder da Sly and the Family Stone, faleceu na segunda-feira (9), aos 82 anos, vítima de complicações de uma doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC). Segundo comunicado da família, ele estava cercado por seus três filhos e amigos próximos no momento de sua morte.
Nascido Sylvester Stewart, o artista foi uma das figuras mais inovadoras da música americana, misturando soul, funk e rock em discos revolucionários como “There’s a Riot Goin’ On” (1971) e clássicos como “Everyday People” e “Dance to the Music”. Sua banda, formada em 1966, quebrava barreiras ao reunir músicos multirraciais e de ambos os sexos, tornando-se um símbolo da contracultura e da luta por igualdade.
Apesar do sucesso nos anos 1960 e 70, Stone enfrentou uma queda vertiginosa devido ao abuso de drogas e problemas pessoais. Após uma fase de reclusão e dificuldades financeiras – chegando a viver em uma van em 2011 –, tentou retomar a carreira sem alcançar o mesmo impacto. Mesmo assim, seu legado segue vivo, influenciando gerações de artistas.
A família adiantou que o músico havia finalizado um roteiro autobiográfico, que será publicado em breve. Em 1993, ele foi introduzido no Hall da Fama do Rock and Roll, consolidando sua importância na história da música.
Sly and the Family Stone marcou época com sua apresentação lendária em Woodstock 1969, e sua obra continua sendo revisitada, como no documentário “Sly Lives!”.
Stone deixa filhos com a ex-esposa Kathy Silva, a trompetista Cynthia Robinson e a musicista Novena Carmel. Sua música, no entanto, permanece como um marco do funk psicodélico e da cultura negra, não apenas americana, mas de todo o globo.
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