A 27ª temporada de South Park estreou com uma sátira envolvendo o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em um clipe divulgado nas redes sociais, o político aparece dançando no gramado da Casa Branca ao lado de Satã, em uma festa onde os dois são retratados como amantes. Assista:
NEW: South Park targets President Trump over the Epstein files in their new episode, puts him in bed with Satan.
— Collin Rugg (@CollinRugg) July 24, 2025
The episode comes as South Park has just reportedly agreed to a 5 year, 50 episode, $1.5 billion deal with Paramount.
“The Epstein list? Are we still talking… pic.twitter.com/sE4zt2ONOu
A cena viralizou e gerou reações acaloradas, especialmente de apoiadores de Trump. Em entrevista à Rolling Stone, a porta-voz da Casa Branca durante o governo Trump, Taylor Rogers, criticou tanto o programa quanto os elogios da esquerda ao episódio: “A hipocrisia da esquerda realmente não tem fim — durante anos eles perseguiram South Park pelo que rotularam como conteúdo ‘ofensivo’ [sic], mas de repente estão elogiando o programa”, declarou.
Rogers também atacou a relevância atual da animação criada por Matt Stone e Trey Parker: “Esta série não é relevante há mais de 20 anos e está presa por um fio com ideias sem inspiração, numa tentativa desesperada de chamar a atenção”, afirmou, destacando ainda que “nenhuma série de quarta categoria pode atrapalhar a boa fase do presidente Trump”.

A estreia da nova temporada ocorre enquanto a série enfrenta incertezas sobre sua distribuição global. Recentemente, South Park foi retirada do catálogo do Paramount+ em diversos países, incluindo Canadá, Austrália, Reino Unido, Irlanda, França, Itália, Japão e toda a América Latina. A situação motivou inúmeras reclamações em fóruns como o SubReddit oficial da série, com fãs criticando tanto a Paramount quanto a Skydance Media, que está em processo de compra da Paramount Global por US$ 8 bilhões.
Embora continue sendo exibida no canal Comedy Central, a série tem seus direitos de streaming fragmentados. Episódios clássicos ainda podem ser encontrados de forma dispersa, como no Pluto TV, Apple TV, Amazon Prime Video e em um site oficial com anúncios, disponível em países como Alemanha e na América Latina.
A Paramount mantém um contrato de licenciamento de US$ 900 milhões válido por mais dois anos, mas negociações para centralizar a exibição da série no Paramount+ estão travadas. Segundo informações da The Hollywood Reporter, as discussões foram afetadas após a produtora Park County, fundada pelos criadores da série, acusar Jeff Shell, executivo ligado à Redbird Capital Partners (investidora da Skydance), de interferir nos termos contratuais.
A produtora afirma que Shell teria pressionado por uma janela de exclusividade de 12 meses para novos episódios no Paramount+ e tentado reduzir o tempo do acordo com a Warner Bros. Discovery, de 10 para 5 anos. A Skydance nega as acusações.
Enquanto isso, South Park retorna (por hora, sem canal de exibição oficial no Brasil) mantendo sua tradição de provocar – e dividir – opiniões.
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