Swapmeat Review
Review | Conecta Geek

Review | Swapmeat mistura caos galáctico, sangue e muita carne

Swapmeat, o roguelite de tiro em terceira pessoa da One More Game, é uma experiência que abraça o caos e o grotesco. O jogo que será lançado ainda este ano, estabelece uma identidade única ao transformar a sobrevivência em uma carnificina cósmica de troca de órgãos e membros alienígenas.

Relação perde-ganha

A premissa é simples e absurda. Durante as missões em planetas hostis, você precisa adicionar ao seu personagem partes do corpo dos alienígenas que derrota. O jogo não se contenta em apenas dar habilidades; ele integra essa mecânica ao sistema de vida do protagonista. Ou seja, a sua vida também depende de quanto você mata. Seu personagem é dividido em três seções: cabeça, tronco e pernas. Cada uma dessas partes possui seu próprio HP e habilidade. Quando uma parte está danificada ou prestes a ser destruída, a solução é arrancar uma nova peça do corpo de um alien recém abatido e se equipar com ela no calor do combate.

Essa troca constante garante não apenas novas habilidades (como rodas no lugar das pernas ou uma cabeça de frango assado que explode), mas também serve como um sistema de escudo em tempo real, obrigando o jogador a ser tão rápido no abate quanto na adaptação.

Swapmeat – Divulgação One More Game

No decorrer do jogo, o jogador vai aprendendo rapidamente o tipo de ‘montagem’ mais eficiente para seu estilo. Seja focando em ataques de longa distância, em estratégias de proximidade e escudo, ou na mobilidade e fuga rápida para evadir confrontos mais pesados e flanqueamentos estratégicos.

O sistema de evolução do game é notavelmente balanceado. Ao passar de nível, o jogador pode escolher habilidades para focar em builds específicas. Até o nível que alcancei, pude experimentar de poderes de gelo, fogo e energia. Essa especialização é a chave para a adaptação: ela direciona a escolha das armas mais compatíveis e das melhores partes de corpo para completar as missões de cada planeta.

Caos galáctico

Em Swapmeat, o objetivo é ser um Ianque. Quero dizer. É invadir planetas da galáxia. A estrutura de missão se desdobra em diversos mundos, cada um com seu próprio bioma e fauna (e, consequentemente, inimigos únicos), o que exige que o jogador se adapte a cada novo desafio.

Em cada planeta, o tempo também é um inimigo. Há um cronômetro para a missão principal. Completar seus objetivos estende o prazo consideravelmente, enquanto as missões secundárias oferecem apenas uma pequena folga no relógio. O clímax de cada planeta envolve uma intensa fase de defesa da base, um confronto contra um boss e a subsequente evacuação – um ciclo frenético que recompensa a velocidade e a coordenação tática.

No entanto, o game exige atenção. Há muita ação e muita informação na tela. O visual é caótico e, em momentos de frenesi, é fácil se perder em meio a tanta coisa acontecendo. Um ponto que também demanda atenção ao hardware para manter o ritmo da jogabilidade sem perdas de FPS.

Swapmeat – Divulgação One More Game

Swapmeat é inegavelmente um jogo divertido, mas o foco deve ser no multiplayer. A experiência de jogar sozinho tende a ficar maçante rapidamente, enquanto o caos da ação é potencializado e mais gerenciável com amigos. O nível de dificuldade é razoável, e o sistema de aumento da dificuldade se mostra justo. O que garante que a punição nunca pareça arbitrária, mas sim consequência da falta de coordenação ou de uma build inadequada.

Se você busca um roguelite de tiro que mistura humor grotesco, estratégias de construção de personagem em tempo real e uma ação que beira o saturamento visual, Swapmeat é uma aposta promissora. É um game onde a loucura da mecânica central é, de fato, a sua maior força.

Swapmeat está disponível para PC via Steam.

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