Mariah Carey em The Emancipation of Mimi
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‘The Emancipation of Mimi’ | 20 anos do álbum que recolocou Mariah Carey no topo do pop

Há 20 anos, no dia 12 de abril de 2025, Mariah Carey lançava “The Emancipation of Mimi”, um dos seus álbuns mais aclamados e seu grande ato nos anos 2000. Após um período de baixa na carreira, a diva voltava para o topo das paradas ao redor do mundo com um disco que redefiniu o r&b e se tornou uma referência obrigatória para os artistas do gênero que viriam em seguida.

Agora, com Mariah se preparando para lançar um novo álbum após 7 anos, é de se esperar que muitos dos seus fãs lembrem do “Emacipation of Mimi” e circulem especulações de que a estrela norte-americana estaria trabalhando em algo no mesmo estilo. Por isso vale a pena relembrar esse grande clássico que é um ponto crucial na carreira da cantora.

Capa de The Emancipation of Mimi
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Queda e emancipação

Mariah Carey entrava nos anos 2000 com o peso de uma década de sucesso absoluto no pop, com uma grande sequência de álbuns aclamados e dezenas de hits nº 1 nas paradas, feito que poucas artistas haviam conseguido. Com isso, a artista vinha com um plano ambicioso para o seu próximo álbum, “Glitter” que funcionaria como a trilha sonora para um filme musical que seria lançado nos cinemas.

Tudo parecia apontar para mais um grande sucesso, se não fosse por um fato que mudaria os rumos não só da carreira da estrela, mas do mundo. O lançamento de “Glitter” estava marcado para o dia 11 de setembro de 2001, o dia do atentado as torres gêmeas do World Trade Center.

Com a fatalidade, o sucesso esperado acabou não acontecendo e sendo completamente ofuscado pela tragédia. O filme foi um fracasso de bilheteria nos cinemas e o disco acabou não emplacando nas paradas. Em sua autobiografia, “The Meaning of Mariah Carey”, a artista também relata ter sofrido um boicote da sua gravadora durante essa época por conta da sua separação com o marido e ex-empresário Tommy Mottola.

O que se seguiu nos anos seguintes foi uma baixa na carreira da artista. Seu álbum seguinte, “Charmbracelet” (2002), também não emplacou e teve uma recepção morna da crítica e do público. A essa altura, o sucesso dos anos 1990 parecia cada vez mais distante e as dúvidas sobre os rumos da carreira de Mariah cada vez maiores.

Em 2005, aos 35 anos, Mariah Carey estava finalmente livre de todas as amarras e limitações impostas pela antiga gravadora e o ex-marido. Agora ela poderia trabalhar em músicas que explorassem as sua bagagem de soul, r&b e hip hop do jeito como ela sempre quis, escrevendo letras mais ousadas, que exploravam sua sexualidade e falavam sobre sobre amor e relacionamentos; os elementos que marcam “The Emancipation of Mimi”.

Retorno Triunfal

Mariah Carey
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Para o novo álbum, Mariah se juntou ao produtor Jermaine Dupri, com quem havia trabalhado em “Charmbracelet” e coloou pra fora toda um lado seu que ficou represado por anos. Fortemente influenciada pelo hip hop de Atlanta, que estava em alta naquele período, Carey compôs hits como “We Belong Together”, “Don’t Forget About Us”, “Stay the Night”, “Say Somethin”, e “Fly Like a Bird”. Entre os colaboradores que participaram do álbum estão nomes como Pharrell Williams, Kanye West, Snoop Dogg e Nelly.

Enquanto a cantora gravava o álbum, o executivo da gravadora Island, L.A. Reid, soube que Mariah tinha o apelido “Mimi” e então ele fez uma sugestão para ela: “Eu sinto seu espírito nesse disco. Você deveria usar este nome no título, porque este é o seu lado divertido que as pessoas não veêm – o lado que pode rir com brincadeiras de diva, rir com brincadeiras de discriminação, rir de tudo que eles quiserem dizer sobre você e apenas viver a vida e aproveitá-la.”

Carey gostou da ideia e definiu “The Emancipation of Mimi” como o nome do álbum, explicando que o apelido é “muito pessoal” apenas usado por pessoas próximas dela, e o coloca-lo no título significava que ela estava convidando os fãs para ficarem mais perto dela.

Assim que foi lançado, “The Emancipation of Mimi” foi um sucesso absoluto, se tornando o disco mais vendido de 2005, o terceiro álbum da Mariah a debutar no topo da Billboard 200, a parada de álbuns dos Estados Unidos, e rendeu dois singles nº1 na Hot 100. “We Belong Together” passou 14 semanas no topo da parada e “Don’t Forget About Us” liderou por mais duas semanas. A obra ainda rendeu três Grammys para a diva e marcou o seu retorno triunfal ao pop, iniciando mais uma trajetória de sucesso que terá um novo capítulo este ano.

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