No último domingo (13), foi lançado oficialmente o primeiro episódio da segunda temporada de The Last of Us, adaptação do jogo de mesmo nome feita pela HBO. Neste novo capítulo, continuamos a acompanhar a história de Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsey) após os intensos últimos momentos da temporada anterior.
Seguindo a cronologia oficial, a nova temporada de The Last of Us irá adaptar o arco do segundo jogo. Assim como na primeira parte do seriado, é esperado que a história apresente diversas diferenças em relação ao material original, ainda que se permaneça fiel. Aqui, vamos analisar o primeiro episódio e destacar as principais diferenças e semelhanças do jogo.
Diferenças em The Last of Us
Abby
Logo de cara o seriado surpreende com uma das principais mudanças em relação ao jogo. A primeira cena do episódio já nos coloca diante da personagem que virá a ser a principal ameaça durante a temporada, Abby (Kaitlyn Dever).
No jogo, Abby só aparece após a primeira hora da história, em um momento em que o jogador assume o manto da personagem. Na ocasião, o jogo introduz a personagem e logo na primeira cena estabelece a relação entre ela e seu grupo com os personagens que já conhecemos, em especial Joel.
O seriado, por sua vez, opta por estabelecer a presença da personagem logo na primeira cena, já que a dinâmica proposta pelo jogo, em que assumimos a perspectiva de Abby em uma sessão desconexa dos personagens centrais, não seria possível ser traduzida para a televisão.
Joel e Eugene
Outro momento que foi mostrado de uma maneira diferente na série é o personagem Eugene. No jogo, o personagem foi mencionado somente uma vez, como um Vagalume amigo de Tommy que faleceu em algum momento antes do primeiro título.
Já neste episódio, aprofundaram a história de Eugene, inclusive indicando um mistério perante sua morte. Em uma cena em que Joel visita uma terapeuta para conversar sobre seus problemas de relacionamento com Ellie, a mulher revela odiá-lo por ele ter matado Eugene, seu marido.
Não ficou claro o motivo pelo qual Joel matou Eugene, porém a cena da a entender que existe algo importante envolvendo a morte do personagem. É provável que a terapeuta volte a aparecer em outro momento da temporada, e que esse arco seja devidamente explorado.
A Patrulha de Ellie e Dina
Uma mudança menos determinante encontrada no episódio é a cena da patrulha. Enquanto no jogo vemos somente Ellie e Dina (Isabela Merced) indo fazer o reconhecimento, na série é colocado uma equipe de 5 sobreviventes de Jackson para a missão.
O desenvolvimento da cena acontece quase todo parecido com o jogo, com a excessão da introdução de um novo infectado, o Espreitador. Esse novo inimigo, que segue e analisa Ellie ao invés de atacá-la com agressividade, só é introduzido no jogo mais ou menos na metade da história.
A conversa de Joel e Ellie
Um dos momentos mais impactantes de todo o jogo é a conversa definitiva entre Joel e Ellie. No jogo, a cena acontece logo após os eventos da festa de ano novo, quando Ellie encontra com Joel tocando violão sozinho em uma varanda. A partir deste momento, a dupla teria uma conversa intensa e, de certo modo, libertadora, que revelaria os verdadeiros sentimentos de cada um.
Esta cena, que é uma das mais importantes de todo o jogo, foi adiada neste momento da história. Durante o episódio, ao ver Joel na varanda, Ellie simplesmente passa e evita ter contato com o personagem.
A decisão de adiar esse conversa neste momento é importante, já que a cena original detém um papel importante na história. É incerto saber as repercussões da ausência da conversa durante essa cena, e provavelmente iremos descobrir logo nos próximos episódios.
Semelhanças em The Last of Us
Personagens
Entre as características da série que são semelhantes à do jogo, temos a relação dos personagens. Aqui, quase todas as dinâmicas foram replicadas com perfeição. A série mostra de imediato a frieza entre Joel e Ellie; e a a atração entre Ellie e Dina com facilidade.
Precisamos destacar a representação da Ellie neste episódio. Ainda que sua personalidade neste episódio esteja um pouco diferente do jogo, a série fez um bom trabalho em mostrar a relação da garota com sua condição de imune ao Cordyceps.
A tatuagem de Ellie, feita para esconder a cicatriz de sua primeiro mordida, já mostra essa mentalidade por si só, assim como no jogo. Ainda sim, o episódio reforça essa perspectiva ao fazer Ellie ser mordida uma segunda vez. Nesta ocasião, ela usa uma faca para disfarçar o ferimento, mantendo sua camuflagem intacta, ainda que seu desejo fosse usar essa condição para o bem maior.
Aqui já podemos ver a raiva que Ellie sente por Joel ter impedido que ela se sacrificasse para a produção de uma cura. Para ela, viver como imune e ter que esconder essa condição, é um desperdício, e sente como se Joel tivesse tirado o propósito de sua existência.
O ano novo
Certamente a cena mais impactante do episódio e também a mais fiel, a festa de ano novo foi representada quase exatamente da mesma maneira que no jogo. Em ambas as mídias, vemos que Ellie não estava muito inclinada a participar da confraternização, ainda se sentindo retraída pelas mágoas que sente por Joel.
A cena então continua como o esperado, mostrando os flertes e o eventual beijo entre Ellie e Dina, até mesmo repetindo o texto dito pelas duas no momento. A cena prossegue até o momento em que o casal é interrompido por um homem que se incomodou com a demonstração de carinho entre as duas.
Assim como no jogo, Joel e defende Ellie, jogando o homem no chão. A cena choca pela agressividade de Joel naquele momento, e chega em seu clímax final com Ellie sendo grosseira e dizendo que não precisa da ajuda daquele que mais se importa com ela.
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