O trailer final de Venom: A Última Rodada finalmente deu aos fãs o que eles esperavam: um impacto de verdade. O que antes parecia apenas mais uma sequência seguindo os dois primeiros filmes, agora traz uma despedida emocional entre Eddie Brock e seu parceiro Venom, além de uma surpresa que deixou os fãs de quadrinhos surpresos: a introdução de Knull, o temido Rei Negro e deus dos simbiontes.
Knull é um personagem importante no universo Marvel, e sua chegada ao cinema pode indicar planos maiores da Sony Pictures. No entanto, há quem esteja cético, lembrando das dificuldades da Sony em construir algo significativo sem o Homem-Aranha. Mas o que faz de Knull uma figura tão relevante, mesmo para quem não é familiar com os quadrinhos?
Os simbiontes, já conhecidos por sua ligação com Venom, ganharam ainda mais peso com a inclusão de Knull. Ele não é só mais um vilão – é o criador dos simbiontes, o deus ancestral das trevas. Sua primeira aparição nos quadrinhos foi em 2013, em Thor: Deus do Trovão, mas sua história completa só foi revelada em 2018, no terceiro volume de Venom.
Afinal, quem é Knull?
Donny Cates e Ryan Stegman deram vida a Knull, um ser poderoso o bastante para enfrentar os deuses cósmicos da Marvel. Knull existia antes do universo e era a escuridão que envolvia tudo até a chegada dos Celestiais, que trouxeram a luz. Revoltado com a criação, Knull forjou uma espada das trevas e matou um Celestial. A cabeça dessa criatura virou o planeta Knowhere, um local importante no universo Marvel.
Nos quadrinhos, Knull travou uma guerra contra os deuses, usando armaduras simbióticas para espalhar destruição. Ele é uma antiga divindade maligna, cuja campanha contra os deuses e a vida se tornou lendária e temida por milênios. Ele usou a própria escuridão para forjar uma espada de sombras, chamada All-Black, e matou um dos Celestiais. Essa foi a primeira arma simbiótica criada, que mais tarde seria conhecida como a Omniscura.
Essa batalha, no entanto, teve consequências. Os outros Celestiais o baniram para o vazio, mas Knull não se deu por vencido. Ele transformou a cabeça decepada do Celestial que havia matado em uma forja, onde aprimorou suas habilidades de manipulação de matéria sombria. Foi lá que Knull criou o primeiro simbionte, uma armadura viva que ele usou para travar uma guerra contra os deuses cósmicos. A guerra gerou grande destruição, mas as derrotas de Knull também geraram consequências inesperadas. Ao perder o controle de parte de seus simbiontes, eles começaram a se unir a outros seres, criando a raça simbiótica que viria a se espalhar por todo o universo.
Eventualmente, Knull foi derrotado e preso dentro de um planeta formado por seus próprios simbiontes, que desenvolveram uma fraqueza à luz e ao fogo como consequência de sua ligação forçada com seres bondosos. Ao longo dos séculos, esses simbiontes perderam a conexão com seu criador e começaram a se associar a outras formas de vida, como no caso de Venom com Eddie Brock.
No entanto, Knull não estava realmente derrotado. Durante milênios, ele permaneceu adormecido, esperando sua chance de retornar. Sua libertação veio com os eventos da saga King in Black, onde Knull finalmente despertou de sua prisão simbiótica e retomou o controle de seus “filhos”. Ele voltou com uma vingança, pronto para tomar o universo e destruí-lo, trazendo de volta a escuridão primordial que existia antes de qualquer criação.
Uma das características mais marcantes de Knull é seu profundo ódio pela luz e pela vida. Ele não vê os simbiontes como simples parasitas ou armas, mas como uma extensão de si mesmo, projetados para extinguir toda a luz e devolver o cosmos ao seu estado original de trevas. Seu controle sobre os simbiontes é absoluto, e ele os usa como uma horda para conquistar mundos inteiros, absorvendo qualquer traço de vida que encontre pela frente.
Teorias para a aparição de Knull em Venom 3
Uma teoria interessante vem de Absolute Carnage, seguindo o final do segundo filme que temos esse mesmo vilão. Nos quadrinhos Carnificina descobre que aqueles que já se uniram a simbiontes mantêm um código simbiótico. Ao reunir esses códices, Knull poderia ser despertado, trazendo Carnificina como um possível catalisador para sua aparição. Além disso, o filho de Eddie, Dylan Brock, que nos quadrinhos tem uma conexão especial com os simbiontes, pode ser uma peça-chave na luta contra Knull.
A aparição de Knull em Venom 3: The Last Dance também pode trazer um dos arcos mais impactantes dos quadrinhos para o cinema. Em King in Black, Knull é libertado e desencadeia uma vingança cósmica, culminando com sua chegada à Terra. O subtítulo The Last Dance sugere que sua chegada pode marcar o fim trágico da relação entre Eddie Brock e Venom, algo que já vimos nos quadrinhos, onde Knull é responsável pela morte temporária de Eddie.
Se o filme seguir essa linha, a batalha final entre Eddie, Venom e Knull pode escalar para proporções cósmicas, colocando não só o destino de Eddie em jogo, mas o de toda a Terra. Mesmo que o filme termine com a derrota de Knull, sua aparição pode abrir caminho para novos conflitos e explorar ainda mais o “horror cósmico” da mitologia dos simbiontes nos cinemas.
Knull: Um possível futuro para a Marvel?
Uma possível conexão entre Knull e o futuro do Universo Cinematográfico da Marvel (UCM) pode se basear no evento WEB OF VENOM: EMPYRE’S END #1, onde Knull começa a atrair a atenção de potências alienígenas como os Kree e Skrulls. Isso abre portas para a introdução de Knull no UCM, especialmente com o universo expandido de Capitã Marvel e Guardiões da Galáxia, onde os Kree e Skrulls já desempenham papéis importantes.
No quadrinho, Knull derrota facilmente uma nave com alguns dos guerreiros mais poderosos dessas raças, mostrando que seu poder vai além da Terra e que ele pode representar uma ameaça universal. A capacidade de Knull de controlar os simbiontes e escravizar suas vítimas poderia se expandir para conflitos maiores no UCM, potencialmente o colocando como uma ameaça multiversal. Isso pode levar à interação de Knull com heróis cósmicos como Thor, Capitã Marvel e até os Eternos, dado que ele é uma entidade de proporções cósmicas, que rivaliza com deuses.
Se a Sony e a Marvel continuarem a estreitar suas colaborações, Knull poderia ser um vilão de uma saga maior, conectando eventos de Venom ao arco cósmico da Marvel.
Com sua presença confirmada no filme, a expectativa é ver como a Sony vai explorar esse personagem e suas ligações com os simbiontes. Será que Knull vai elevar a franquia a outro nível ou será apenas mais um vilão desperdiçado? Fica a dúvida, mas sua chegada já está dando o que falar.
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