Review | Lil’ Guardsman, a garotinha da porteira

Já se imaginou atravessando uma fronteira e ser barrado? Mas o que você não esperava era uma criança cuidando de quem entra ou não. Pois Lil’ Guardsman vai te colocar na pele de Lil, uma garota de 12 anos e ela terá a pequena grande responsabilidade de cuidar do portão sul do reino de Sprawl. Mas pera, está totalmente confuso? Vem comigo para entender como Lil foi parar lá.

Obs: Review realizada na versão do PlayStation 5 com código cedido pela Versus Evil.

Papéis, por favor! 

Lil, uma garotinha que mora com seu pai, um viciado em Goblinball, está prestes a assumir o posto do seu velho de forma obrigatória, mas sem ninguém saber, por causa do seu vício. Para convencer a garota, seu pai conta uma dramática história de como seu avô também fazia o mesmo por ele no passado. E assim o jogo começa.

Logo de cara, podemos reparar a inspiração em Papers, Please. Seguindo o mesmo conceito, cabe a nova guarda do portão decidir quem entra ou não no reino. Cada ciclo diário recebemos informações sobre possíveis suspeitos de tentar fraudar a entrada, fazendo assim com que o jogador tenho atenção aos detalhes. Os que tentam entrar de forma ilegal vão desde goblins, ciclopes, humanos com itens proibidos e muito mais. 

Os jogadores tem três ações ao fiscalizar o novo visitante, são: Conversar, podendo responder negativamente ou positivamente, até mesmo provocar o possível intruso; ligar para o chefe de segurança ou conselheira da magia, para saber se estão esperando visitas; ou usar itens de ajuda, que vão desde raio-x, detector de metal, spray da verdade e entre outros. 

Entre todas as mecânicas, o que mais se destaca é os diálogos bem humorados do jogo, além de situações engraçadas que acabam servindo como recurso para identificar os mentirosos. Lil’ Guardsman ainda conta com uma ótima dublagem original, com diferentes vozes, sotaques e que deixa tudo mais imersivo. Porém, infelizmente o jogo não recebeu localização para português do Brasil, o que pode afastar boa parte dos jogadores.

Nossa pequena garotinha ainda terá missões fora do portão, com algumas decisões que afetam o desenrolar da história. Nada do nível Quantic Dream de escolhas, mas que vão dar novos rumos ao futuro de alguns personagens no decorrer do jogo. 

Um novo dia surge!

Diariamente temos uma quantidade de pessoas para avaliar na entrada do reino, ao final do dia o desempenho é avaliado com as clássicas estrelas, indo de 1 a 4 estrelas, a depender do sucesso. Uma das mecânicas que o jogo possui é voltar ao tempo, caso alguma abordagem não tenha saído como o esperado. Entretanto, tomar essa medida temos que repetir todas as investigações até o ponto de erro, prolongado assim o jogo, o que pode deixar cansativo. Então atenção é muito importante aqui. 

Outra maneira de repetir alguma parte que falhamos é selecionar o capítulo através do menu, porém, assim como voltar no tempo, temos que repetir um grande pedaço do nosso dia ou até mesmo o dia inteiro, para obter sucesso desejado. 

Lil’ Guardsman vale a pena? 

Com muito humor e uma jogabilidade simples aos moldes de ‘Paper, Please’, Lil’ Guardsman é uma ótima pedida se procura um jogo Indie cartunesco e que mistura investigação com puzzles. Infelizmente a falta de localização no nosso idioma pode fazer com que a experiência seja menos divertido, perdendo piadas ou referências no jogo, mas que mesmo assim irá te render boas risadas ou situações peculiares. 

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Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gennerdouglas