Review | Contra: Operation Galuga abre as portas para novos jogadores

Contra é uma das sagas mais clássicas dos videogames, com seu primeiro jogo em 1987 para fliperamas. Posteriormente, o jogo ganhou grande popularidade quando chegou aos consoles da Nintendo, mais especificamente ao Nintendinho. 

Se tornando um sucesso absoluto, Contra inspirou futuros jogos que vieram a ser lançados, como Metal Slug, por exemplo. Principalmente pelo seu estilo shoot ’em up/run and gun, gênero onde a movimentação é side scrolling e o jogador tem que literalmente correr, pular e fazer acrobacias para sobreviver. 

Apesar da popularidade entre os gamers mais retrôs, o primeiro título, de 87, ainda é considerado por muitos um jogo extremamente difícil, onde habilidade com a mecânica do jogo fará toda a diferença. Porém, o que pode se tornar uma porta de entrada aos novos jogadores, é a versão “remake”, lançada este ano de 2024, trazendo mecânicas modernas e uma jogabilidade refinada. 

Obs: Análise realizada no Xbox Series X com código enviado pela Konami.

Muito mais que o relançamento de um clássico!

Confesso que nunca zerei nenhum dos jogos clássicos, muito pela sua dificuldade acima da média, já para a época. E logo em primeiro contato com Contra: Operation Galuga imaginei que o jogo manteria o nível de dificuldade, mas me surpreendi. 

Contra: Operation Galuga conta com três níveis de dificuldade, sendo Fácil, Normal e Difícil. E como uma forma para atrair novos jogadores, agora temos duas configurações de gameplay, a “Tiro e Queda”, onde morremos com apenas um hit e perdemos uma vida, ou a “Medidor de Vida”, como o próprio nome já diz, temos uma barra de vida, podendo levar 3 ou mais hits, o que deixa tudo bem mais amigável. 

Além do sistema de dificuldade praticamente refeito, a Konami fez um ótimo trabalho nos modos de jogo. Os jogadores podem prestigiar os modos História, Arcade e Desafio, onde cada um possui suas particularidades.

Começando pelo Arcade, que seria o mais próximo do jogo original. Somos “jogados” na fase, podendo escolher o personagem antes, ao final de cada fase avançamos para a próxima, com um total de 8 fases, assim como o Contra (1987). 

Temos um total de 7 personagens jogáveis, cada um deles com suas habilidades específicas. São eles: Bill Razer, Lance Bean, Ariana, Lucia, Stanley Ironside, Probotector Azul e Probotector Vermelho.

Já no Desafio, os jogadores terão ao seu dispor inúmeros desafios, que vão de completar uma fase mais rápido possível, exterminar x inimigos em um tempo, sobreviver a hordas de inimigos sem efetuar disparos e por aí vai. 

O verdadeiro brilho para os novatos!

Quando partimos para o modo História, aqui podemos perceber como a Konami fez um ótimo trabalho nesse “remake” de Contra. Neste modo, diferente da versão clássica, temos uma narrativa bem completinha, com cutscenes, diálogos e muito mais. 

Desta vez, de forma bem explicada, Bill e Lance, são enviados em uma missão no Arquipélago Galuga, onde vão encarar todo tipo de inimigos. O que parecia ser uma missão rápida e fácil, se mostra uma gigante invasão alienígena para dominar o mundo. 

Graficamente o trabalho nessa versão repaginada está muito lindo, mantendo cenários da versão original, claro, com grandes melhorias, mas também mesclando mecânicas dos jogos da saga, que saíram ao longo dos anos posteriores. Tudo muito bem feito e o melhor, localizado em português do Brasil. 

Contra: Operation Galuga é a porta de entrada para novos jogadores!

Contra: Operation Galuga, diferente do que foi a coletânea Metal Gear Solid, a Konami fez um ótimo trabalho, entregando um remake do clássico Contra (1987) e não apenas um relançamento. O jogo abre portas para novos jogadores, com mecânicas modernas, bem como um sistema de dificuldade muito mais balanceado e nada tão apelativo como nos anos 80. 

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Amante de Games desde criança e viciado em caçar platinas. Profissional de TI nas horas vagas. Você me encontra no X: @gennerdouglas