No saturado universo do cyberpunk, encontrar uma voz única é um desafio. Clawpunk surge como um título indie que encontra essa voz ao misturar a ação frenética de um 2D action game com elementos roguelite e a estética neon de uma distopia habitada por protagonistas felinos antropomórficos.
Desenvolvido pelo estúdio Kittens in Timespace e publicado pela Megabit Publishing, o jogo promete uma luta visceral e caótica contra a opressão corporativa. Mas será que a jogabilidade push-forward consegue sustentar o estilo visual e a ambição arcade do seu cenário?
O caos KittenPunk
Clawpunk se insere no gênero de Ação e Aventura Indie, com forte ênfase em Precision Platformer e Arcade. A mistura inusitada de plataforma vertical, universo distópico e gatinhos foi uma surpresa absurda no mês de novembro, essa união que parece – e é – inusitada, acabou que fez muito sentido e divertiu muito durante minhas 12 horas de jogo.
Premissa e jogabilidade
A premissa do jogo é direta e caótica: você joga como heróis felinos, lutando contra gangues vilãs para recuperar Feral City neste caos arcade. O jogo é primariamente Single-player e focado na ação ininterrupta. A jogabilidade é o motor de Clawpunk, sendo um 2D action game com elementos roguelite. A mecânica principal é o combate melee (corpo a corpo), complementado por um arsenal de armas de longo alcance. O gameplay é de estilo push-forward (agressivo), recompensando o jogador por mergulhar de cabeça na briga. Os ambientes são totalmente destrutíveis, o que adiciona uma camada de caos estratégico.
O jogo oferece suporte total a controle, caso jogue na versão de Playstation 5, o jogo conta com os gatilhos adaptáveis, funcionalidade exclusiva do Dualshok. O jogo brilha na profundidade de builds, onde você pode escolher entre nove heróis felinos únicos, cada um com estatísticas, armas primárias e ataques especiais próprios.
O sistema de Cartas Colecionáveis permite mutar e aprimorar permanentemente as habilidades dos gatos, garantindo variação e rejogabilidade. A progressão é semi-não-linear, permitindo que o jogador enfrente as quatro primeiras das cinco zonas em qualquer ordem e quinta (e final) é liberada somente após a conclusão das anteriores. O jogo é categorizado com Perma Death (Morte Permanente), mas isso é típico de roguelike/lite e é desafiador, mas acessível, demora um pouco para se acostumar com a jogabilidade e os controles, mas depois de um tempo se torna intuitivo e natural.
Gráficos e músicas
O estilo de arte é fortemente estilizado cyberpunk, com visual pixel graphics e tema retrô dos anos 80/90. As cinco zonas distintas são desenhadas para desafiar o jogador com tipos específicos de inimigos. A trilha sonora é um dos grandes pontos fortes, composta por synthwave pesado, com toques de metal e industrial/ambient, perfeitamente alinhada com o caos do gameplay.
Veredito
A profundidade das builds com nove personagens e o sistema roguelite de cartas colecionáveis garantem alta rejogabilidade. Clawpunk é um jogo que entrega uma experiência arcade desafiadora, viciante e com alto grau de personalização. Seus pontos fortes são o combate melee e a direção de arte synthwave, além da localização em português, não que a história seja um forte nesse jogo, mas é interessante de se acompanhar, já os pontos fracos estão em alguns level design que dificultam a progressão do jogador precisando de gatinhos específicos para aquela parte do mapa, no geral o jogo vale muito a pena conferir, já que o valor é acessível e a jogabilidade viciante.
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