Um dos melhores diretores da atualidade, Denis Villeneuve revelou os seus filmes favoritos, e pelas obras maravilhosas que o diretor já entregou, essa é uma lista que vale pena ficar de olho.
Após um 2024 de muito sucesso com Duna parte 2, Denis Viilleneuve participou do quadro do canal CRITERION, Closet Picks (Escolhas do armário) onde figuras da indústria cinematográfica passam e falam sobre seus títulos favoritos. Com diversas escolhas bem específicas, o diretor mostrou suas peculiaridades. As escolhas de Villeneuve não são meras recomendações, mas uma aula magistral de apreciação cinematográfica.
Dentre as suas escolhas incluem os filmes: A Liberdade é Azul (Krzysztof Kieślowski), Através de um Espelho (Ingmar Bergman), O Salário do Medo (Henri-Georges Clouzot), Europa (Lars von Trier), Satyricon (Federico Fellini), Os Sete Samurais (Akira Kurosawa) e Che (Steven Soderbergh) que chamou bastante atenção por ser um fracasso de bilheteria da época.
O filme lançado em 2008, para ele, é o melhor filme de guerra já feito.
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“É, de longe, um dos melhores filmes de guerra. Sobre o que é ser o líder dos homens. A pesquisa por trás do filme é fascinante e eu adoro totalmente a direção. Acho que é um filme que está subvalorizado. Sinceramente, é uma obra-prima de Soderbergh. Meu filme favorito de Soderbergh”
Diferentemente de um filme biográfico tradicional, o épico de Soderbergh oferece um exame granular da liderança revolucionária. Villeneuve elogia sua meticulosa pesquisa histórica e sua estrutura narrativa inovadora. O filme desconstrói a mitologia de Che Guevara, apresentando um retrato complexo da luta revolucionária por meio de uma precisão rigorosa, quase documental. A atuação de Benicio del Toro transforma a documentação histórica em um profundo estudo de personagem.
Infelizmente o longa arrecadou apenas 40,9 milhões em todo o mundo contra um orçamento de 58 milhões. Dada a forte presença do idioma espanhol, nenhum investidor americano quis financiar o projeto.
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Ter esse filme como destaque demonstra a importância da história e demonstra a evolução pequena, porém perceptível de hollywood. Trazendo para a situação atual, um filme como “Ainda estou aqui”, completamente em português, sobre um momento político brasileiro e feito por um elenco totalmente brasileiro, ganhou um destaque imensurável e está conquistando não só premiações internacionais como também um público e notoriedade ainda não imaginado para uma produção brasileira. Pensamentos como o Villeneuve se tornaram cada vez mais frequente, ao entender a arte do cinema como mais do que a língua da qual é feita.
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