Que a atriz e produtora norte-americana, Viola Davis, interpretou personagens icônicas e memoráveis do cinema e da televisão, isso não é novidade para ninguém. Com mais de 25 anos de carreira, ela coleciona uma grande quantidade de prêmios e indicações, além de ser uma das 21 pessoas que alcançaram o feito de se tornarem EGOT, sigla usada para identificar os artistas que venceram as quatro principais premiações da indústria do entretenimento dos Estados Unidos: Emmy (TV), Grammy (música), Oscar (Cinema) e Tony Awards (teatro).
Em entrevista ao Omelete, para divulgar seu mais novo filme, G20, que chegou no catálogo do Prime Vídeo nesta quinta-feira (10), Viola Davis refletiu sobre como o público a vê como uma figura de autoridade ao interpretar mulheres que ocupam cargos de poder nas histórias contadas nas produções.
Em G20, por exemplo, a atriz da vida à Danielle Sutton, presidente dos Estados Unidos (EUA), que se vê encurralada por terroristas que atacam a cúpula de governantes reunida na Cidade do Cabo, na África do Sul. Os criminosos têm como objetivo controlar os mercados e a economia mundial utilizando deepfake e dados das maiores autoridade do mundo. Sutton, agora, precisa usar todo a sua habilidade para governança e experiência militar para salvar seu país, os líderes mundiais e, principalmente, a sua família, que desapareceu durante o ataque. Confira o trailer abaixo:
Além dessa produção, Davis também já interpretou uma rainha, na produção “A Mulher Rei”, e uma primeira-dama, na série “A Primeira-Dama”.
Na entrevista, Davis comentou que se sente atraída por essas personagens, mas também que acha que esses papeis chegam até ela porque as pessoas a veem dessa forma.
“Elas me veem como rainha, me veem como presidente. Elas me veem pela minha voz, minha estatura. E, se é assim que as pessoas me veem, eu simplesmente aceito o papel.”
Além disso, a atriz também expressou o seu interesse em saber como as pessoas de grande força são vistas pelos outros, além de mostrar ao público a vulnerabilidade das suas personagens. Pois para ela, “por trás dessa fachada existe alguém que ainda é um ser humano. Acho que é esse paradoxo que eu gosto de interpretar, e também acho que é a minha maneira de dizer às pessoas: você pode pensar que sou muito forte, tenho uma voz profunda, mas na verdade sou tímida, sou vulnerável. Eu sou alguém que vê a vulnerabilidade como força”.
Patricia Riggen, diretora de G20 que também deu entrevista ao Omelete junto com Viola Davis, ainda enfatizou a importância de interpretar uma mulher afro-americana em um cargo de presidente, e classificou isso como “um divisor de águas cultural”, algo que pode ser normalizado pelo público. Além de incentivar mulheres e meninas a se verem nesse tipo de posição de poder.
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